sexta-feira, junho 08, 2007
Ao José Cláudio:
No dia 16/9/2006 publiquei aqui este texto:
Os leitores mais atentos deste blogue saberão certamente que eu não sou propriamente um adepto do Ministro Correia de Campos. No entanto, também não sou um oportunista do contra. Todos sabemos que a situação do Hospital Visconde de Salreu era absolutamente insustentável e que só existiriam duas soluções possíveis: o encerramento ou a reconversão da urgência num SAP. O que não podia continuar era a existência de um hospital que dava uma falsa sensação de segurança à população, que muitas vezes depois de lá esperar algumas horas para ser atendida era reencaminhada para Aveiro, onde passaria outras tantas horas até que o seu caso fosse efectivamente analisado por um médico que dispusesse dos recursos necessários para o efeito. No entanto, aguardemos para saber o que irá suceder a seguir, pois se a urgência do HVS fechar, será necessário criar uma alternativa válida para os casos mais simples. É verdade que também existiria uma terceira alternativa, que consistiria no investimento no HVS e na dotação deste de capacidades para o funcionamento de um SU de qualidade. No entanto, a proximidade dos hospitais da Feira e Aveiro, juntamente com a época de vacas magras que vivemos tornam esta uma solução irrealista sob o ponto de vista do interesse nacional...
... ou seja, a proposta apresentada pelo PS corresponde ao cenário mais optimista da minha previsão de há nove meses.
A estratégia de defesa do modelo "24 horas a qualquer preço" é errada sob todos os pontos de vista: técnico (pois põe em causa a Saúde da população), estratégico para o desenvolvimento do HVS (um serviço desses estaria sempre condenado a fechar mais cedo ou mais tarde e consumiria recursos que impediriam o desenvolvimento paralelo de outros serviços mais capazes e úteis às populações), económico (a abertura nocturna e os custos de transportes possivelmente até seriam mais caros que um bom funcionamento diurno) e político (a funcionar dessa forma o próprio HVS facilmente se tornaria desnecessário ao SNS).
A concretização do projecto do PS constituiria uma enorme vitória para Estarreja e para o HVS e seria um resultado muito acima das expectativas iniciais com que se iniciou este processo.
No dia 16/9/2006 publiquei aqui este texto:
Os leitores mais atentos deste blogue saberão certamente que eu não sou propriamente um adepto do Ministro Correia de Campos. No entanto, também não sou um oportunista do contra. Todos sabemos que a situação do Hospital Visconde de Salreu era absolutamente insustentável e que só existiriam duas soluções possíveis: o encerramento ou a reconversão da urgência num SAP. O que não podia continuar era a existência de um hospital que dava uma falsa sensação de segurança à população, que muitas vezes depois de lá esperar algumas horas para ser atendida era reencaminhada para Aveiro, onde passaria outras tantas horas até que o seu caso fosse efectivamente analisado por um médico que dispusesse dos recursos necessários para o efeito. No entanto, aguardemos para saber o que irá suceder a seguir, pois se a urgência do HVS fechar, será necessário criar uma alternativa válida para os casos mais simples. É verdade que também existiria uma terceira alternativa, que consistiria no investimento no HVS e na dotação deste de capacidades para o funcionamento de um SU de qualidade. No entanto, a proximidade dos hospitais da Feira e Aveiro, juntamente com a época de vacas magras que vivemos tornam esta uma solução irrealista sob o ponto de vista do interesse nacional...
... ou seja, a proposta apresentada pelo PS corresponde ao cenário mais optimista da minha previsão de há nove meses.
A estratégia de defesa do modelo "24 horas a qualquer preço" é errada sob todos os pontos de vista: técnico (pois põe em causa a Saúde da população), estratégico para o desenvolvimento do HVS (um serviço desses estaria sempre condenado a fechar mais cedo ou mais tarde e consumiria recursos que impediriam o desenvolvimento paralelo de outros serviços mais capazes e úteis às populações), económico (a abertura nocturna e os custos de transportes possivelmente até seriam mais caros que um bom funcionamento diurno) e político (a funcionar dessa forma o próprio HVS facilmente se tornaria desnecessário ao SNS).
A concretização do projecto do PS constituiria uma enorme vitória para Estarreja e para o HVS e seria um resultado muito acima das expectativas iniciais com que se iniciou este processo.
Etiquetas: Política de Saúde, Política Estarrejense
Comments:
O José Claudio bem pode falar de cambalhotas. É até um "catedrático" no assunto.
Alguém se pode esquecer como é que ele foi posto fora da Câmara...?
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Alguém se pode esquecer como é que ele foi posto fora da Câmara...?
