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quinta-feira, novembro 20, 2003

Enviei hoje ao Jornal de Estarreja uma resposta à reacção do Sr. Teixeira Valente à minha intervenção na convenção autárquica do PS (ambos os textos estão disponíveis noutros posts deste blogue). Eis o texto dessa resposta:

Perguntar ofende

Há cerca de 15 dias, o Jornal de Estarreja teve a amabilidade de publicar a intervenção por mim realizada durante a Convenção Autárquica do PS em Estarreja, em que eram abordadas algumas questões relacionadas com o futuro Parque Industrial de Estarreja. O referido texto dividia-se em duas partes: a primeira, em que se falava do projecto do executivo PS para o Parque, recordando-se as preocupações metodológicas e as soluções encontradas, bem como os diversos passos que publicamente haviam sido anunciados de modo a que se pudesse criar um modelo de gestão justo e que servisse os interesses do município de Estarreja. O Parque Industrial era apresentado como uma estrutura central no Plano Estratégico para o desenvolvimento do nosso concelho e a legitimidade desta importância era-lhe conferida pela aprovação pela Câmara e Assembleia Municipal. A segunda parte do artigo enumerava as questões que o actual executivo ainda não esclareceu sobre o futuro de uma estrutura que já devia estar construída há alguns meses, segundo as palavras quer dos anteriores autarcas, quer dos actuais. Falava-se também de um requerimento a que a Câmara Municipal era obrigada a ter respondido em 30 dias, mas que ao fim de mais de quatro meses continua sem qualquer resposta. Colocavam-se questões absolutamente essenciais para o funcionamento e implementação do Parque a que a Câmara nunca respondeu e que têm a ver quer com questão da administração e poder de decisão em relação ao Parque, quer com o financiamento desta infra-estrutura, que pelos vistos vai ser totalmente paga pelos cofres municipais, ao contrário do que sucedia no passado. Todas estas questões mereceram na última edição uma resposta do Sr. Teixeira Valente, deputado municipal do PSD, que no texto que fez publicar no vosso jornal mais não fez do que apresentar uma série de críticas ao executivo anterior, acabando por não responder a nenhuma das perguntas que haviam sido colocadas. Esta situação acaba por ser também ela sintomática do actual estado de coisas: o Sr. Teixeira Valente, para além de ser o representante da SEMA no nosso concelho, é também o deputado do PSD que mais se tem preocupado com o modelo de Parque Industrial a implementar, tendo inclusive publicado vários textos sobre o assunto nos diversos jornais locais. Pode mesmo dizer-se, em abono da justiça, que o Sr. Teixeira Valente é uma espécie de porta-voz do PSD para o tema do Parque Industrial. Ora, o que se pode concluir do texto publicado na semana passada é que o Sr. Teixeira Valente também parece não saber ao certo quando é que as obras vão terminar, quando é que se começam a instalar as novas empresas e muito menos qual o modelo de gestão a seguir ou o que é que aconteceu à comissão criada com pompa e circunstância para estudar o assunto, pois se o soubesse seria óbvia a inclusão destas respostas no seu texto. E se nem o elemento do PSD que mais se dedica ao Parque Industrial está a par do que se está a fazer (?), como é que a oposição, a Assembleia Municipal e a própria população hão-de estar? A verdade neste momento parece ser esta: vamos ter um mini-parque para mini-empresas atravessado por uma mega-estrada, que vai demorar muito mais tempo a ser construído e nos vai sair muito mais caro que o previsto. Em relação ao resto, há que esperar que o Sr. Presidente da
Câmara se digne a espalhar mais algumas migalhas de divulgação deste assunto, para que se possa pelo menos compreender o porquê de tanto secretismo...

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