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quinta-feira, dezembro 29, 2005

Vou de férias. Volto dia 9 de Janeiro.
Boas entradas.

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quarta-feira, dezembro 28, 2005

Luz ao Fundo do Túnel

Na entrevista publicada hoje no Diário de Aveiro, José Eduardo de Matos dá a entender que o modelo de gestão do Eco-Parque Empresarial de Estarreja vai ser revisto! Depois da quixotesca luta travada nas páginas deste blogue, no púlpito da Assembleia Municipal e nos jornais e rádio locais, é com enorme satisfação que vejo estas notícias, que sem dúvida fazem renascer a esperança do desenvolvimento económico do concelho de Estarreja. Mesmo que JEM não passe das palavras aos actos (e eu até acredito que ele concretize o que diz), fica pelo menos o mérito do reconhecimento do erro. Por outro lado, há também outro aspecto que não deve ser esquecido: perdemos quatro anos e o projecto do Eco-Parque começava já a perder credibilidade, depois de JEM ter anunciado o início do seu funcionamento sucessivamente para 2002, 2003, 2004 e 2005 (agora diz-se que será em 2006...). É, pois, urgente a revisão do modelo de gestão, que só peca por tardia.

Aqui fica o texto integral da entrevista de José Eduardo de Matos ao Diário de Aveiro:

«Não precisamos do IC1 a Nascente para resolver os problemas que temos»

Porque é que a Câmara Municipal de Estarreja ainda não apresentou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2006?
Nos termos legais relativos, a orçamentos subsequentes ao período eleitoral, é possível a sua apresentação até Abril. Isto permite-nos um período que este ano se revelou especialmente importante por várias razões: a primeira é verificar os impactos do Orçamento de Estado e das medidas que afectam a Lei das Finanças Locais. Por outro lado, permite uma introdução dos novos vereadores executivos às funções municipais. Como se sabe, 50 por cento dos vereadores são novos. Esta é uma altura óptima para termos uma visão global da actividade do município e do que é a Câmara Municipal de Estarreja hoje e aquela que nós queremos. De forma que tivemos mais tempo para fazer este percurso que no fundamental está acabado e será presente aos senhores vereadores na próxima semana e que estará em Assembleia Municipal no próximo dia 16 de Janeiro.
Pode desvendar os principais pontos do documento?
Eu não queria falar no Orçamento sem primeiro o apresentar internamente na reunião de Câmara. De todo o modo, o que posso dizer sobre este Orçamento, em termos globais, é que é um documento feito de acordo com o período em que nós vivemos. É um Orçamento de contenção, inferior ao do ano passado e é sobretudo um Orçamento que inclui internamente um conjunto de restrições, algumas delas dolorosas, mas que são adequadas à realidade que nós temos. Como é sabido, desde a subida do IVA, verificou-se a diminuição de receitas para os municípios e o aumento de encargos para a Caixa Geral de Aposentações, que subiu de 10 para 13 por cento. Há aqui uma sobrecarga que os municípios estão a sentir e que nós não podemos ignorar. Vamos traduzir o Orçamento naquilo que é o aperto que nos é colocado. Há da parte dos municípios uma profunda tristeza pelo facto de haver mais um caminho descentralização e diminuição de meios que as autarquias têm ao seu dispor. Isto redunda em prejuízo das populações, porque são as autarquias que com apenas 10 por cento da despesa pública conseguem investir cerca de 70 por cento investimento público. E isto diz tudo quanto à capacidade acrescida que as autarquias têm relativamente ao Governo. É bom que as populações saibam que não fazemos porque não queremos, mas porque não nos deixam.
O apertar do cinto vai sentir-se em que áreas, nomeadamente?
Vamos honrar os compromissos que temos, as obras que temos em curso e, por outro lado, tentar diminuir as despesas correntes, a capacidade de investir. Temos de fazer um esforço global para reduzir um montante do Orçamento. Tem que haver uma nova atitude e cultura no que toca à orçamentação, na sua elaboração, execução e indicadores de gestão muito mais apertados internamente. Pessoalmente, relativamente ao futuro, não vejo, mediante a actual situação económica do país, uma vontade do Governo de melhorar e dotar as autarquias daquilo a que têm direito. E olho para isso com profunda preocupação porque, normalmente, era dito que os governos centralizadores eram mais do PSD ou PSD/CDS-PP, mas afinal o que aconteceu é que este governo se tem revelado o mais centralizador de todos. Um caminho mau para as populações, uma vez que as autarquias têm mais possibilidade de realizar.
Quer dizer que o actual Governo está a investir em grandes obras e a esquecer o resto do país?
Implica que os recursos do País sejam afectados por determinadas novas grandes obras, o que por sua vez vai reduzir verbas para efectuar as pequenas obras. E as pequenas obras são grandes obras quando falamos de saneamento, de pessoas que têm ruas cheias de buracos e sem asfalto. Este Verão fui a festas de pessoas felizes por, 30 anos depois, verem asfaltada a sua rua. As pessoas sentem isso. E quando falamos de obras que enchem os olhos como o TGV, as OTAS, ignoramos que temos pontos do nosso país onde são ainda necessárias coisas tão simples como saneamento ou vias de comunicação. Por isso, gostava que houvesse uma noção da realidade que hoje temos. O País que temos é realmente esse, e os autarcas têm essa preocupação. Eu percebo as dificuldades que o Governo tem em gerir o País nesta altura. Do esforço nacional para equilibrar as finanças públicas. Mas custa-me perceber algumas opções e que haja muito beneficio do Estado em prejuízo das autarquias e das populações.
O desenvolvimento económico foi uma das bandeiras da sua campanha eleitoral. Acha que, perante um menor Orçamento, pode concretizar essa promessa?
Essa é uma aposta que vamos ter que fazer. Vai ter que ser possível. Não é fácil. Nós temos um Eco-Parque a instalar-se, para o qual ainda não recebemos um cêntimo de apoio. O município tem suportado todos os encargos e essa é uma situação que nos preocupa. Tivemos muitas promessas, desde o anterior governo de António Guterres, passando pelos outros governos, mas nenhuma delas foi confirmada. Continuamos no ponto zero com o município a pagar as despesas de uma estrutura que não é apenas importante para o concelho como também para a região e que, além disso, tem um conceito inovador no País, que é conjugar a ecologia e a indústria. Todos concordam com o modelo e acham muito bem, mas de facto ainda não fomos comparticipados. De todo o modo, o Eco-Parque foi uma opção escolhida e a verba maior, em termos de Orçamento, é para o Eco-Parque empresarial, que achamos ser uma alavanca fundamental para a dinamização económica do concelho, bem como na criação de novos empregos, como na atracção de novas pessoas e na criação de uma dinâmica económica que permita ajudar a desenvolver Estarreja. Não há desenvolvimento económico sem desenvolvimento das pessoas. Essa prioridade está assumida e é inadiável. Além disso, posso dizer que só lamento estarmos apenas hoje a tratar da criação deste parque, quando já o podíamos ter tido há dez ou 20 anos.
E qual é a situação actual do Eco-Parque Empresarial?
Neste momento ainda estamos num processo de regularização do espaço. Ainda estamos a adquirir terrenos, está em curso um processo de expropriação. Temos feito contratos-promessa. Ainda estamos numa fase de obra, onde o projecto do Parque ainda não está concluído. Tem havido uma boa receptividade das empresas à estrutura estarrejense. A Associação Portuguesa de Investimento (API) tem pedido para instalar investimentos que vão ser feitos através dessa Associação. Está-se a reconsiderar a possibilidade que estava alinhavada de termos a API como parceira na gestão do Eco-Parque, uma situação que está ainda a aguardar orientação do novo Governo. Não houve, até ao momento, nem confirmação do caminho anterior, nem definição de uma nova via. Estamos à espera de saber o que é que a API vai fazer relativamente ao acordo que fez e, por outro lado, têm-se dado passos muito interessantes, como o lançamento de um concurso público para desenvolver o actual parque da API (ex-Quimiparque) com novas condições de atracção e com mais espaço para a instalação de empresas. Há aqui um conjunto de pontos que integrados permitirão que Estarreja, nos próximos anos, possa ter um complemento ao desenvolvimento industrial ligado à implementação da pequena e média empresa.
Mas o Eco-Parque pode vir a ter um novo modelo de gestão?
Poderá passar por aí. Até este momento não temos sentido necessidade dessa entidade gestora, uma vez que ainda estamos em obras. Mas a verdade é que nós, em 2006, vamos ter que decidir essa matéria. Das duas uma: ou há uma confirmação do caminho que foi traçado, ou então surgirá uma alteração. Relativamente ao futuro, depende da resposta dos outros parceiros. Não podemos passar a vida à espera de uma resposta e, por isso, pode manter-se o mesmo modelo ou uma alteração.
Quantas empresas estão à espera para se instalar no novo complexo?
Duas já estão a preparar a instalação. Temos mais de uma dúzia e meia de contratos-promessa feitos e outros em via de serem realizados.
E quando é que este estará a funcionar?
No próximo ano. A aposta é essa e temos tudo preparado para que isso aconteça.
A aposta no desenvolvimento económico do concelho não passa também por uma aposta em infra-estruturas ligadas à saúde ou rede viária?
Em termos de rede viária, temos estabelecido um estudo para criar acessibilidades, uma delas de ligação ao Eco-Parque Empresarial, que esteve inicialmente amarrada à solução do IC1. Por outro lado, temos o caso da EN109, que é outra via estruturante nacional. Não podemos ter uma estrada principal a nível nacional que atravessa cinco dos centros cívicos das nossas freguesias, porque é um constrangimento diário ao nosso desenvolvimento, seja numa perspectiva ligada ao trânsito ou a projectos como o da Circular Sul em Canelas, que não pode ser realizado. Na área da saúde temos hoje condições que não tínhamos. O mandato anterior, em termos de saúde, foi um dos melhores desde o 25 de Abril. Inaugurou-se a Unidade de Saúde de Salreu e de Pardilhó, previu-se a criação da extensão de saúde de Veiros e a remodelação do Centro de Saúde de Canelas. E deu-se um salto no que toca à situação do Hospital Visconde de Salreu. O Hospital estava prestes a fechar a urgência. Fomos a tempo e conseguimos inverter a situação que nos foi deixada e hoje o hospital tem melhores condições do que tinha há quatro anos. Esta aposta tem que ser reforçada. Estive esta semana com o coordenador regional de saúde e o entendimento dele é que o Hospital Visconde Salreu deve ser mantido e o mesmo prevê cumprir aquilo que estava já decidido na atribuição de verbas para esse melhoramento. Haverá depois uma remodelação das instalações.
A resolução do traçado do IC1 pode ajudar na dinamização do Eco-Parque Empresarial?
O Eco-Parque tem condições locomotivas enormes, porque tem o caminho-de-ferro ao lado, que faz toda a diferença. E já temos ali ao lado a A1. O IC1 ou A29 tem um traçado que pode passar ao lado do Parque e isso era realmente «ouro sobre azul». Mas o Eco-Parque está muito perto de tudo, o que precisa é de uma ligação com a Murtosa, que está prevista e tem terrenos expropriados para esse efeito. É uma questão apontada que pode ser realizada a todo o momento. Havendo essa ligação à actual rotunda, situada na EN109, na ligação à A1 e A29, vem melhorar os acessos do Eco-Parque. No fundo, mesmo não se construindo o IC1, tínhamos todas as condições com esta via.
Isso significa que o IC1 não faz falta a Estarreja?
Se perguntarmos, nesta altura, se precisamos de ter aqui o IC1, a resposta é que não precisamos. E certamente precisaremos menos da forma como o Governo desenha, aparentemente, a sua construção. De facto, não precisamos dessa solução para resolver os problemas que temos. Reconheço que o município de Estarreja faz parte do todo nacional e essa é uma solução boa em termos regionais que se pode traduzir em melhores ligações para a Murtosa e Albergaria. A nós, não é por si só um benefício directo, uma vez que se sabe que temos boas vias de comunicação.
Como é que vê Estarreja em 2009?
No que diz respeito ao desenvolvimento económico, vejo Estarreja com um salto muito interessante. O Eco-Parque pode ter um feito potenciador no que toca às dinâmicas de futuro. Este não é apenas um projecto económico, mas também uma aposta com consequências sociais. Nós precisamos desta alternativa para a instalação de novas empresas, cuja a atracção de novos investidores passa também pela mudança da imagem em termos ambientais e esse parece-me ser um aspecto importante, no qual o mandato anterior ficou bastante marcado. Dotou Estarreja de uma realidade e de uma imagem completamente da que tinha no passado. E uma terra que consiga atrair mais investimento e pessoas é uma terra que vai ter mais vida. O que eu vejo para 2009, é uma terra mais activa e moderada com todas as apostas que já fizemos, entre as quais a Biblioteca e Cine Teatro municipais.
Um município completo a nível de infra-estruturas?
Exactamente. Estarreja será uma boa terra para trabalhar, viver e para desfrutar da natureza. As pessoas precisam acreditar que a sua terra pode crescer.

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terça-feira, dezembro 27, 2005

Foi com espanto que fiquei ontem a saber que a CME ainda não tem o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2006 pronto. Pior: segundo o Presidente da CME, a culpa é dos novos vereadores, que ainda estão em fase de adaptação! No programa "Passos do Concelho" da RVR alguém recordou que todos os concelhos da região já aprovaram os seus orçamentos, incluindo Aveiro, em que todos os vereadores executivos se estão a estrear no exercício do cargo...
O problema não está, obviamente, num atraso de 15 dias na apresentação do Orçamento. Se tal demora fosse garantia de melhoria da qualidade daquele que é provavelmente o documento mais fictício de todos os que a CME produz anualmente, o atraso até seria bem-vindo. A principal questão que se põe relaciona-se com a desculpa apresentada: porquê a necessidade de justificação? porquê a nomeação de dois culpados para a demora? porque razão José Eduardo de Matos não assume frontalmente as suas responsabilidades?
Mas vamos esperar pelo que interessa, isto é, o Orçamento. Já agora, alguém sabe qual foi a taxa de execução do orçamento anterior ("o maior orçamento de sempre, o que ilustra bem a ambição deste executivo")?

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segunda-feira, dezembro 26, 2005

Alterações no sistema de comentários

Tal como prometido, a partir de agora só utilizadores registados no blogger é que podem inserir comentários no Estarreja Efervescente.
O objectivo da secção de comentários foi sempre ouvir o que os outros pensam sobre o que eu escrevo e não a criação de um espaço de escárnio e maldizer.
Ao longo destes mais de dois anos já por diversas vezes pedi desculpas (em público e em privado) a várias pessoas (do PS, do PSD e até sem nada a ver com a política...), que foram indecentemente expostas por comentários anónimos, aos quais eu próprio também não fiquei incólume. Além dos que passaram, foram vários os comentários que eu consegui apagar à nascença nos dias em que estive mais atento ao blogue e também já bloqueei algumas dezenas de IPs... mesmo assim, as coisas correram do modo que se sabe!
Penso que chegou a hora de dizer basta. Não tenho tempo nem feitio para passar a vida a policiar o blogue, pelo que para já é esta a solução encontrada. Se mesmo assim as coisas não correrem bem, a secção de comentários acabará de vez, com muita pena minha.

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sábado, dezembro 24, 2005

Feliz Natal


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O José Matos escreveu-me uma carta, que passo a divulgar:

Obrigado pela tua intervenção e pelas tuas palavras. Já notei que não sou bem-vindo, por isso, também me retiro, pois não gosto de má-criação. Tenho pena que apesar do teu esforço esta secção não ganhe emenda. É pena, pois o teu blogue podia até servir de bom exemplo caso as pessoas tivessem outro tipo de educação e de hábitos de discussão.

Como já tinha dito noutra altura ponderei muito dizer aqui alguma coisa, pois nunca tive boa impressão desta secção e sempre fui atacado de forma malcriada. Mas como tudo na vida chega um dia em que nos cansamos de ouvir tanto impropério. Por isso, intervi a ver se chamava algumas pessoas à razão. E a resposta que tive foi a que tu viste. Portanto, está à vista aquilo que um dia já te tinha dito, que não vale a pena e que a moderação que tens que aplicar tem que ser muito maior. As pessoas não andam aqui para discutir, mas para gozar com os outros.

Mas esta também foi uma pequena experiência para as pessoas perceberem que é obviamente impossível existirem secções de comentários noutros blogues políticos. É que as pessoas simplesmente não sabem comentar. Hoje grande parte dos blogues políticos não tem secções de comentários. É pena, mas quem provocou isso não foram os autores de blogues. Foram os comentadores. Foram eles que deram cabo das secções de comentários. Que tornaram espaços que podiam ter elevação em pântanos de maledicência. É pena, mas é a gente que temos e a nossa terra infelizmente não escapa a isso.


Nota: a partir dos próximos dias, a secção de comentários do Estarreja Efervescente vai passar a funcionar em moldes diferentes. Durante mais de dois anos tentei ser tolerante. Além disso, nunca me senti com perfil de polícia. No entanto, penso que são vários os exemplos de exageros inaceitáveis, pelo que este dia tinha mesmo que chegar...

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sexta-feira, dezembro 23, 2005

Operação Autoclismo

Tenho estado alguns dias ausente da net (com excepção dos minutos que utilizei na escrita do post anterior) e sinceramente não gostei do que vim encontrar na secção de comentários do Estarreja Efervescente. Mais uma vez se utilizou este espaço para insultar de uma forma anónima, gratuita e despropositada o José Matos. Não é para isto que servem os comentários deste blogue e por isso apaguei toda a troca de palavras que se seguiu. Melhores dias virão, com toda a certeza...

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quinta-feira, dezembro 22, 2005

Andam por aí muitas virgens ofendidas a especular sobre as verdadeiras razões pelas quais Scolari não convoca Baía e João Pinto para a selecção. Aqui fica a teoria do óbvio:
- A exclusão de João Pinto é óbvia: Scolari chegou à selecção depois do mundial da Coreia e João Pinto nessa altura estava suspenso. A selecção portuguesa estava associada a uma imagem de indisciplina e a jogadores temperamentais (Euro 2000, Mundial 2002). Neste contexto, a exclusão de um jogador muito associado a esta mentalidade surge como algo de previsível e até óbvio à luz dos mais elementares princípios de gestão de pessoas;
- A questão de Baía é algo diferente e prende-se com duas razões fundamentais: em primeiro lugar, e por uma questão de afirmação, Scolari tinha que escolher um jogador para não convocar (na selecção do Brasil era Romário) e mostrar-se forte e resistente a pressões. Por outro lado, quando chegou à selecção, Scolari encontrou Ricardo em boa forma e Baía a ser relegado para o banco do FCP nos primeiros tempos de Mourinho (que curiosamente também o estava a utilizar para se afirmar no balneário...). Assim, e porque Baía é um jogador influente junto dos companheiros e que não convive facilmente com o banco de suplentes, Scolari transformou a necessidade de afirmação em teima e chegou a um ponto em que já não pode voltar atrás.

PS - Eu até acho que Baía devia ser convocado. Tecnicamente é semelhante a Ricardo, mas tem melhor imprensa e auto-confiança. Ao primeiro frango, Ricardo deprime-se e Baía fica na mesma. E isso num guarda-redes faz toda a diferença.

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quarta-feira, dezembro 21, 2005

Mário Soares foi arrogante, agressivo, mal educado (ao referir Cavaco utilizando sempre a palavra "ele", embora estivesse na sua presença...) e pareceu completamente desesperado. O tipo de argumentos utilizados chegou mesmo a ser rasteiro ("eu nem digo o que alguns chefes de estado de outros países me diziam sobre a personalidade de Cavaco Silva", "Cavaco não está preparado", "como economista não é nada de especial", "Cavaco não tem conversa", etc.) e fez recordar aquele célebre debate em que Pedro Santana Lopes passou 15 minutos a chamar homossexual a José Sócrates (embora de uma forma mais contida que as utilizadas por Soares ontem). Além dos problemas de forma, Soares voltou a não respeitar as regras do debate (passou o debate a interpelar directamente Cavaco), foi completamente incoerente (fazia perguntas sobre os tempos de governação de Cavaco e quando este respondia acusava-o de estar a falar do passado...!) e não revelou uma única ideia política (ao mesmo tempo que acusava Cavaco de não ter ideias...). Soares menorizou-se (são sempre os pequenos que atacam os grandes e não o contrário...), revelou nervosismo e perdeu a sua grande oportunidade de afirmação.
Sinceramente, acho que Cavaco ganhou o debate com larga margem, tão desastrosa foi a prestação de Soares. Depois disto, a única atitude digna que restaria ao ex-PR seria a desistência a favor de Manuel Alegre, cuja candidatura é claramente a única alternativa credível a Cavaco.

PS1 - A RTP acabou por dar uma ajuda à candidatura de Manuel Alegre ao não convidar nenhum representante seu para o debate que se seguiu ao debate... uma atitude inadmissível na televisão pública e que revela um servilismo muito preocupante (e que se ocorresse há alguns meses seria mais um escândalo público).

PS2 - Vi no site da RVR e na secção de comentários deste blogue que há em Estarreja uma representação da candidatura de Manuel Alegre. Alguém me pode dar mais informações sobre isto?

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terça-feira, dezembro 20, 2005

O DN publicou hoje uma sondagem em que Manuel Alegre surge novamente em segundo lugar nas intenções de voto. Por muito que os "media" puxem por Soares (a forma como a sua candidatura é discriminada positivamente em todos os noticiários chega a ser escandalosa!) e os comentadores de serviço se repugnem com uma candidatura que sai fora do habitual esquema partidário, parece mais ou menos evidente que Alegre atravessou a época de debates sem ser ultrapassado pelo ex-PR.
Esta situação é, aliás, extremamente curiosa sob o ponto de vista político: tal como aconteceu em Fevereiro com o PSD, o PS (nestas eleições representado pelo pai fundador Soares) vê-se inesperadamente reduzido ao caroço. À esquerda, Jerónimo e Louçã fixam o seu próprio eleitorado e captam as fracções marginais do eleitorado insatisfeito com Sócrates. À direita, Cavaco só não faz o pleno por causa de meia dúzia de CDSs ressabiados. Ao centro, Cavaco e Alegre dividem o bolo (obviamente com grande vantagem para Cavaco). Alegre vai ainda pescar alguns votos ao lado esquerdo do PS e, pasme-se, à própria direita. Com tudo isto, Soares fica sem espaço para existir. Os seus votos são apenas os do sector clubístico do PS e dificilmente excederão os 10% (esta é uma opinião minha). Perante isto, a maior curiosidade relaciona-se precisamente com o dia seguinte às eleições. Cavaco será Presidente e Alegre o segundo mais votado. Entretanto, cavou-se um fosso entre Alegre e o PS. O que acontecerá a seguir? Alegre funda um novo partido?
Nota - Apesar do que disseram os fazedores de opinião, acho genuinamente que Manuel Alegre ganhou o debate de ontem. Além disso, achei-o mais forte e confiante. Nota-se que sabe que a sua candidatura está a crescer. Se, tal como eu espero, Soares perder o debate de hoje, poderá mesmo haver segunda volta, pois as pessoas perceberão que o único voto útil será... em Manuel Alegre!

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segunda-feira, dezembro 19, 2005

O Caso das Bicicletas

Há dias a secção de comentários deste blogue foi invadida por uma série de bocas sobre um conjunto de 40 bicicletas. Uma vez que não fazia a mínima ideia do que se passava nem nunca tinha ouvido falar de uma rede de bicicletas camarárias em Estarreja, resolvi fazer as perguntas óbvias:

Mas afinal que história é essa das 40 bicicletas? Quem as comprou, quando, porquê e onde é que elas estão?

A esta questão, o José Matos respondeu assim:

Uma das coisas boas da actual Câmara de Estarreja é que se pode detectar sempre o paradeiro das compras camarárias. Um conhecido agitador da blogosfera local perguntou recentemente qual era o paradeiro das 40 bicicletas que o município tinha comprado há tempos. Se calhar ficou a pensar que tinham levado descaminho ou então que tinham desaparecido misteriosamente. Ou talvez nem tenha pensado nada disso e tenha apenas ficado curioso. Mas para o sossegar posso dizer-lhe que as mesmas foram compradas para actividades da câmara (e já foram usadas diversas vezes) e estão guardadas em instalações do município. Posso também dizer-lhe que ao contrário de outros produtos, em Estarreja nunca desapareceu nenhuma bicicleta da câmara e estão todas em bom estado.

... e a palavra "agitador" vinha com um link para o Estarreja Efervescente.
A este propósito gostaria de esclarecer algumas coisas:
Eu não perguntei pelo "paradeiro das 40 bicicletas que o município tinha comprado há tempos", pois eu nem sequer sabia que a CME tinha comprado bicicletas. Simplesmente, perante a insistência dos comentadores e o aparentemente insólito acto da CME ter comprado 40 bicicletas, coloquei as questões que qualquer comum dos mortais colocaria: "afinal que história é essa das bicicletas?" para saber se era verdade ou se tratava apenas de algum comentário privado. As restantes perguntas são absolutamente naturais e foram colocadas para o caso da CME andar mesmo às compras no mercado velocipédico ("quando? porquê? onde?"). Ou seja, não houve nenhuma tentativa de insinuar que as bicicletas tinham sido desviadas para onde quer que fosse e o texto que o José Matos escreveu é, por isso, completamente descabido!
No entanto, e porque esta pelos vistos é uma questão sensível, façamos a actualização da informação disponível:
- Parece ser verdade que a CME comprou 40 bicicletas;
- As bicicletas pelos vistos estão guardadas nas instalações do município.
E também da informação indisponível:
- Quem foi o vereador que ordenou a compra das bicicletas;
- A quem é que foram compradas as bicicletas;
- Quando é que foram compradas as bicicletas;
- Que tipo de bicicletas são (bugas, pasteleiras, infantis com ou sem rodinhas, de corrida, de montanha?);
- Para que que é que a CME quer as bicicletas;
- Quem tem usado as bicicletas;
- Quantas vezes foram e serão usadas as bicicletas;
- Onde estão armazenadas as bicicletas.

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O bairrista de fora do bairro

No suplemento de Economia do "Expresso" desta semana, Nicolau Santos manifesta a sua preocupação pelo facto da nova refinaria que vai ser construída em Sines poder prejudicar a refinaria de Leça e deste modo também o Complexo Químico de Estarreja. Por cá, ninguém falou nisto...
De qualquer modo, ainda não é tarde: que tal a CME pedir explicações formais ao governo sobre este caso?

PS - No caso do IC1 passou-se algo semelhante: enquanto em Estarreja se discutia quem tinha dito ou feito o quê, em Ovar (e pela calada) o IC1 ía sendo construído a nascente. Quando na AM o Eng. Aníbal Teixeira alertava para estes factos era corrido com acusações de "não estar verdadeiramente a favor da construção a poente".

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sexta-feira, dezembro 16, 2005

Quanto mais ouço (e leio) Soares e Cavaco, mais Alegre fico. Não é que me agrade tudo o que o meu candidato diz (especialmente quando se tenta afastar do sistema partidário a que sempre pertenceu), mas há na candidatura de Alegre várias coisas de que gosto:
- A utopia - perante a falta de ideologia dos políticos de hoje (Sócrates, Santana, Correia de Campos, Mário Soares, enfim... é só escolher), fazia falta alguém assim. Nem que seja só para que todos nos lembremos de como é que tudo começou!
- A qualidade literária dos textos do candidato: com um Presidente assim, até nos esqueceríamos do primarismo do primeiro-ministro!
- O nó cego na estratégia de autoperpetuação no poder de José Sócrates: a tentativa de queimar um candidato com peso político específico (Mário Soares) seria uma jogada brilhante se Alegre não existisse. Assim, será patético ver um partido que, um ano depois de ter vencido as eleições com maioria absoluta, apoia um candidato que vai ter menos de 10% dos votos;
- O fim da arrogância do clã Soares: depois da colecção de derrotas do filho João e da não eleição para a presidência do Parlamento Europeu do patriarca Mário, esta será a punhalada final na mais nefasta influência política da esquerda portuguesa. Mário Soares foi provavelmente o primeiro dos grandes políticos portugueses a abandonar as convicções ideológicas e a seguir pelos ultra-tortuosos caminhos da "real politik". Merece perder, e por muito.

(continua um destes dias)

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Tenho participado em algumas discussões interessantes no Saúde, SA. A última foi a reacção a este texto do Diário Económico:

Segundo o DE n. º 3777 (14.12.05) cerca de 30 inspectores realizaram buscas na Associação Nacional das Farmácias e subsidiárias Alliance Unichem e Farmatrading, com o objectivo de recolher provas que confirmem que a compra de 49% da distribuidora de medicamentos configura uma operação de concentração. A ANF e a José de Mello Saúde adquiriram 49% da Alliance Unichem, passando as farmácias a controlar a maior parte do sector da distribuição, para além do exclusivo do retalho.

Sobre o qual escrevi isto:

Algumas adendas e correcções:
- Adendas: os inspectores eram da Autoridade da Concorrência e, para além da ANF e da AU, visitaram também algumas cooperativas de distribuição de medicamentos;
- Correcções: segundo informação que obtive junto de responsáveis de algumas das estruturas inspeccionadas, a preocupação dos inspectores relacionou-se essencialmente com a possibilidade desses armazéns, sob instrução da ANF, terem negado a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) às novas empresas licenciadas pelo Infarmed (o que explica também a visita às cooperativas).
A inspecção foi feita sob um imenso aparato policial, que inclusivé interrompeu, durante algumas horas, a distribuição de medicamentos (ninguém podia sair do armazém e quem entrava ficava retido) e decorreu de uma queixa apresentada pela AdC.
Ainda na área das correcções: a ANF não controla o exclusivo do "retalho", pois há cerca de 50 (ou mais?) farmácias que não são associadas da ANF.Comentário:Esta foi, essencialmente, uma operação de show-off para os media. Tal como já aqui escrevi anteriormente, só uma imensa estupidez faria com que a ANF procedesse do modo como a acusam (e quem trabalha no sector sabe que o que se passou, foi precisamente o contrário...). Por outro lado, não deixa de ser impressionante a forma como o governo utiliza as autoridades policiais como instrumento de intimidação colocado ao serviço das suas teses políticas ou de ajustes de contas pessoais dos seus elementos. Estamos em plena América Latina! (esta frase foi dita por Pacheco Pereira a propósito de uma actuação semelhante de Santana Lopes). Aliás, se esta actuação tivesse sido efectuada no governo Santana Lopes, certamente que cairia o Carmo e a Trindade e que por todo o lado se veriam acusações de "Estado policial", utilização de autoridades para fins partidários, etc.Por outro lado, a imprensa: desde o início do mandato do actual governo que o DE tem levado o seu apoio a Sócrates e a Correia de Campos a limites muito para além do razoável. Martim Avillez de Figueiredo começa-se a afirmar claramente como o "Luís Delgado" do PS (para quando a sua nomeação para a Lusa?). A própria forma como a notícia é dada é deliberadamente enganosa. Se fosse verdade o que o DE escreve, o que iriam os inspectores procurar? Documentos internos em que João Cordeiro explicasse aos seus súbditos qualquer coisa como "vamos comprar a AU e assim dominar o mundo"?
Já agora, e porque ninguém parece ter reparado nisso: porque é que acham que a ANF só comprou 49% da AU? Será pelos lindos olhos da José de Mello Saúde? Como sempre, João Cordeiro pensa 100 km à frente dos seus adversários...Para terminar, uma última reflexão: a mesma AdC que se entretém a coçar micoses enquanto as gasolineiras fazem o que se sabe aos preços dos combustíveis, revela-se agora tão zelosa no caso das farmácias... O que é que aconteceria se os inspectores da AdC entrassem de rompante e com um mega contingente policial nas instalações da Galp Energia, da Repsol ou da BP?

(os outros comentários sobre este tema podem ser lidos aqui e aqui).

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Mas afinal que história é essa das 40 bicicletas? Quem as comprou, quando, porquê e onde é que elas estão?

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quinta-feira, dezembro 15, 2005

O Estarreja Efervescente apoia Manuel Alegre.

PS - Acreditem ou não, esta foi uma decisão tomada apenas há três dias. Fundamentalmente pela razão de que, depois de ter um Primeiro-Ministro como José Sócrates, Portugal não pode ter como Presidente da República alguém com tão baixo nível intelectual ou que também não saiba sequer falar. E como Mário Soares e Francisco Louçã eram cartas fora do meu baralho eleitoral...

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segunda-feira, dezembro 12, 2005

Ando algumas semanas atrasado na leitura do Expresso. Ontem vi numa edição publicada algures entre o fim de Novembro e o início de Dezembro que o novo Presidente da API, Basílio Horta, anunciou que vai continuar a residir em Lisboa. Ou seja, o homem que manda no Parque Eco-Empresarial de Estarreja (abusivamente baptizado pela API como "Estarrejapark") vai morar a 300 km de distância... lá se vai outro dos argumentos dos que defenderam a oferta do parque à API!
Já agora, ao fim de um ano de actividade da API enquanto representante do nosso Parque Empresarial, não seria tempo de se conhecerem os resultados da sua actuação? Para os deputados municipais e decisores políticos do concelho, cá ficam as perguntas:
O que é que a API tem feito?
A API tem merecido a enormíssima confiança que a Câmara Municipal de Estarreja teve nas suas capacidades?
De que forma e junto de que entidades é que o Parque Eco-Empresarial de Estarreja tem sido promovido? E com que resultados?

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Numa das discussões do Saúde, SA, um comentador chamado "guidobaldo" publicou estes versos, que passo a reproduzir com a devida vénia ao autor:

Num país de iluminados
Cheios de opiniões
Em lado nenhum já faltam
Pomadas p´rás comichões

Ensandece-se agora
Com ilustres pensamentos
Resolvendo no Modelo
As curas p´rós corrimentos

Falou o clínico geral
E outra gente que só visto
Garantindo que afinal
Nada disso tinha risco

Muito bem acompanhado
Pelo epidemiologista
Que do alto do senado
Abanou a "DOUTA" crista

E disse com um rom-rom
De elevada pertinácia
Que afinal era é preciso
Pensar na nova "farmácia"

Falou então o Belmiro
Dizendo em tom terapêutico
Que nos seus hipermercados
Iria haver farmacêutico

Lá é que ele está bem
Dando boa vizinhança
Ao remédio dos piolhos
E à nossa segurança

Triste país deprimido
Que o juramento de Hipócrates
Vê ser substituído
Pela anedota do Sócrates

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sexta-feira, dezembro 09, 2005

Tenho andado um pouco afastado da blogosfera local, muito graças às discussões em que participei noutros blogues, como é o caso do Saúde, SA, muito provavelmente o melhor espaço de discussão de Políticas de Saúde que há no nosso país. Logo que possa, voltarei à produção pessoal aqui no Estarreja Efervescente.
Para já, não resisto a uma pequena nota: o José Matos converteu-se abertamente à causa do Fernando Mendonça (que há mais de um ano propôs em sessão de Câmara a unificação da A29 (ex-IC1) e da A1). Trata-se de uma posição coerente com os comentários sempre prudentes do José Matos sobre esta matéria e que o Estarreja Efervescente também apoiou logo que o Fernando Mendonça a tornou pública. No entanto, e num momento em que o Presidente da Câmara da Murtosa já esclareceu publica e concretamente o que pensa do assunto, José Eduardo de Matos continua com meias palavras (veja-se o Jornal de Estarreja de hoje...). De que é que o Presidente da Câmara de Estarreja tem medo?

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terça-feira, dezembro 06, 2005

Ainda o charco

Alguém lançou na secção de comentários ao último post (e pelos vistos também no "Público") a ideia de que o charco que actualmente submerge o novo Parque do Antuã afinal é uma obra prevista e propositada. Não bastando esta insólita originalidade de argumentação, o comentador termina com mais duas pérolas: por um lado tenta atribuir uma co-responsabilidade pela desgraça aos vereadores do PS (mas afinal quem é o Presidente da CME?) e por outro tenta passar a ideia de que o PS argumentou na campanha eleitoral que o projecto era seu e agora que vê a desgraça acontecer diz que a ideia é só do PSD (o que é uma falácia, pois o que se disse é que já desde os tempos de Lurdes Breu que existia esta ideia, nunca concretizada... por não se ter encontrado forma de resolver o problema das cheias naquela zona!!!).
Todos os estarrejenses sabiam que isto iria acontecer. Mesmo assim, José Eduardo de Matos insistiu em afundar dinheiros municipais desta forma (afinal, estávamos em plena febre inaugurativa pré-eleitoral). Neste momento há duas prioridades:
- Pensar tecnicamente na melhor forma de reparar o erro (intervenção no rio, no parque, ou em ambos os locais);
- Apurar responsabilidades sobre o que se passou (que tal um inquérito municipal?).
Entretanto, aqui ficam os comentários ao post anterior:

Uma rápida consulta ao projecto, que recebeu a concordância dos então vereadores do PS, mostrará a infelicidade dos comentários deste último post. O espaço reservado no projecto à extensão do leito de cheia e recepção da água durante as mesmas cheias, faz parte do projecto.Já agora, se resultar da análise do projecto que o mesmo foi mal feito, não querem repetir a mentira de que se trata de um projecto do tempo do PS?Valha-vos Deus...
Oooopsss 12.06.05 - 5:04 am #

No Parque de Verão do Antuã foram desperdiçados cerca de 1,5 milhões €,sem critério,sem estudo prévio do comportamento dos solos,sem análise e previsão das consequências,a febre eleitoralista justificou tudo...até este inqualificável disparate!Foram desperdiçados 135 mil € em trabalhos a mais ,na maioria por erros de projecto que obrigou a correcções em obra,ninguém se lembrou de criar uma rede de drenagem de águas pluviais ,porque a zona é muito húmida e bastam 2 ou 3 dias de chuva para ficar inundada !Gastar mais dinheiro para corrigir tamanho erro,apesar da justificação "poética"do DrºJosé Eduardo Matos de não contrariar a Natureza,vai ser inevitável!Cada vez mais é necessário a vigilância aos poderes instituídos,e a correspondente responsabilização politica e económica pelos seus actos.Temos de acabar com esta lógica dos "bons rapazes"apesar de serem pouco competentes!
Pateira de Estarreja 12.06.05 - 5:10 am #

o Oooppss é o Abílio Silveira, não é?Vai escoar o Parque, Silveira!
Palpite 12.06.05 - 5:54 am #

Os vereadores do PS, na altura, não só votaram a favor do charco, como pediram também mais candeeiros submersos, bateiras a flutuar e um casal de patos para criação na zona inundada. Esses gajos do PS são mesmo assim! Quiseram o charco mas com adereços!!!A culpa daquilo estar inundado agora é dos tipos do PS!!!Se no tempo do PS não se fez o Parque, cujo projecto vinha já do tempo da Lurdes Breu, foi porque aqueles terrenos ficavam inundados todos os anos às primeiras chuvas. Tal como agora ficam!A sorte do actual Presidente foi não ter chovido a sério antes das eleições!
Pois é! 12.06.05 - 5:58 am #

Qualquer incompetente era capaz de prever a actual situação. Mas fazer passar a mensagem - ver PUBLICO - deste fim de semana - de que a obra foi propositada para ter um lago no Inverno... valha-nos o diabo.Na peça do PUBLICO o Dr J.Eduardo dá uma resposta que só um advogado daria, nunca um técnico ou outro comum cidadão (com respeito pelos advogfados).Já que queriq um lago porque não o construir a pensar no Verão? Aí justificaria a decisão. Mas no Inverno? Não seria possivel a construcção com nivelamento para escoar as águas após as cheias? Atirar com água (da cheia) para os olhos dos contribuintes é que não. Ou julga ver em todos os Estarrejenses os verdadeiros patos do (seu) lago?
Baralhado 12.06.05 - 7:10 am #


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Isto não pode ficar assim


(imagem raptada sem autorização prévia ao "7 Meses")

Como todos viram, bastou chover durante 2 ou 3 dias para o novo parque municipal se converter num lago de água choca. Perante isto, há três opções:
- Fazer urgentemente obras no parque de modo a evitar que isto volte a acontecer (e saber de quem é a responsabilidade pelo facto do parque ter sido construído desta forma...);
- Intervir no rio Antuã, de modo a prevenir novas cheias (como as que já aconteceram várias vezes no passado);
- Assobiar para o lado e rezar para que São Pedro seja amigo de José Eduardo de Matos...

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sexta-feira, dezembro 02, 2005

Do site da RVR:

O troço do IC1 entre Avanca e Angeja vai ser construído a nascente, utilizando o traçado que foi aprovado pelo governo do socialista António Guterres. É esta a ideia base de um artigo assinado por António Santos Sousa (presid. Câmara da Murtosa) e publicado na ultuima edição do mensário "O Concelho da Murtosa". Segundo o autarca, a informação foi avançada há dias, durante uma reunião na sede das Estradas de Portugal pelo seu presidente António Laranjo e onde estiveram presentes, para além dele próprio, José Eduardo Matos e João Agostinho Pereira, líderes das câmaras de Estarreja e Albergaria, respectivamente. No texto agora conhecido o autarca murtoseiro adianta que embora, para os interesses do seu concelho fosse o traçado a poente aquele que desejava, mas tal não acontecendo, devido aos problemas financeiros do país, deu logo a conhecer aquilo que considera uma alternativa. Assim foi proposta uma ligação directa ao nó do IC1 e da A1 em Avanca, a partir da Zona Industrial da Murtosa, devendo a via ter perfil de autoestrada, na parte sul, Santos Sousa reivindicou a requalificação da Nacional 109-5 e a partir do entroncamento desta com a antiga Estrada Distrital (que liga Estarreja à Murtosa), a construção de uma via rápida, contornando o aglomerado urbano de Estarreja pelo sul, ligando-se à Rotunda do Hospital de Salreu. Santos Sousa refere ainda que já enviou para a Direcção de Estradas de Aveiro por escrito juntamente com a planta topográfica da sua implantação, esta proposta que já tinha sido dada a conhecer em Almada. Resta agora saber o que pensam sobre isti os autarcas de Estarreja e Albergaria-a-Velha e se a proposta vai merecer ou não a aprovação de Paulo Campos, o actual Secretário de Estado das Obras Públicas.
Data de Publicação: Quinta-Feira, 1 Dezembro 2005

Sinceramente não percebi muito bem a proposta de Santos Sousa. Mas a ligação à rotunda do hospital de uma estrada proveniente da Murtosa parece-me uma má ideia, dadas as condições de trânsito actualmente existentes. Pelo menos, obriga à criação de uma variante à EN109, pois a última coisa de que esta estrada precisa é de mais uma fonte de fluxo automóvel. Sem isso, esta proposta não é aceitável para Estarreja.
Já agora... e José Eduardo de Matos? Já disse alguma coisa sobre isto? Ou depois de termos sido "comidos" pelo Presidente da Câmara de Ovar chegou agora a vez de sermos ultrapassados pelo da Murtosa?

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A discussão na secção de comentários do post anterior correu melhor que o habitual. Graças ao exemplo das gasolineiras, todos começam a perceber que quanto menor for o papel regulatório do estado num dado sector, maior é a probabilidade de ocorrência de fenómenos como cartelização, aumento artificial dos preços ou inequidade (sendo este especialmente grave no sector da Saúde). E o facto dos países em que a regulação é menor serem também aqueles em que os medicamentos são mais caros (EUA, Inglaterra, ...) também fala por si. Se esta fosse apenas uma questão de concorrência, não faria qualquer sentido sequer ter esta discussão. O problema é que este é um problema muito mais complexo que o simples direito a qualquer um ter uma farmácia em cada esquina. Se quiserem perceber melhor de que é que eu estou a falar, tentem comprar uma embalagem de um qualquer medicamento não sujeito a receita médica, numa farmácia, na Sonae ou na loja do bairro e depois comparem-no com o preço desse mesmo medicamento antes da liberalização do respectivo preço...

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