<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, outubro 31, 2005

Uma má notícia

... é o fim (ou a pausa?) do Jornal da Ria, com o qual colaborei algumas vezes. O facto de existir espaço intelectual para os vários jornais locais do concelho de Estarreja pelos vistos não teve correspondência em termos financeiros. É pena e ficamos todos mais pobres.
Quando se inicia um mandato autárquico com uma maioria tão absoluta como nunca tinha existido em Estarreja, a perda de espaços de debate social é ainda mais grave. Restam-nos os outros jornais e a internet. Não os deixemos cair também!

follow me on Twitter

sexta-feira, outubro 28, 2005

Um Bom Sinal

Mantendo a lógica de dar uma segunda oportunidade às pessoas, prometo olhar para o novo mandato de JEM a partir do zero. E penso que é justo admitir que a prioridade ao desenvolvimento económico do concelho é um tiro certeiro. É exactamente por aqui que a Câmara deve começar. E o momento é precisamente este: a estagnação da economia nacional e o início da actividade do parque empresarial são condições favoráveis ao posicionamento de Estarreja enquanto pólo de desenvolvimento. JEM acertou nas palavras. Falta agora definir uma estratégia credível e, sobretudo, juntar actos às ideias.

follow me on Twitter
Inovação

Li no Jornal de Estarreja e no Estarreja Light que José Cláudio Vital será o novo líder da bancada do PSD/CDS na AM de Estarreja. Como este é um cargo que no mandato anterior não existia, cá ficam algumas hipóteses explicativas para a inovação:
- No último mandato a bancada do PSD sentiu-se desorganizada e com falta de um líder;
- Esta nomeação é uma compensação pela "despromoção" de JCV de vereador para deputado municipal;
- O PSD não se sente muito confortável ao ver alguém do CDS (Alcides Sá Esteves) na liderança formal, efectiva e merecida da AM e esta é uma forma de dar poder a um dos seus elementos.
Na minha opinião, só a última hipótese é que está correcta, o que levanta outra questão interessante: penso que Alcides Sá Esteves é o primeiro político do CDS a ser eleito para um cargo de liderança de nível concelhio. Se José Eduardo de Matos decidisse deixar a CME no final do mandato que ontem começou, Alcides Sá Esteves seria o seu sucessor natural (pelo menos na órbita dos partidos da coligação). Como é que o PSD iria conseguir viver com isto, se já com ele a presidir à AM sentiu necessidade de criar um novo cargo para um dos seus elementos?

follow me on Twitter

quarta-feira, outubro 26, 2005

Troféu de caça

É o papel da menina do Bloco de Esquerda que acompanha Mário Soares nas suas aparições públicas. É jovem, bonita, de boas famílias e pertence a um partido cujo esquerdismo não levanta dúvidas. Serve para mostrar ao país que embora o candidato tenha 80 anos, há jovens idealistas de esquerda (à qual uma certa parte do PS - precisamente a que está com Manuel Alegre - até gostaria de pertencer...) que aderiram à causa soarística. Não precisa de falar, pois o seu papel é apenas esse: mostrar-se e sorrir pateticamente, reduzindo a zero qualquer contributo intelectual que se pudesse esperar de si. É o estilo Soares ao seu melhor nível.

follow me on Twitter

terça-feira, outubro 25, 2005

A Fama

Passei quatro anos a intervir regularmente na Assembleia Municipal, rádio, jornais locais e na blogosfera. No entanto, só depois da minha participação na noite eleitoral da RVR é que atingi a fama: sou constantemente abordado na rua por pessoas que me ouviram. Ainda hoje houve uma senhora que me reconheceu pela voz... É impressionante o poder e importância da rádio local e a quantidade de pessoas que ouviram em directo o anúncio dos resultados eleitorais. Como já nem sequer me lembro muito bem do que é que fui dizendo ao longo da noite, este fenómeno não deixa de ter um lado assustador. Mas ao mesmo tempo é muito interessante perceber a reacção das pessoas.

follow me on Twitter
Não, não tenho estado em depressão pós-eleitoral, mas apenas com uma enormíssima falta de tempo para escrever neste blogue. Entre a saída de Peseiro e a entrada de Paulo Bento, o perú grego, o papagaio inglês, os gansos-patola de Peniche, os stocks de Tamiflu, a candidatura de Cavaco e a forma como Soares não sabe o que há-de fazer perante tudo isto, os tempos até teriam sido altamente favoráveis à manutenção de uma intensa actividade bloguística... mas não pode ser sempre assim. Quando tiver tempo voltarei à carga. Tanto pode ser hoje como noutro dia qualquer. De qualquer modo, posso ir adiantando que o Estarreja Efervescente vai sofrer algumas alterações, das quais falarei mais tarde. Até breve!

follow me on Twitter

terça-feira, outubro 18, 2005

Cá fica um texto escrito há já alguns dias para o Jornal da Ria...

Uma Digestão Difícil

Tudo começou em 2001. Guterres abandonara o cargo de Primeiro-Ministro há poucas semanas e estava-se no período de campanha eleitoral. Ferro Rodrigues, com popularidade crescente, enfrentava Durão Barroso, líder do PSD há três anos mas a enfrentar um progressivo declínio de popularidade. No entanto, as sondagens continuavam a dar a vitória ao PSD, embora por diferenças progressivamente mais pequenas. Perante a aparente inevitabilidade da derrota, o PS decide apostar forte na boa impressão que Ferro Rodrigues havia deixado enquanto ministro da área social.
Foi então que surgiu a ideia, segundo rezam as crónicas depois de uma boa almoçarada: Ferro Rodrigues lança a proposta de criação das famosas "farmácias sociais" para o meio dos soundbytes da campanha eleitoral. O conceito em si não tinha grande lógica sob o ponto de vista técnico, pois as novas farmácias não iriam fazer nada que as outras já não fizessem ou pudessem vir a fazer, para além do facto da criação destas farmácias não ser direccionada para os locais com maiores problemas de acesso ao medicamento, mas apenas para os sítios onde existiam Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Tratava-se de uma proposta cuja única utilidade prática era a injecção de fundos nas Misericórdias, criando condições de desigualdade fiscal com as outras farmácias, que naturalmente não beneficiam das mesmas vantagens fiscais de que as IPSS usufruem.
Foi aqui que João Cordeiro, o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) decidiu intervir. E quando o fez, cometeu provavelmente o maior erro da sua muitíssimo bem sucedida vida profissional. A ANF fez distribuir milhares de panfletos pelas mais de duas mil farmácias suas associadas, nos quais se desmontava e ridicularizava a ideia das "farmácias sociais". No entanto, o tiro acabaria por sair pela culatra: Ferro Rodrigues aproveitou o ataque da ANF para se vitimizar e capitalizar a seu favor a imagem de lutador contra os "interesses de grupos de pressão" e Correia de Campos, académico brilhante, Ministro da Saúde em exercício e o verdadeiro autor da ideia, não perdoou a humilhação intelectual infligida pela organizada e muitíssimo bem preparada máquina da ANF.
Chegaram as eleições, os resultados foram os que se conhecem, mas ficou o ressentimento. No seu livro "Confissões Políticas da Saúde", Correia de Campos deixa antever que um dia chegaria a hora da vingança.
E, de facto, o dia chegou. José Sócrates ganhou as eleições, Correia de Campos regressou ao cargo de Ministro da Saúde e o processo de ajuste de contas com a ANF começou logo no próprio dia em que o governo tomou posse: embora a ideia não fizesse parte do programa eleitoral do PS, Sócrates decidiu apresentar como prioridade do exercício governativo a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias, como forma de melhorar a acessibilidade ao medicamento. Mais uma vez, a medida era tecnicamente errada: não era claro que este fosse um dos principais problemas da Saúde em Portugal (os medicamentos existiam ao mesmo preço em todo o país, do litoral ao interior e a distribuição de uma farmácia por cada 4.000 habitantes até estava acima da média europeia) e, mesmo que o fosse, seria aparentemente mais lógico alargar o horário das farmácias ou aumentar o número de farmácias existentes (lançando mais concursos públicos para abertura de farmácias ou até liberalizando a sua instalação). Para além disso, nos países em que os medicamentos se vendem fora das farmácias tem-se assistido a um movimento no sentido inverso, com progressivos aumentos do controlo sobre as vendas e diminuição do número de medicamentos de "venda livre".
Depois de muitos avanços e recuos e alguns episódios burlescos pelo meio, a lei publicada acabou por ser bastante diferente da lei prometida, mas Correia de Campos lá conseguiu levar por diante a sua intenção. No fim ficou-se com a sensação de que o verdadeiro objectivo do ministro não era resolver eventuais problemas de acessibilidade, mas sobretudo abrir o caminho do medicamento às redes de distribuição tradicionais, que sem este preâmbulo de liberalização seriam trituradas por outros actores muito mais conhecedores do mercado, como algumas multinacionais ou a própria ANF.
Correia de Campos avançou ainda com mais duas medidas, desta vez para "ajudar a resolver o problema das contas públicas". A primeira foi reduzir 6% ao preço de venda ao público dos medicamentos (com uma curiosa excepção de última hora para os laboratórios que investem mais de 5 milhões de euros por ano em investigação e desenvolvimento…), retirando esse valor à margem das farmácias, armazenistas e indústria farmacêutica. No entanto, esta medida, embora aceitável e positiva, acaba por ser também injusta: a margem de lucro das farmácias e armazenistas portugueses é das mais baixas da Europa, enquanto que o elevado preço que os medicamentos têm entre nós (há medicamentos que chegam a ser quase 50% mais caros em Portugal que em Espanha…) se deve exclusivamente à actuação da indústria farmacêutica e da forma como esta tem tirado partido de uma alteração legislativa introduzida… por Correia de Campos, em 2001!!!
No entanto, e como não há bela sem senão, o Ministro da Saúde acabou também com o acréscimo de comparticipação de que antes beneficiavam os medicamentos genéricos. Assim, embora o preço destes medicamentos tenha baixado 6%, a percentagem que é paga directamente pelos doentes aumentou 10% (esta alteração afecta também os preços de referência a partir dos quais se calcula a comparticipação de grande parte dos medicamentos). E as farmácias não os podem devolver para actualização de preços (os medicamentos devem ser escoados normalmente e só poderão ser devolvidos no fim do seu prazo de validade, que em alguns casos chega a ser em 2011…). Com estas alterações, há medicamentos cujo preço aumentou cerca de 40% na parte que é paga directamente pelos doentes…! Além disso, passaram a existir genéricos mais caros que alguns medicamentos de marca e medicamentos com preços variáveis de farmácia para farmácia. O caos instalou-se no sector farmacêutico. Correia de Campos reconhece os desequilíbrios por si criados, mas defende-se dizendo que são uma forma de tentar "induzir o mercado a baixar o preço dos genéricos". Todos os que trabalham na área da Saúde sabem que na prática isso não irá acontecer…
Percebe-se perfeitamente que Correia de Campos vai liberalizar a instalação de farmácias logo que algumas empresas de distribuição se instalem no mercado. Quanto ao abaixamento de preços, será previsivelmente "engolido" algures entre as excepções à lei e a tradicional imaginação da indústria farmacêutica. As tais "farmácias sociais" ficaram-se pela digestão da almoçarada e os doentes, esses vão continuar a financiar tudo isto. Entretanto, o Serviço Nacional de Saúde vai agravando as suas deficiências, enquanto quem o deveria estar a dirigir perde tempo com pequenas vinganças pessoais sem quaisquer benefícios para a população. É esta a política do medicamento em Portugal!

follow me on Twitter

sexta-feira, outubro 14, 2005

Tal como todos sabemos, Estarreja é sociologicamente de direita. Embora alguns acreditassem que os oito anos de governação PS na CME e os bons resultados obtidos nas eleições de 1989 e 2001 pudessem significar que o PS já teria uma maior implantação social em Estarreja, a verdade é que estas eleições provam precisamente o contrário, tal como a vitória do PSD de Santana Lopes nas legislativas de Fevereiro já o havia demonstrado.
Para perceber as razões da actual derrota, talvez seja importante recordar os motivos que levaram aos bons resultados (do PS e do PSD):
- Em primeiro lugar, o candidato à presidência da CME. Quando Vladimiro Silva concorreu em 1993, tinha uma história pessoal de intensa actividade política e social, tendo passado pela Assembleia de Freguesia de Salreu e Assembleia Municipal, pelas direcções de várias colectividades locais e tinha múltiplas intervenções políticas, quer na rádio, quer nos jornais locais. As pessoas conheciam-no e sabiam do que ele era capaz. Este aspecto é particularmente importante, pois com José Eduardo de Matos passou-se mais ou menos o mesmo: quando JEM concorreu em 1997 já era longa a sua experiência política e social. Muito dificilmente um candidato poderá ambicionar ganhar uma Câmara Municipal sem este tipo de notoriedade pública;
- Em segundo lugar, a política. Embora Vladimiro Silva fosse um homem de esquerda (foi militante do PCP até ao início dos anos 80), a verdade é que a sua governação e o estilo político que sempre adoptou estavam muito mais próximos do que é habitual nos partidos de direita. Uma liderança firme, afirmativa e sem medo de conflitos agrada principalmente ao eleitorado de direita. Por outro lado, a preocupação em promover uma actividade cultural de elite (aqui Fernando Mendonça teve um papel decisivo) e em dar particular relevo à intervenção social (com a importantíssima colaboração de Alberto Vidal) garantiu o apoio do lado esquerdo do eleitorado e uma mobilização transversal da sociedade. Politicamente, não há comparação possível com José Eduardo de Matos, que inverteu completamente o estilo do executivo camarário: a política cultural passou a ser palco de conflitos pessoais do presidente com algumas instituições do concelho e a ter um carácter muito mais popular, enquanto que a intervenção social passou a ser predominantemente assistencialista, o que é uma característica muito própria dos partidos de direita. No entanto, nestas áreas JEM jogou em casa: a sua base social de apoio estava perfeitamente satisfeita com este tipo de intervenções;
- Em terceiro lugar, o marketing. Esta é uma área cuja importância atingiu o seu expoente máximo no actual mandato de José Eduardo de Matos. O gabinete de imprensa da CME funcionou de uma forma bastante eficaz e produtiva durante 4 anos (foram várias as notícias que se conseguiram colocar nos vários órgãos de comunicação social) e os boletins municipais (embora com repetições cíclicas de obras e fotos...) conseguiram transmitir uma imagem de dinamismo da actividade do município. Entretanto, o PS reagia mal ao protagonismo de JEM na comunicação social e praticamente abdicou da luta mediática na imprensa (exceptuando o caso do Voz Regionalista). Este foi um aspecto determinante também nas candidaturas de Vladimiro Silva, que em 1989 e sobretudo em 1993 soube chegar ao coração da imprensa e utilizar a seu favor os órgãos de comunicação social. Mesmo à medida que as relações com alguma imprensa se iam degradando, VS soube sempre tirar partido disso e apresentar-se como um lutador contra todas as adversidades. Embora com formas de organização variáveis, o marketing político foi sempre extremamente importante para se ganharem eleições em Estarreja;
- Em quarto lugar, a gestão política das relações com os opositores. E neste aspecto, tanto Vladimiro Silva como José Eduardo de Matos foram mestres. VS soube modelar a sua relação com Maria de Lurdes Breu (assumindo uma postura colaborante, mas marcando diferenças), Dario Matos (fazendo uma campanha pela positiva, evitando ataques pessoais) e até José Eduardo de Matos (defendendo-se dos ataques, como forma de marcar a diferença entre os que "fazem" e os que "falam"). José Eduardo de Matos esteve sempre bastante atento aos argumentos da oposição (e neste aspecto a blogosfera, a começar por este blogue, foi um enorme tiro pela culatra) e soube antecipar respostas e acções. Evitou conflitos directos com Teixeira da Silva e fez a campanha como se não existisse oposição, embora com o cuidado de evitar sinais públicos de arrogância (quando não há acto mais arrogante que o de ignorar o adversário...). A estratégia foi de facto brilhante e os resultados estão aí para o demonstrar.

Se analisarmos retrospectivamente todos estes factores, verificamos que a actual candidatura do PS falhou em praticamente todos os pontos, o que poderá servir para explicar o desastre eleitoral.
Embora os prognósticos no fim do jogo sejam sempre muito mais confortáveis e seguros (e talvez até imorais), penso que devemos olhar para o que aconteceu numa perspectiva de futuro. Só a correcção de todos estes erros poderá permitir ao PS recuperar a Câmara Municipal de Estarreja. No entanto, Roma não se construiu num dia...

follow me on Twitter

quinta-feira, outubro 13, 2005

Este blogue tem estado especialmente agitado nos últimos dias. O record de visitas num só dia subiu para 225 no dia seguinte às eleições e os comentários têm aparecido às carradas. Como dizia Jorge Perestrelo, "é disto que o meu povo gosta"...!
Cá ficam algumas impressões sobre as eleições:

À partida para este acto eleitoral, havia no PS uma curiosidade primordial: saber quanto é que o partido valia em Estarreja depois da saída de Vladimiro Silva (ex-Presidente da CME). Foi o desastre que todos conhecemos...
Depois de subir consecutivamente nas eleições autárquicas de 1989, 1993, 1997 e 2001 (ano em que perdeu, embora com a sua maior votação de sempre - 45,7%), o PS bateu no fundo.
26,45% dos votos é provavelmente o valor mais baixo que seria possível alcançar.
Não penso que nesta hora se deva perder tempo a apontar culpados ou a trocar acusações. Os factos existem, são indesmentíveis e todos devem assumir responsabilidades (eu também as tenho).
O passado dia 10 de Outubro de 2005 foi o primeiro dia do resto da vida do PS em Estarreja, onde tudo foi reduzido a cinzas. É urgente repensar profundamente o partido e recuperar uma ligação à sociedade que aparentemente foi quase completamente perdida.
Temos pela frente quatro longos anos de "travessia do deserto", dos quais só será possível recuperar com muito esforço e trabalho de fundo.
Vejamos o que acontece nos próximos tempos e a forma como o PS reage ao choque.

(voltarei a este tema brevemente)

follow me on Twitter

quarta-feira, outubro 12, 2005

Obrigado a todos pelas palavras de incentivo.
O Estarreja Efervescente é para continuar e não foi criado a pensar no dia 9/10.
Quanto à minha não eleição para a AM, foi a consequência de um risco que assumi conscientemente quando aceitei ir em oitavo lugar (o mesmo que em 2001), pois acho que em política não deve existir a lógica de só se aceitarem posições de protagonismo garantido. Convidaram-me para este lugar e eu aceitei, sem entrar em negociações ou reivindicações de nenhum tipo. Além disso, continuo a pensar que a lista do PS à AM era (e é) bastante boa, com excelentes elementos acima e abaixo do oitavo, pelo que a minha falta não será assim tão importante.

PS - O atraso em escrever a minha análise às eleições tem a ver apenas com falta de tempo e não com qualquer estado de choque provocado pelo terramoto eleitoral de que o grupo a que pertenço foi vítima. É que os choques só aparecem perante acontecimentos inesperados... mas nos próximos dias (ou horas) voltarei a este tema.

follow me on Twitter

terça-feira, outubro 11, 2005

Ficará para os próximos dias um post com uma análise mais cuidada aos resultados das eleições. De qualquer modo, já disse várias coisas sobre o que pensava sobre o assunto durante a noite eleitoral na Rádio Voz da Ria.
Deixo aqui os meus parabéns aos partidos da coligação, pois de facto obtiveram uma vitória arrasadora.
O PS local regressou a 1985, com tudo o que isso implica. É necessária uma profunda análise às causas do desastre (também nos próximos dias voltarei a este tema).
Pessoalmente, fiquei com pena de não ter sido novamente eleito deputado municipal. Obviamente que a actividade deste blogue se vai ressentir do facto de eu deixar de estar por dentro da actividade política local, mas penso que poderá ser possível manter activo este fórum de discussão. De qualquer modo, a colaboração dos leitores passará a ser ainda mais importante a partir de agora, pois as minhas fontes de informação já não serão as mesmas.

follow me on Twitter

sábado, outubro 08, 2005

É o último texto que escrevo antes das eleições. Serve para desejar que tudo corra bem e que eu próprio seja eleito para a AM... se não for , não faz mal, pois a vida é muito mais do que isto (como há dias dizia um ilustre avancanense)!

follow me on Twitter

sexta-feira, outubro 07, 2005

Do site de campanha do PS Estarreja, a desmontagem sistemática de algumas das ideias que o PSD tenta fazer passar...

O Folheto do Dr. José Eduardo Matos
Os folhetos que a coligação PSD/CDS-PP tem enviado para casa das pessoas manipulam a informação e induzem as pessoas em erro.

Distorcem números e factos sobre o mandato e tentam vender ilusões na perspectiva de cativar os eleitores.
Eles sabem tão bem como nós que a realidade foi bem diferente daquela que agora nos contam nos folhetos que mandam para casa, nem é a que consta no boletim municipal..
Eles sabem, tão bem como nós, que as realizações do seu mandato chegarão ao fim quando não houver mais nenhuma obra herdada do Partido Socialista para inaugurar. Porque a Coligação não tem ideias para o futuro. A Coligação no últimos 4 anos não nos apresentou um único projecto. E não se encontra qualquer obra relevante por si iniciada.
A excepção é a pequena obra demagógica e a intervenção de gosto duvidoso que nada oferece, em termos de desenvolvimento, a esta terra. Antes pelo contrário.
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos:Este foi o mandato com mais obras na história do município.
Na verdade, este foi o mandato em que todas as grandes obras foram herdadas do Partido Socialista. Não há nenhuma da autoria da Coligação. O PSD-CDS-PP limitou-se a distorcer o projecto do Parque Municipal e a decorar algumas rotundas. Se não fosse o que o PS deixou, nada haveria para inaugurar.Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos:Prioridade ao ambiente com saneamento à cabeça.
Na verdade, o Dr. José Eduardo Matos herdou não só os projectos, como obras em curso e fundos comunitários obtidos pelo PS para o saneamento. O PSD-CDS devia era pedir desculpa aos estarrejenses pelos atrasos e por ainda não terem conseguido, 4 anos depois, estender o saneamento a todo o concelho.
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos:
Com o ERASE iniciámos a recuperação do passado e com o Bioria ficámos mais perto da ria...Na verdade, o Dr. José Eduardo Matos amputou o projecto ERASE, da autoria do Eng. Drummond Esmeraldo, deputado Municipal do PS.
Este projecto resume-se, agora, aos resíduos acumulados provenientes das empresas químicas, quando o PS e o seu autor pretendiam que, além desses resíduos, fossem recuperadas as valas e o esteiro de Estarreja, para o qual havia financiamento. Devido à inacção do Dr. José Eduardo Matos as valas, o esteiro e a Lagoa de Veiros continuam poluídos com metais pesados. Por isso, os esteiros e as valas continuam a mandar para a Ria descargas poluentes. Se o Dr. José Eduardo tivesse implementado o Projecto Erase tal como o PS pretendia, as aves já poderiam nidificar numa ria menos poluída.
O projecto Bioria é interessante, mas nem sequer foi ideia do Dr. José Eduardo de Matos. Esse projecto é de iniciativa privada e a Câmara limitou-se a financiá-lo em 12% do seu valor.
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos: A iluminação foi reforçada e ampliada.
Na verdade, a iluminação, na ânsia de mostrar intervenção, é exagerada nalguns pontos do município. Os custos com a iluminação pública aumentaram cerca de 5 mil euros por mês. Isto não é ser racional nos gastos, nem respeitar os recursos energéticos e ambientais. O PS não quer Estarreja às escuras. O PS propõem-se aplicar um plano municipal de racionalização de energia nos edifícios e espaços públicos municipais, o que significa mantê-los iluminados, sem gastar tanta energia e dinheiro.
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos:Rede viária, fomos a todas as freguesias e intervencionámos 450 vias. Na verdade, não sabemos ao certo como é que chegaram a tal número. Só se contaram com os buracos tapados à pá e remendos pontuais. Além disso, não se percebe como é que a Câmara consegue demorar tanto tempo a terminar as obras. Só a rua que vai para a Torreira já anda em obras há um ano!
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos: Reforço do apoio às colectividades.
Na verdade, o Dr. José Eduardo Matos tem por hábito mandar cartas às colectividade a informar qual o montante do subsídio e, depois, as colectividades têm que o mendigar inúmeras vezes durante o ano. O Dr. José Eduardo Matos promete muito, paga tarde e, até em certas ocasiões, promete e não paga.
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos: Entregámos 9 apartamentos a famílias carenciadas.Na verdade, o Dr. José Eduardo Matos abriu concurso para arrendar 9 apartamentos que foram construídos no tempo da Dª Lurdes Breu. Até devia ter vergonha de mencionar tal facto. O PS, com 50 mil contos do Projecto Inovar Estarreja, recuperou 136 casas nos últimos 2 anos de mandato. O Dr. José Eduardo Matos recebeu 100 mil contos com a mesma finalidade e comprou um autocarro. Ainda gostávamos de saber como foi gasto o restante dinheiro. Se o Dr. José Eduardo Matos se preocupasse com a habitação social, não tinha deixado fugir o Bairro da Teixugueira para a ASE.
Lê-se no folheto do Dr. José Eduardo Matos: Para os jovens abrimos o Espaço Internet, melhorámos escolas, recuperámos 3 recintos desportivos... Na verdade, até o Espaço Internet é de autoria do PS, que deixou o projecto pronto.
O Dr. José Eduardo Matos nem sequer foi capaz de fazer os campos desportivos projectados para Santiais e Salreu. Quanto ao resto muito havia para dizer:
- A gestão do Cine teatro, como disse o próprio Dr. Carlos Tavares, é um desastre.
- O Parque Eco empresarial, que devia estar concluído, não só não o está, como parece atrair apenas armazéns que poucos empregos dão.
- Os jovens saem em catadupa de Estarreja.
- O Carnaval dá mil contos por mês de prejuízo.
- O IC 1 continua por construir e a sua suspensão custou 50 milhões de contos de prejuízo.
- As companhias profissionais de Teatro, Dança e Cinema, que tão bom nome projectavam da nossa terra, estão em agonia, graças à acção do Dr. José Eduardo Matos.
- A Câmara só nos últimos meses, contratou 14 funcionários novos, que custam ao município mais 30 mil contos ano.
É possível fazer mais e melhor.
No próximo domingo vote no Partido Socialista.
Juntos vamos pôr, de novo, mãos à obra.

follow me on Twitter

quinta-feira, outubro 06, 2005

Inaugurar obras feitas por outros (cinema, biblioteca, quartel dos bombeiros, estacionamento atrás da CME, unidades de saúde de Salreu e Pardilhó, saneamento, etc.), distribuir panfletos deliberadamente enganosos (até o hotel fazia parte da lista de "obras" do actual Presidente da Câmara...!), levar velhinhos a passear, inaugurar obras inacabadas ou que já existem há meses ou anos, etc...
Que respeito merece um Presidente da Câmara depois de se sujeitar a tudo isto?

follow me on Twitter
Mais um texto da secção de comentários para a primeira página deste blogue. Tirando a agressividade das referências, penso que há aqui vários pontos de vista interessantes:

Li que o Marques Mendes esteve em Estarreja ao lado do José Eduardo Matos e cerca de 40 elementos da candidatura.
O aldrabão regressou ao lugar da aldrabice e juntou 40 palermas que não têm "tomates" para lhe perguntar:- "Ouve lá, ó meia leca! Onde é que está o IC1 a poente que andaste aí a prometer e a inaugurar?"E rematar a seguir:- "És um canalha! Porque se não fosses, tinhas mandado fazer o IC1 quando eras do Governo, e por lá estiveste três anos. Ou então, tinhas vergonha e não punhas cá mais os pés!"
Isto era o que qualquer PPD sério e interessado pela sua terra lhe teria dito! Mas não houve quem...!
Andaram antes ao seu lado, com a mesma boca aberta com que estiveram ao lado dele, em cima da ridícula camioneta em Fermelã, onde ele (sempre ele) inaugurou o traçado imaginário poente do IC1.Aí está uma verdadeira e séria candidatura ao prémio "Lorpões 2005"A cambada de "borrados" e "lambe-botas" do PPD serve mesmo para muito pouco! São uns paus mandados! Já se sabia e confirma-se!Quanto ao Presidente, quer é tratar da sua vidinha. O IC1 (nem a nascente nem a poente...) não lhe interessa para nada! Ele quer lá saber disso... Ele quer é ganhar as eleições! Os estarrejenses, o trânsito da 109 e o acesso ao Parque Industrial que se lixem! O que é que interessa o IC1 para o futuro de Estarreja, quando se leva 900 velhos à missa a Fátima para depois lhes pregar um "pifo" colectivo numa quinta-dançante da Batalha?! Eles vêm de lá com a face rosada, a rirem sem saber de quê e às "vivas" descontroladas ao presidente. Lindo! Seis mil contos de “bebedeira” colectiva, caça ao voto descarada e aí está a política autárquica no seu esplendor!
Presidente, vai em frente!
Mais vale o voto de um velho "entornado", do que mais um tipo em Salreu a morrer atropelado!Recite esta máxima ao Marques Mendes e descansem, ambos, a consciência!!!
Peão 10.06.05 - 10:00 am #

follow me on Twitter

quarta-feira, outubro 05, 2005

5 de Outubro

Comunicado da Real Associação de Coimbra:

Em 5 de Outubro de 1143 NASCEU PORTUGAL!

Na verdade, é em 5 de Outubro de 1143, com o Tratado de Zamora e na presença do Legado Pontifício, Cardeal Guido de Vico, que D. Afonso VII de Leão reconhece a existência de um novo Estado, PORTUGAL.

Esta declaração de PORTUGAL como REINO INDEPENDENTE infelizmente não é comemorada oficialmente no próprio País.
PORTUGAL deve ser o único País do Mundo que não celebra oficialmente a data da sua INDEPENDÊNCIA.

As Autoridades Oficiais Portuguesas têm preferido comemorar as datas de acidentais alterações do regime, que simbolizam sobretudo revoluções fratricidas entre Portugueses.
É o caso do “5 de OUTUBRO”:
Oficialmente é comemorada apenas a revolução de 1910, que opôs Portugueses a Portugueses e que teve como acto preparatório o assassinato do (então) CHEFE de ESTADO (que era o Rei D. Carlos), ignorando as actuais Autoridades Oficiais a celebração do ANIVERSÁRIO do NASCIMENTO de Portugal, como ESTADO-NAÇÃO.

Discordando frontal e veementemente desta valoração das datas históricas por parte das Autoridades Oficiais, a REAL ASSOCIAÇÃO DE COIMBRA tem comemorado em cada “5 de OUTUBRO” o ANIVERSÁRIO da FUNDAÇÃO da NACIONALIDADE, mandando celebrar na Igreja de SANTA CRUZ, em Coimbra, MISSA sufragando a alma do Rei Fundador e dos seus Descendentes.

follow me on Twitter

This page is powered by Blogger. Isn't yours?