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segunda-feira, novembro 12, 2007

A Catarina Rodrigues (Vereadora do PS na CME) fez-me chegar este texto, que me deixou horrorizado. 54900,00 € em enfeites de Natal?! Andará tudo doido?

Estarreja (mascarada de) cidade

Quem tenha ouvido José Eduardo de Matos nos últimos tempos poderá ter ficado com a ideia de que Estarreja está a mudar. Mas nem Estarreja está a mudar, nem se encontra “no bom caminho”, como apregoado no slogan da última campanha autárquica do PSD em 2005.

Depois de um primeiro mandato à frente dos destinos do Município de Estarreja sem quaisquer novidades, José Eduardo de Matos afirma que, depois da reeleição, os dois últimos anos têm sido marcados por um contexto de transição. Nada mais certo! Só que este contexto de transição enquadra um conjunto de acções no âmbito das políticas públicas locais que deixam muito a desejar. A transição faz-se de mal para pior!

Ainda na última semana, em artigo de opinião, um nosso concidadão veirense aduzia um conjunto de argumentos que confirmam esta minha convicção. Em sua opinião, a Veiros faz falta um conjunto de equipamentos e infra-estruturas básicas que respondam às necessidades de quem lá vive. Imagino Estarreja (mascarada de) cidade! Por mim acrescentaria todas as outras freguesias: Fermelã, Canelas, Salreu, Pardilhó, Avanca e Beduído.

Depois do estado de euforia associado à “miragem” IKEA, Estarreja adormeceu! E o mais interessante é a procura obsessiva de argumentos para responsabilizar o Partido Socialista pelo estado de dormência atingido. Vive-se uma espécie de vitimização, própria da falta de visão estratégica deste executivo que se consubstancia na actividade da Câmara Municipal. José Eduardo de Matos tenta “comprar” iniciativas “a metro”, atribuindo subsídios e fazendo protocolos de tudo com todos mas, mesmo assim, não consegue catapultar Estarreja. A sua última grande novidade é o protocolo que vai realizar com a SEMA – Associação Empresarial para a aquisição de uma árvore de natal.

Estarreja, tão pródiga em originalidades, terá uma árvore de Natal com 20 metros de altura, “plantada” no seu centro urbano entre 1 de Dezembro 2007 e 6 de Janeiro de 2008.

O mais interessante é que a Câmara Municipal de Estarreja vai dar um subsídio à SEMA no valor de 36 300 € (cerca de sete mil e oitocentos contos em moeda antiga) para que seja a SEMA a comprar a dita árvore. Para receber este subsídio caberá à SEMA assegurar, por um período de cinco anos, a sua montagem. Ora aqui está um belíssimo exemplo das enormes vantagens e da inovadora forma de colaboração que a gestão do executivo liderado por José Eduardo de Matos preconizam para Estarreja.

Mas, como se não bastasse a Câmara Municipal vai ainda gastar mais 18 600€ nas restantes iluminações natalícias. Ou seja, este ano a Câmara Municipal de Estarreja vai gastar a “irrisória” quantia de 54 900€ (dez mil e oitocentos contos) para iluminar o nosso Natal.

O que pensarão disto as associações e colectividades de Estarreja que ainda não viram os seus subsídios pagos?

Triste história a nossa...

Catarina Rodrigues

Vereadora da Câmara Municipal de Estarreja, eleita pelo Partido Socialista

Estarreja, 5 de Novembro de 2007

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Comments:
Como é público, indigno-me com esta orgia de subsídios que mais não são do que delapidar o dinheiro que me é exigido sem que isso melhore, antes pelo contrário, a minha qualidade de vida.

Mas, estou saturado da troca de acusações que desde há 30 anos venho assistindo, como se apenas um partido fosse responsável pelo estado a que isto chegou. Como se, não se alternem no poder enquanto lambuzam o mesmo orçamento. No caso, como se a atribuição de dinheiro público a qualquer mercearia de esquina, fosse um exclusivo deste executivo.

É óbvio que o sistema vai embalando os parolos com natais, carnavais e outros tais. O que falta ao sistema, é seriedade, rigor, e desprendimento ao poder. O que esta gentinha persegue é o acesso ao poder, logo ao dinheiro. São iguaisinhos e, por mim, confesso-me incapacitado em notar as diferenças ideológicas, práticas e objectivos que deveriam existir entre os dois maiores partidos. Apenas lhes encontro consensos e confluências. E para este peditório, já dei.
 
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