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sexta-feira, setembro 30, 2005

Descubra as diferenças

Um destes homens escreveu o texto que abaixo se reproduz. Adivinhe qual.










Suspensão de mandato
Estava e estou convencido de que tinhamos uma democracia amadurecida e que todos sabem claramente distinguir o que é campanha eleitoral e o que é o exercício das funções de Presidente de Câmara. Que eu saiba nenhum autarca de Municípios equivalentes suspende as funções. Como é que foi em Viseu ? E na Figueira ? E em Ílhavo ? Mas, ontem, na Assembleia Municipal foram feita alusões à confusão entre as duas vestes. Nunca as confundi. Para que não fique qualquer ambiguidade e para que isso não possa servir de argumento falacioso a ninguém, comuniquei à Assembleia a minha decisão - que já formalizei - de suspender o mandato até ao dia das eleições.

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A Máquina

A forma como a máquina de propaganda ao serviço da Câmara Municipal de Estarreja funciona é de facto brilhante e muito difícil de combater. Veja-se a forma como no site da CME se noticia a inauguração, a 10 dias das eleições, de uma capela mortuária em Fermelã. Quem lê as notícias e vê as imagens quase que fica com vontade de começar já a usar as novas instalações!
Aqui ficam o texto e as fotos, pois aos links poucos vão:
A nova Casa Mortuária de Fermelã foi inaugurada no Dia do Padroeiro da Freguesia, S. Miguel. Velho anseio da população, a obra é o “produto de três longos anos de trabalho”, disse o Presidente da Junta, Sílvio Marques, durante a cerimónia de inauguração. Da responsabilidade da Junta, o novo edifício custou cerca de 50 mil euros.A Paróquia cedeu o terreno à Junta e a Câmara Municipal de Estarreja elaborou o projecto. O trabalho em parceria resultou “numa das melhores Capelas Mortuárias do País”, considera o Pároco da Freguesia, Franklin do Couto e Pacheco. A ausência de um espaço próprio para as cerimónias fúnebres obrigava “a remediar” havendo agora “um local digno para os vivos e para os mortos”, disse. Localizada junto ao cemitério e à Igreja Paroquial, a Casa Mortuária é “uma obra que se adapta às necessidades da Freguesia, representa um esforço de melhoria de condições e é um factor de dignidade da comunidade”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos. A Câmara vai proceder ao arranjo do espaço envolvente com a criação de estacionamento, passeios e iluminação de forma a haver um “integral aproveitamento do terreno que se encontrava ao abandono”, bem no centro da Freguesia, e que ficará com um “aspecto urbano, desenvolvido e moderno”, adiantou o Autarca.A população da Freguesia assistiu em força à inauguração. Para Manuel Dias Figueiredo a Casa Mortuária “tem as condições desejáveis, era uma necessidade”. Após a visita às novas instalações, Américo Gomes atesta que o “dinheiro foi bem empregue. Está bonita”. Natural de Fermelã e emigrante no Canadá, Virgínia Aguiar sente-se “feliz por todos pois esta era uma obra muito desejada”.




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Do Maisfutebol:

A Casa de Apostas on-line Paddy Power decidiu esta quinta-feira dar o Chelsea como campeão de Inglaterra, numa altura em que a liga vai ainda na sétima jornada. A empresa irlandesa vai, por isso, pagar a todos os que apostaram antes de hoje que os homens liderados por Mourinho iriam revalidar o título de campeões nacionais.
«Chelsea é o campeão da Premiership», é o título que se pode ler na primeira página do site de apostas. «Apesar de estarmos apenas em Setembro e terem decorrido sete jogos, o Chelsea vai com uma grande distância e não parece que possam ser apanhados. Com isto, Paddy Power decidiu que a corrida ao título acabou», anunciou a companhia.
«Manchester United, Liverpool e Arsenal já mostraram que são falíveis. Não se vê o Blackburn a vencer o Chelsea, pois não?», questionou um porta-voz da casa, referindo-se à derrota do fim-de-semana passado do United. «A defesa do Chelsea é como a Grande Muralha da China. Só se consegue ver à sua volta."


Aqui fica o texto do site original:
Chelsea are Premiership Champs!Although it's only September and the season is only 7 games old, Chelsea are clear of the pack and not looking like they will be caught. Accordingly, Paddy Power have declared the title race over by paying out on single bets on Chelsea to win the Premiership!

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Juro que não sabia de nada...

...quando escrevi este texto. Mas ontem a Rádio Voz da Ria publicou esta notícia:

CASA MORTUÁRIA DE FERMELÃ FOI INAUGURADA
A obra orçada em mais de 30 mil €uros, foi inaugurada esta quinta-feira, dia do padroeiro da freguesia, S. Miguel.
A Casa Mortuária era um projecto há muito desejado pelos fermelanenses, que não tinham um local próprio para realizar as cerimónias fúnebres.
A obra demorou três anos até ficar completa. Sílvio Marques era esta manhã um autarca satisfeito. A Junta de Freguesia de Fermelã conseguiu levar a “bom porto” este projecto. Neste momento, falta apenas arranjar a zona envolvente que prevê a construção de passeios e de um parque de estacionamento.Uma obra que a Câmara de Estarreja espera ver concluída nos próximos meses
Data de Publicação: Quinta-Feira, 29 Setembro 2005


....o que se seguirá? Ainda faltam 9 dias para o fim da campanha eleitoral e a imaginação começa a escassear! Deixo uma sugestão: que tal inaugurar-se o hífen que falta na placa colocada junto à rotunda do hospital?
Aqui fica também um contributo (obtido do ciberdúvidas) para o discurso inaugurativo (que obviamente deverá incidir sobre a problemática, vantagens e desvantagens da colocação do hífen nas palavras):
Emprega-se o hífen:
1. para separar as sílabas na translineação.
2. também se usa nos compostos em que entram, foneticamente distintos:
2.1. dois ou mais substantivos, ligados ou não por preposição ou outros elementos: alfinete-de-ama;
2.2. um substantivo e um adjectivo: amor-perfeito;
2.3. um adjectivo e um substantivo: primeiro-ministro;
2.4. dois adjectivos: azul-escuro;
2.5. uma forma verbal e um substantivo: conta-gotas;
2.6. duas formas verbais: ruge-ruge.
3. nos compostos do vocabulário onomástico (nomes próprios), reduz-se o uso do hífen a:
3.1. nomes em que dois elementos se ligam por uma forma de artigo: Trás-os-Montes;
3.2. nomes em que entram os elementos grão e grã: Grã-Bretanha, Grão-Pará;
3.3. nomes em que se combinam simetricamente formas onomásticas: médico-cirurgião.
4. os gentílicos (nomes que indicam procedência ou naturalidade) dos compostos onomásticos levam hífen: cabo-verdiano.
5. usa-se o hífen sempre que existir, à maneira de ligação, a preposição de nas formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei-de.
6. usa-se, igualmente, para ligar pronomes, séries de pronomes e contracções de pronomes aos verbos de que dependem, se forem incliticamente empregados: louvo-o.
Nas formas do futuro ou do condicional, havendo mesóclise (interposição de pronomes nos verbos): di-lo-ei, fá-lo-ei.
7.O hífen também é usado nos vocábulos formados com prefixos como se afirma na Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, 1945: «Emprega-se o hífen em palavras formadas com prefixos de origem grega ou latina, ou com outros elementos análogos de origem grega (primitivamente adjectivos), quando convém não os aglutinar aos elementos imediatos, por motivo de clareza ou de expressividade gráfica, por ser preciso evitar má leitura, ou por tal ou tal prefixo ser acentuado graficamente.» Assim, usa-se nos vocábulos em cuja formação entram os prefixos:
7.1. Além, aquém, pós, pré, recém - Por possuírem acento gráfico: além-mar; aquém-fronteiras, pós-guerra, pré-helénico;recém-nascido;
7.2. Ante, entre, sobre - Antes de h: ante-histórico; entre-hostil; sobre-humano;
7.3. Anti, arqui, semi - Antes de h, i, r, s: anti-revolução, arqui-secular; semi-inconsciente;
7.4. Auto, contra, extra, infra, neo, proto, pseudo, supra, ultra - Antes de vogal, h, r, s: auto-retrato; contra-almirante, extra-hospital; infra-som; neo-realismo; proto-histórico; pseudo-herança; supra-renal; ultra-rápido;
7.5. Bem -Antes de vogal e h, quando na pronúncia se ouve o ditongo ei: bem-amado;
7.6. Pan, mal - Antes de vogal, h: pan-helénico; mal-humorados;
7.7. Circum - Antes de vogal, h, m, n: circum-navegação;
7.8. Co - Quando tem sentido de a par: co-autor;
7.9. Hiper, inter, super - antes de h, r: hiper-ridículo; inter-hospitalar; super-homem;
7.10. Ex - Quando tem o sentido de estado anterior ou casamento: ex-mulher;
7.11. Pró - Quando significa a favor de: pró-leitura;
7.12. Sem - Quando na sua pronúncia se ouve o ditongo ei: sem-cerimónia;
7.13. Sob, sub - Antes de b, h, r: sob-roda; sub-reino;
7.14. Sota, soto, vice, vizo - Quando o segundo elemento tem vida à parte: sota-almirante; soto-piloto; vice-primeiro-ministro; vizo-rei.

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quinta-feira, setembro 29, 2005

Depois de muito meditar, ponderar, avaliar e analisar, aqui fica a minha prometida opinião sobre a sondagem do DA:
- Chiça!

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Aguardam-se comentários... (oportunamente darei o meu)
Diário de Aveiro, 28/9/2005:
José Eduardo Matos amplia vantagem em Estarreja Depois da vitória tangencial obtida há quatro anos, a coligação PSD/CDS-PP prepara-se para festejar em Estarreja um resultado mais dilatado nas próximas eleições autárquicas, a disputar no dia 9 de Outubro.Um estudo de opinião encomendado pelo Diário de Aveiro ao Gabinete de Estudos de Mercado e Opinião do Instituto Português de Administração de Marketing (GEMEO/IPAM), realizado entre 14 e 16 de Setembro, revela que a lista encabeçada por José Eduardo Matos deverá lograr uma maioria absoluta muito confortável, graças a uma diferença esmagadora nas intenções de voto dos eleitores estarrejenses.Com 17,1 por cento de indecisos (inquiridos que optaram pela resposta «Não Sabe/Não Responde), a sondagem atribui 56,8 por cento de votos ao cabeça-de-lista da coligação, contra os 18,7 por cento alcançados pelo candidato do PS, Teixeira da Silva. António Matos de Almeida, da CDU, atinge os 3,2 por cento.Redistribuídos os indecisos pelos partidos em que votaram nas eleições municipais de 2001, a vantagem da aliança PSD/CDS-PP diminui ligeiramente – José Eduardo Matos obtém 61 por cento e Teixeira da Silva 30 por cento, ao passo que o cabeça-de-lista da CDU chega aos cinco por cento.Nas eleições autárquicas de 2001, José Eduardo Matos – já então número um da candidatura de coligação – tornou-se presidente da Câmara Municipal de Estarreja depois de dois mandatos (1993 e 1997) de poder socialista (a autarquia foi durante esses oito anos presidida por Vladimiro Silva, a primeira escolha do PS para encabeçar a candidatura à Câmara em 2005 mas que, por desentendimentos internos, acabou afastado).Há quatro anos, PSD e CDS-PP obtiveram 47,4 por cento dos votos (quatro representantes no executivo camarário), enquanto que o PS ficou a pouco mais de três pontos percentuais (44,1 por cento, três vereadores). A CDU, com cinco por cento, não conseguiu eleger nenhum representante.Ficha TécnicaEste estudo de opinião foi realizado pelo Gabinete de Estudos de Mercado e Opinião do IPAM sob a direcção técnica do Dr. José Albergaria, e obedeceu aos seguintes procedimentos metodológicos:Universo do Estudo: Indivíduos maiores de 18 anos, residentes no concelho de Estarreja , em lares com telefone.Base de sondagem: Constituída pelos lares correspondentes aos assinantes particulares constantes da lista telefónica do concelho de EstarrejaTécnica de amostragem: Bi-etápica, com selecção aleatória sistemática para a determinação do lar, e neste utilizando o método de quotas ou proporcional (sendo as variáveis de controle o «Sexo» e o «Escalão Etário») para a selecção do respondente.Dimensão da amostra: 500 entrevistasMétodo de inquirição: Entrevista telefónicaRecolha da informação: A recolha da informação decorreu entre os dias 14 e 16 de Setembro de 2005, tendo participado um total de 14 entrevistadores e codificadores.

PS - Este é o post número 500 deste blogue. Nada como um texto demonstrativo da sua real relevância para comemorar...

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terça-feira, setembro 27, 2005

Se eu fosse de...

- Aveiro, votaria Alberto Souto (PS), pelo excelente trabalho desenvolvido até agora;
- Lisboa, votaria em José Sá Fernandes (BE), dada a qualidade das alternativas e para dar uma oportunidade aos treinadores de bancada;
- Do Porto, votaria em Rui Rio (PSD), simplesmente porque quem tem a coragem de enfrentar Pinto da Costa não merece perder (embora Francisco Assis seja também um excelente candidato);
- Gaia, votaria no gajo do PS, por causa de Luís Filipe Menezes;
- Braga, votaria no gajo do PSD, por causa de Mesquita Machado;
- Coimbra, votaria em Carlos Encarnação (PSD), mais por causa das alternativas que por convicção;
- Gondomar, Amarante, Felgueiras ou Oeiras, votaria nos candidatos-arguidos, só para chatear os donos da democracia...

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segunda-feira, setembro 26, 2005

... com os devidos agradecimentos ao Kimikkal pela reprodução não autorizada da imagem, aqui fica uma

Ideia para os dias que ainda faltam até às eleições


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A partir do momento em que José Eduardo de Matos publica no Boletim Municipal um texto de propaganda eleitoral praticamente idêntico ao que consta do seu blogue, o Boletim Municipal passa a ser apenas mais um panfleto de campanha eleitoral dos partidos da coligação...

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sexta-feira, setembro 23, 2005

Este post do José Matos acaba por ser profundamente revelador, pois à medida que os assuntos vão sendo dissecados torna-se mais fácil identificar os mecanismos de raciocínio subjacentes à argumentação oficial do PSD de Estarreja. Mas passemos à análise:
- O primeiro aspecto que salta à vista de quem lê o texto é o raciocínio do tipo "eu consigo o dinheiro, eu uso-o e beneficio da fama (e proveito) associados". Ou seja, para o José Matos as obras devem ser programadas não sob a perspectiva do desenvolvimento concelhio a longo prazo, mas em função da duração dos mandatos autárquicos. Se uma obra não vai terminar no meu mandato, é melhor não a fazer, não vá a oposição ficar com os louros. Ora, basta olhar para os números do investimento autárquico (publicados pelo próprio José Matos) para perceber que a lógica do PS enquanto esteve no poder foi precisamente a contrária e que se tivesse existido o tipo de calculismo inerente ao texto do José Matos certamente que teria sido muito mais fácil investir em rotundas e iluminação de igrejas que em obras de longo prazo, muito mais importantes, mas com uma visibilidade menor;
- Por outro lado, a hora de chegada dos financiamentos não tem a ver necessariamente com o momento em que estes são atribuídos (e com isto cai o argumento das transferências de capital...);
- As referências ao mandato de Maria de Lurdes Breu são legítimas. De facto, a verdadeira comparação entre os três mandatos (dois PS e um PSD/CDS) deveria ser feita tendo em conta apenas os financiamentos conseguidos por cada um deles, obviamente a preços de 2005 (em função dos preços publicados para cada tipo de serviços) e aplicando as respectivas taxas de desconto. A CME, que tem tempo para fazer boletins municipais elaborados (embora quase sempre com os mesmos temas...) dispõe da informação e do pessoal técnico qualificado para o fazer. Seria naturalmente um exercício bastante interessante e com bastante mais utilidade que as fantasiosas apresentações power-point com que todos os anos somos brindados na discussão do orçamento e conta de gerência...
- Não sendo possível o referido na alínea anterior, penso que seria também interessante conhecer a mesma lista de valores referida pelo José Matos depois de se subtrairem os valores correspondentes a obras como o cinema, a biblioteca, a praça do município, o quartel dos bombeiros, a unidade de saúde de Salreu ou o saneamento municipal, para já não falar na unidade de saúde de Pardilhó (contratada com o governo no tempo do PS) ou os valores que passam pelas contas da CME a caminho dos cofres da Simria (neste momento, como por várias vezes o Eng. Esmeraldo alertou na AM, a CME actua na prática como cobradora da Simria);
- A questão das despesas correntes é também interessante: que tal uma comparação dos valores executados ao longo dos anos?
O José Matos escolheu mal o tema para atacar o PS, porque foi tocar precisamente na área em que os partidos da coligação menos têm para dizer (a não ser, talvez, "obrigado").
Há uma cena num dos filmes do Rambo que lembra um pouco esta atitude do José Matos (e da própria coligação): Sylvester Stallone e um amigo estão sozinhos contra um exército de centenas de homens armados até aos dentes. Quando o amigo em pânico pergunta a John Rambo o que é que eles hão-de fazer, um irónico e auto-confiante Rambo responde da melhor forma: "vamos cercá-los!".
Foi mais ou menos isto que a coligação tentou fazer... cercados por todos os lados de obras financiadas à custa do trabalho de outros e tendo apenas por companhia as rotundas, as igrejas iluminadas e o porco no espeto, os homens do PSD/CDS tentaram o impensável: atacar o PS à custa de uma suposta dúvida entre quem fez mais pelo concelho.
Não havendo Rambos pelo meio, sucedeu o óbvio...

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quinta-feira, setembro 22, 2005

Com alguns dias de atraso, cá fica...

Ticha!!!!



PS - para quem não sabe, a cara sorridente do canto inferior direito pertence à melhor basquetebolista portuguesa da história, que se fosse homem (e jogasse o que joga) certamente seria titular da selecção masculina.
Ticha Penicheiro é o nome da base das Sacramento Monarchs, que esta semana venceram a WNBA. O que mais impressiona nesta jovem figueirense que emigrou há cerca de 10 anos para os EUA é o estilo de jogo à Magic Johnson, que no mundo do basquetebol de hoje talvez só tenha paralelo em Jason Kidd.
Há alguns anos Ticha recusou naturalizar-se americana (queriam que ela representasse a selecção dos EUA) em nome de uma história pessoal e um nacionalismo que hoje parecem inglórios... quantos sabem quem ela é?

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Mais uma colaboração de um leitor...

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Desonestidade intelectual

Não há outra forma de descrever este post do José Matos.
Todos sabem que de facto se gastou mais dinheiro em Estarreja nos últimos quatro anos do que nos anteriores. Isso é inquestionável e nunca ninguém o pôs em causa. E ao contrário do que o argumentário do PSD tenta fazer passar, a oposição nunca afirmou o contrário: o PSD criou um argumento que a oposição não utiliza e defende-se dele, tentando projectar uma imagem de partido sério que se bate contra os que tentam enganar o povo.
O que a oposição diz e sempre disse é que se há dinheiro para gastar é porque alguém o conseguiu. E esse alguém não foi o Dr. José Eduardo de Matos, que se limitou a gerir (mal e lentamente) os fundos conquistados no tempo do PS, para já não falar nas oportunidades perdidas: o anterior Presidente da Câmara de Estarreja, em Fevereiro de 2002, disse em plena Assembleia Municipal extraordinária que tinha garantias do financiamento do Parque Industrial e que estaria disposto a colaborar com o novo executivo, explicando o que se deveria fazer. José Eduardo de Matos recusou orgulhosamente. E esse orgulho custou mais de 1 milhão de contos a Estarreja.
O que o José Matos deveria comparar era a o valor do investimento conseguido pelo PS com o investimento conseguido pelo PSD/CDS, para já não falar no investimento perdido pelos partidos da coligação.
O investimento do concelho de Estarreja pode ser comparado com um carro que circulava a alta velocidade e cada vez mais depressa, que em 16 de Dezembro de 2001 foi obrigado a travar a fundo. E tal como para qualquer carro que circule nessas condições, em que a distância de travagem necessária para que o carro se imobilize completamente é considerável, o investimento em Estarreja ainda aguentou 4 anos e vai durar ainda mais 1 ou 2.
A questão que todos colocam é o que é que vai acontecer ao concelho quando o cinema, a biblioteca, a praça do município, etc. estiverem finalmente concluídos... nesse caso (se JEM continuar), restarão as rotundas, os portões, as bateiras e o porco no espeto.
Porque a avaliar pelo que se passou até agora não haverá dinheiro nem dinâmica para mais nada.

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quarta-feira, setembro 21, 2005

Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço...

Do site da Câmara Municipal de Estarreja:

É proibido despejar lixo ou entulho em locais públicos ou privados. A infracção é punível com coima prevista no Regulamento Municipal sobre Recolha e Remoção de Resíduos.Foram despejadas grandes quantidades de lixo em Santo Amaro, num caminho florestal do Lugar do Castro, Freguesia de Beduído. A Câmara Municipal procedeu à recolha dos resíduos e à limpeza do local. Os resíduos em causa, entulhos de construção e restos de podas de jardim, não revelaram indícios dos autores do atentado. Dentro dos meios de que dispõe, a Câmara Municipal procura combater o depósito ilegal de lixo, detectando as lixeiras clandestinas, através da acção da Fiscalização Municipal, e procurando responsabilizar os prevaricadores, com base na legislação municipal em vigor. Para além de serem fonte de poluição do solo, do ar e dos lençóis subterrâneos de água, as lixeiras podem produzir explosões e fogos espontâneos. O Munícipe também tem um papel fundamental no combate à proliferação de lixeiras. Caso se aperceba de alguma deposição indevida de resíduos, por favor contacte a Fiscalização Municipal ou a GNR de Estarreja e forneça os dados possíveis, como por exemplo, a matrícula do veículo ou outros elementos que considere pertinentes.De acordo com o Regulamento Municipal de Recolha e Remoção de Resíduos, nas ruas, estradas, praças, largos, jardins e demais lugares públicos do Concelho, bem como em logradouros de condomínios, é proibido: lançar, depositar ou queimar objectos, materiais ou substâncias que prejudiquem o asseio ou saúde pública, ou poluam o ambiente dos referidos locais e respectivos terrenos confinantes. A deposição de entulhos e resíduos industriais nas vias e lugares públicos e a deposição dos entulhos, detritos, desperdícios, e quaisquer outros materiais ou substâncias em terrenos públicos ou privados, serão puníveis com coima.A fiscalização compete à Guarda Nacional Republicana e à Fiscalização Municipal. A aplicação das coimas é da competência da Câmara Municipal.

O texto teve direito a imagens e tudo...





Alguém sabe o que é que a mesma Câmara que publicou este texto na internet e actuou em Santo Amaro do modo como as imagens o documentam fez no caso dos lixos despejados na Zona de Protecção da Ria de Aveiro, denunciado pelo Voz Regionalista e discutido na Assembleia Municipal?

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Ainda do DN, mas da edição de hoje...

A anunciada diminuição dos preços dos medicamentos também é posta em causa pela CGTP-IN, que considera que poderá constituir "um logro". Em comunicado, a confederação expressa o seu "desacordo" com a medida, em vigor desde a semana passada, e avisa que esta "poderá fazer estancar a evolução favorável dos medicamentos genéricos".

Correia de Campos bem pode tentar vender um peixe que não existe. A questão é que há quem não ande a dormir...

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Ah, blogue de raça!

O Diário de Notícias fez ontem manchete com uma notícia que o Estarreja Efervescente já tinha dado há 5 dias!!!

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segunda-feira, setembro 19, 2005

O blogue de José Eduardo de Matos tem esta pérola:

- INVESTIMENTOS: Realizamos, só neste mandato, mais obras que nos dois anteriores. Este foi o período mais concretizador da história do nosso Município .*

Seria igualmente interessante saber que percentagem destas obras é que é da autoria de JEM e sobretudo quem é que conseguiu os financiamentos para tudo o que se fez.
A verdade é que todos sabem que o anterior executivo deixou obra feita e em andamento para mais que quatro anos de mandato de José Eduardo de Matos.
É absolutamente imoral a forma como o actual Presidente da Câmara de Estarreja usurpa a autoria da esmagadora maioria dos projectos que inaugura!

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Os efeitos secundários do Estarreja Efervescente

Tenho sido confrontado nos últimos dias com algumas queixas em relação a coisas que se escreveram ou apareceram escritas neste blogue.
Entre os queixosos há pessoas de todos os quadrantes políticos, cuja identidade não vou obviamente revelar.
As situações que originaram os reparos foram as seguintes:
- Alguns textos da minha autoria, cuja interpretação, embora legítima, levou o significado dos mesmos para longe da intenção com que eu os escrevi. Reconheço razão às queixas, embora tenha explicado pessoalmente aos envolvidos qual era a minha intenção ao escrevê-los. Nos blogues é frequente existirem textos que saem directamente da ponta dos dedos para a internet, escritos apressadamente nos pequenos (e poucos) intervalos de tempo disponíveis. Ou seja, a maioria dos textos não tem grande qualidade e não são analisados defensivamente e com cuidado (como acontece com os artigos de jornal ou as intervenções na AM, por exemplo). Embora sejam inevitáveis os danos colaterais (para os quais estarei mais atento a partir de agora, especialmente em relação aos envolvidos), continuo a pensar que a existência de discussão é preferível à sua ausência;
- As bocas anónimas que por vezes fazem com que a secção de comentários deste blogue mais pareça uma escarradeira que um espaço de discussão construtiva. Já por diversas vezes tive que eliminar comentários (os mais ofensivos e as bocas sobre "assuntos de alcofa") e bloquear IPs, embora este seja um acto apenas eficaz em relação ao comentário em causa e sem qualquer efeito preventivo do aparecimento de novas bocas. Em várias ocasiões optei por não eliminar alguns comentários que na minha opinião também mereciam ser excluídos deste blogue, pois penso que essa nem sempre é a melhor solução: por um lado, porque a eliminação de comentários parece um acto de censura ou ocultação deliberada de alguma verdade incómoda, o que não era claramente o caso. Por outro lado, porque uma boa resposta a uma boca reles vale mais que qualquer eliminação de comentários e muitas vezes até acaba por ser mais benéfica para o alvo do ataque. Penso que as pessoas envolvidas perceberam e até concordaram comigo neste caso;
- Ligações para outros textos ou cópias de frases escritas por outros que contêm frases ofensivas para algumas pessoas - o facto de eu promover a sua leitura e divulgação poderia ser interpretado como um apoio implícito ao que lá está escrito. Esta é outra crítica que eu considero válida e peço desculpa aos envolvidos na situação. No entanto, ela surge pelas mesmas contingências de tempo referidas na primeira alínea e porque o conteúdo central dos textos em causa não são as referências menos correctas, mas sim outros assuntos que considerei relevantes. Sinceramente, só depois de ter recebido estas críticas é que reparei em certos pormenores de alguns textos. Se o tivesse notado antes, obviamente não os teria divulgado da mesma forma.

Embora este post esteja codificado e apenas um número restrito de pessoas o compreenda na sua plenitude, penso que o que importa salientar é que a existência de blogues locais com comentários é positiva.
Comentários, maneiras de pensar, bocas e críticas que antes circulavam apenas pelas mesas dos cafés passaram a estar expostos e ao alcance do conhecimento dos visados.
Neste contexto, a relevância de blogues como o Estarreja Efervescente ou o Estarreja Light vai muito para além da simples influência directa dos textos que por lá se escrevem: os blogues locais são o espelho do que se sente na sociedade e é por isso que são tão importantes para os políticos locais.
Aliás, penso que tem sido perceptível a forma como alguns sectores políticos de Estarreja têm utilizado a seu favor os blogues que os criticam. No entanto, não posso fazer nada quanto a isso...

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A Lata


Gerhard Schroeder perdeu as eleições. Por pouco, mas perdeu. O facto dos partidos à esquerda do SPD terem mais votos que os partidos à direita da CDU em nada se deve ao mérito de Schroeder. Aliás, antes pelo contrário: foram os erros da sua governação que o fizeram perder esses votos. É absolutamente imoral que o candidato menos votado utilize os votos dos eleitores de esquerda (que numas eleições bipolarizadas fizeram questão de, mesmo assim, não votar SPD) para se manter no poder, nestas condições. No entanto, o chanceler já percebeu que vai continuar a sê-lo: a lata e a alegre desfaçatez com que ontem festejou a vitória foram claramente contrastantes com a tristeza que se percebia na expressão de Merkel (que tinha acabado de vencer as eleições...). Afinal não é só em Portugal que há políticos assim...
George W. Bush foi arrasado pela crítica europeia por ter sido eleito presidente num contexto muito menos grave que este (embora tivesse tido menos votos que Al Gore, foi a arquitectura do próprio sistema americano que elegeu Bush, que não precisou de se aliar a ninguém para ter um maior número de "grandes eleitores"). O que se dirá agora quando, daqui a alguns dias, Schroeder assumir o poder?

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domingo, setembro 18, 2005

A Última Assembleia Municipal

Começou ontem de manhã a última AM. Continua na segunda-feira, embora seja provável que os pontos agendados em discussão a façam terminar apenas ao terceiro dia.
O tom de despedida fez com que a reunião fosse pacífica, embora fosse evidente um certo ar de desilusão em alguns dos discursos. No entanto, penso que não há razões para isso. Como disseram (e muito bem) José Artur Pinho e Carlos Tavares, por um lado "a vida é muito mais do que isto" (JAP) e por outro o trabalho produzido nesta legislatura foi "bastante válido" e a discussão "saudável" (CT, não exactamente por estas palavras).
Ao contrário do que outros também disseram, não acho que a existência de discussões prolongadas que não levam a lado nenhum deva ser motivo de desistência. Afinal, todos os deputados foram eleitos para discutir e analisar os temas e a seca que acabamos por apanhar em algumas situações deve ser vista como o preço a pagar para se ter a garantia de que os temas mais importantes sejam também eles alvo de profunda reflexão e troca de ideias. A AM não é um órgão executivo e o seu papel é essencialmente o de reflectir sobre as ideias de quem dirige a Câmara, apresentando soluções e sobretudo a versão dos cidadãos sobre os acontecimentos em análise. Neste sentido, embora seja óbvia a necessidade de estimular o lado prático das questões, penso que se atingiu um equilíbrio aceitável durante o último mandato.
Nesta última sessão fiz a intervenção que abaixo se reproduz (em letras azuis), à qual José Eduardo de Matos deu uma resposta muito boa (não estou a ser irónico): reagindo com bom humor e reduzindo-me a uma condição algures entre "teórico da batata" e "treinador de bancada" (o que é verdade, pois o que se faz nos blogues, jornais, rádios e televisões é exactamente isso...), JEM conseguiu ultrapassar uma questão em que obviamente partia em desvantagem (pois a razão está claramente do lado dos críticos), despolarizando o problema em análise (centrando a sua resposta na necessidade de resolver os grandes problemas práticos do concelho) e relevando os aspectos menores (os portões são naturalmente um aspecto menor, quando comparados com os problemas de trânsito que existiam naquela zona). Sinceramente, gostei. A resposta apenas teve duas falhas: por um lado JEM passou ao lado da incómoda questão dos erros ortográficos e por outro a revelação de que está em preparação a repetição do "modelo portão" para a entrada norte do concelho de Estarreja (pelo que percebi, há mais portões como os actuais e mais rotundas com problemas de falta de conteúdo)...!
Cá fica o texto da minha intervenção:
O primeiro dos assuntos que me fizeram vir aqui falar hoje é o caso da nova rotunda do hospital. Trata-se de uma obra cuja construção é consensual, que naturalmente agrada a todos e que veio trazer inegáveis benefícios a todos quantos se têm que deslocar ao Hospital Visconde de Salreu. O actual executivo camarário tem obviamente que ser saudado pela sua construção.
No entanto, e como pelos vistos com a equipa autárquica que actualmente comanda os destinos do nosso concelho não parece haver bela sem senão, a esta obra de grande utilidade para o município foi acrescentado um horrível e desnecessário apêndice que quase ofusca o mérito da empreitada em questão.
Estou obviamente a falar da deslocalização dos velhos portões do hospital para cima de um dos passeios que ladeia a rotunda e da inenarrável placa que alguém se lembrou de colocar ao lado dos mesmos.
Costuma-se dizer que “gostos não se discutem”, mas sinceramente eu não concordo. Aliás, penso precisamente o contrário: se há coisas que se discutem, são precisamente os gostos, sobretudo quando se fala de bens comuns e situações tão simbólicas como uma das principais entradas rodoviárias na sede do concelho.
Embora o Dr. José Eduardo de Matos tenha sido eleito Presidente da Câmara em Dezembro de 2001 e por isso o seu gosto tenha legitimidade política para prevalecer sobre o gosto dos outros, a verdade é que no mesmo dia eu também fui eleito deputado municipal e como tal tenho a obrigação de manifestar publicamente os meus gostos, ou desgostos, como é aliás o caso.
O argumento de que os portões são antigos, bonitos e foram recuperados pode até ser aceitável, mas não justifica a criação forçada de um monumento num local onde este nunca existiu.
Se se considerar que os ditos portões são merecedores de cuidados e atenção especiais e a sua permanência no local de origem for, por alguma razão, considerada impossível, dever-se-ia pensar em soluções alternativas para a sua nova localização, tendo em conta a história e utilização do equipamento em causa e não em inventar novas funções e utilidades para o mesmo.
Os portões do hospital sempre guardaram a entrada do hospital. Foi para isso que foram construídos e foi isso que fizeram até à chegada do Dr. José Eduardo de Matos. Nunca serviram de portas da cidade ou fizeram parte de alguma antiga muralha, como agora se quer fazer parecer. A história não pode, nem deve ser reescrita. Se a cidade de Estarreja nunca teve portas ou muros, não deve passar a tê-los agora e sobretudo não deve ter simulações de monumentos que nunca existiram.
É por isto que é profundamente ridícula e de um mau gosto atroz a transferência dos antigos portões do hospital para o local onde actualmente se encontram.
A segunda parte do problema tem a ver com a placa colocada ao lado dos portões. A mensagem começa por ser confrangedora: uma cidade que se preze não precisa de se gabar do seu novo estatuto aos visitantes. Quem entra numa cidade com classe não tem a mínima dúvida do tipo de local em que está. Estarreja é cidade não porque tem uma placa que o afirma, mas porque tem qualidades e níveis de desenvolvimento compatíveis com os de uma cidade. E essas características sentem-se sem ser preciso que alguém as recorde.
Por outro lado, a placa refere o ano de 2005 sem que se perceba muito bem porquê: a Câmara Municipal aprovou a elevação de Estarreja a cidade em 2001 e a Assembleia Municipal de Estarreja e a Assembleia da República fizeram o mesmo em 2004. Porquê a referência a 2005?
Obviamente que o maior problema de toda esta questão é o desastroso conteúdo ortográfico da tal placa. Inicialmente, em seis palavras existiam dois erros ortográficos. Ao fim de algumas semanas alguém se lembrou de corrigir apenas um dos erros, ficando o outro à vista de todos quantos passavam naquele local até hoje. Nem mesmo os preparativos para a insólita inauguração da rotunda serviram de pretexto para que se emendassem as gralhas da placa.
Ora, tudo isto é grave. Não só pela triste imagem que se passa do concelho e pelo mau exemplo para as crianças em idade escolar, mas sobretudo pelas falhas operacionais que a falta de hífenes e acentos deixa perceber.
É evidente que o Presidente da Câmara de Estarreja não é analfabeto e que nos serviços camarários há pessoas que sabem escrever muitíssimo bem. Obviamente que não é isso que está em causa. A verdade é que este não é um erro isolado: todos vimos o que se passou com a proposta de elevação de Estarreja a cidade e Salreu e Pardilhó a vilas e mesmo os documentos que nos foram enviados para preparação desta assembleia estão repletos de gralhas e erros ortográficos, aliás à semelhança do que vem sendo habitual. Há um evidente e sistemático problema de desleixo, laxismo, deixa-andar, com uma notória falta de capacidade de liderança do Presidente da Câmara, que pelos vistos não tem sequer coragem para se impor ao grupo de pedreiros que fizeram as inscrições na dita placa e exigir-lhes que corrijam o erro.
Se no caso da placa este tipo de falta de afirmação política do Presidente da Câmara apenas tem consequências mais ou menos intangíveis ao nível da imagem do município, a verdade é que se o atabalhoamento com que tudo se parece fazer for generalizado às restantes actividades camarárias, então temos um problema grave.
Ou seja, o problema aqui não é apenas o mau gosto (que poderá ser discutível) ou um erro acidental eventualmente da autoria de trabalhadores menos qualificados.
A grande questão é que este erro é a face visível de um problema muito mais profundo e que tem a ver com uma forma pouco rigorosa e afirmativa de exercer a gestão autárquica. E, não menosprezando as restantes questões, este é que é o motivo pelo qual todos nos devemos preocupar.
Para concluir, e porque é possível que esta seja a última sessão da Assembleia Municipal deste mandato, gostaria de me despedir dizendo que esta foi uma experiência absolutamente fantástica sob o ponto de vista pessoal.
Conheci pessoas inteligentíssimas em todas as bancadas e aprendi muito com todos os que participaram nestas Assembleias.
Apesar de todas as discordâncias e discussões, penso que o trabalho feito pela Assembleia neste mandato foi globalmente positivo e que todos contribuímos de alguma forma para o progresso do nosso concelho.
Despeço-me com uma saudação muito especial à mesa e aos três elementos que a compõem, cujo trabalho foi especialmente meritório e bastante árduo em vários momentos.
Obrigado a todos.

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quinta-feira, setembro 15, 2005

No Bom Caminho

O slogan com que José Eduardo de Matos decidiu abordar esta campanha eleitoral foi particularmente mal escolhido, quer por razões gerais (válidas para qualquer candidato), quer por motivos óbvios relacionados com o contexto específico da sua candidatura.
De um modo geral, a expressão "no bom caminho" utiliza-se como desculpa nas situações em que alguém ainda não conseguiu atingir um determinado objectivo, mas mesmo assim está optimista. "No bom caminho", "desta vez é que vai ser", "este ano é que é", etc. embora sejam expressões formalmente positivas, encerram algum grau de melancolia de quem sabe que está a passar uma imagem mais agradável que a que realmente sente (os sportinguistas sabem de que é que eu estou a falar...). "No bom caminho" é uma expressão que nenhum político deveria usar, pois acaba por transmitir um sentimento de impotência perante a dureza da realidade. E quando os vendedores oficiais de sonhos se apresentam com este grau de desilusão antecipada...
Por outro lado, no caso específico da candidatura de José Eduardo de Matos, "no bom caminho" é uma expressão quase insólita por várias razões:
- Porque uma das mais importantes decisões de JEM enquanto Presidente da CME foi o abandono do Plano Estratégico para o desenvolvimento do concelho (que ele próprio havia votado favoravelmente enquanto vereador da oposição...), para o substituir por nada;
- Porque JEM passou três anos e meio a inaugurar e terminar algumas (não todas...) das obras que herdou do executivo anterior e portanto terá, quando muito, seguido o caminho que alguém lhe deixou quase totalmente percorrido;
- Porque o tom professoral da expressão "no bom caminho" é totalmente diferente da realidade prática da vida do Presidente da Câmara José Eduardo de Matos, que a todos cedeu e apenas se tentou (sem sucesso) impor aos mais fracos (como no "caso Mariazinha").

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Desinformação

Todos os noticiários televisivos e radiofónicos começaram o dia a anunciar que:
- A partir de hoje o preço dos medicamentos baixa 6%;
- Há um período até ao fim de Outubro durante o qual se fará o escoamento das embalagens ainda marcadas ao preço antigo.
No entanto, a verdade é que:
- Desde o passado dia 10 de Setembro, os medicamentos genéricos são comparticipados em menos 10%, pelo que a parte directamente paga pelos utentes aumentou na mesma proporção;
- Foram revistos os escalões de comparticipação dos medicamentos. No caso concreto do regime geral do SNS, a parte paga directamente pelos utentes aumentou e vários medicamentos que eram gratuitos deixaram de o ser;
- O prazo de escoamento atrás referido é apenas aplicável aos armazenistas e não às farmácias. Estas podem vender os medicamentos ao preço antigo até ao fim do prazo de validade destes (alguns medicamentos poderão ser vendidos ao preço antigo até 2010). Esta situação poderia ter sido ultrapassada se o estado obrigasse a indústria farmacêutica a remarcar as embalagens, concedendo os respectivos créditos (à semelhança do que chegou a acontecer no tempo do governo anterior);
- Se a diminuição de 6% também incidir nos preços de referência, alguns dos medicamentos marcados ao preço antigo poderão custar mais 16% para os utentes;
- A partir de agora há medicamentos de marca mais baratos que alguns genéricos correspondentes;
- A introdução desta medida (desta forma) acaba (durante alguns meses, pelo menos) com a noção de que todos os medicamentos têm o mesmo preço, no litoral ou no interior, na cidade ou no campo. Obviamente que as farmácias dos grandes centros urbanos, com maior rotatividade de stocks, serão as primeiras a escoar os produtos ao preço antigo (que irão continuar a ser distribuídos até 31/10);
- Nem com Santana Lopes se viu tanta falta de preparação e alterações de última hora nas leis anunciadas...

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Ainda não está pronto, mas como o endereço já consta dos cartazes, cá fica:

www.nobomcaminho.blogspot.com

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quarta-feira, setembro 14, 2005

Já chegou:

www.ps-estarreja.com

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terça-feira, setembro 13, 2005

O Estarreja Efervescente fez dois anos no passado dia 11 de Setembro. Mais do que o que aqui se tem escrito, penso que o principal contributo deste blogue é mesmo o incendiar da discussão política e o despertar da sociedade para alguns dos temas debatidos. Apesar dos episódios menos felizes, o saldo é largamente positivo e penso que se pode afirmar que, depois do aparecimento dos blogues locais, o exercício do poder autárquico não voltará a ser o mesmo. Qualquer que seja o Presidente da Câmara eleito no próximo dia 9/10, a visibilidade do exercício do seu cargo será certamente muito maior que existente antes de 2003. Cá tentarei estar para dar o meu contributo.
Aqui ficam algumas estatísticas que também vão fazendo a história deste site:
- 31.868 visitas registadas (o contador esteve desligado durante cerca de 2 meses);
- 60.370 pageviews;
- Máximo de 157 visitas num só dia;
- Mínimo de 0 visitas num dia;
- Média actual de 88 visitas e 154 pageviews por dia.

Obrigado a todos!

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sexta-feira, setembro 09, 2005

O Inaugurador

Depois de se ter tornado conhecido por ter inaugurado a abertura de uma torneira em Fermelã, a construção de uma estrada que nunca irá ser construída (o IC1 a poente), múltiplas obras que não são da sua autoria (embora tenham ficado com placas com o seu nome...), José Eduardo de Matos prepara-se para finalmente começar a cortar-fitas também a realizações suas.
No entanto, a proximidade das eleições associada à falta de hipóteses alternativas de inauguração obrigou o ainda Presidente da Câmara de Estarreja a cair no ridículo de inaugurar uma rotunda (!!!!!), que ainda por cima já está a ser usada há alguns meses.
Se em municípios como São João da Madeira ou Viseu se adoptasse o mesmo critério na definição dos actos inaugurativos, certamente que o negócio da venda de tesouras e fitas de cetim estaria de vento em popa...
Façamos um pequeno exercício de aritmética: se José Eduardo de Matos fosse Presidente da Câmara de São João da Madeira e decidisse inaugurar as 115 rotundas (este número é real, embora algumas fontes refiram valores mais elevados) existentes na cidade...
- Aos 365 dias do ano descontar-se-iam 104 dias correspondentes a sábados e domingos, 25 dias úteis de férias do Presidente da Câmara e 15 dias de feriados, o que perfaz um total de 221 dias disponíveis para actos inaugurativos;
- Se admitirmos que cada inauguração precisa de um dia para ser realizada e outro para a sua preparação (envio de convites, distribuição de fotocópias dos convites nos cafés do concelho, convocação da imprensa local, presença de um membro do governo, etc.), seriam necessários 230 dias dias úteis para se inaugurarem as 115 rotundas.
Ou seja, aplicando os critérios de José Eduardo de Matos, a Câmara de São João da Madeira teria que, durante um ano, dedicar todos os dias da sua actividade à inauguração de rotundas e mesmo assim não seria possível inaugurar todas!

É profundamente ridículo que se inaugure uma rotunda.
É ainda mais absurdo que esse acto seja feito a menos de um mês das eleições autárquicas.
José Eduardo de Matos prepara-se para assumir publicamente a autoria do projecto da rotunda do hospital, que para além de ser a sua obra de regime, é também um símbolo de tudo o que se passou nos três anos e meio anteriores: uma obra mal dimensionada, com cortes de árvores excessivos, com um mau gosto levado ao extremo com a deslocação dos portões do hospital para cima de um dos passeios que rodeia a rotunda e com uma demonstração pública de mediocridade traduzida pela colocação de uma placa com erros ortográficos e reivindicações saloias à vista de todos.
A rotunda do hospital acaba por ser um resumo em betão da (des)governação de José Eduardo de Matos. Pessoalmente não sinto qualquer satisfação pela exposição pública da falta de classe com que se fazem as coisas em Estarreja. Aliás, acho que todos sentimos uma pontinha de vergonha quando por lá passamos, sobretudo quando vamos acompanhados por pessoas de fora do concelho. Mesmo que a culpa seja só de José Eduardo de Matos.

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quinta-feira, setembro 08, 2005

Apostando na simpatia salreense do "atento", aqui fica a reprodução não autorizada de uma das suas fotos, para ilustrar a obra que José Eduardo de Matos se prepara para inaugurar no próximo dia 10 de Setembro.
Trata-se de uma inauguração muito mais ambiciosa que as anteriores, pois desta vez foram postos a circular nos cafés do concelho fotocópias dos convites que a CME normal e gentilmente envia para quase todos os deputados e vereadores municipais (apenas com algumas ausências selectivas em casos como o da inauguração do quartel dos bombeiros ou do projecto Erase...).
O erro ortográfico na palavra bem-vindo (aliás, "bem vindo") continuava a ferir o olhar de todos quantos passavam pela rotunda pelo menos até às 15 horas de hoje.
Os portões continuavam a estar seguros por um magnífico cordel, de modo a impedir que o vento os abrisse.
Deixo aqui o repto aos candidatos autárquicos: porque não assumir claramente que, caso ganhem as eleições, os portões serão imediatamente retirados daquele local?

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Novos blogues

A informação tem chegado em catadupa e são vários os blogues estarrejenses que descobri recentemente:
- O atento, um salreense cuja identidade desconheço, revela-se uma das personalidades mais misteriosas da blogosfera local ao apresentar-se com três blogues: o Piar da Vila de Salreu, em que exerce a sua cidadania chamando a atenção dos autarcas para problemas concretos, o Calhamaço dos Embustes, em que se faz uma atrofiante desconstrução da Bíblia e o A Santa Kika, em que se promove a criação de uma nova religião através da deificação de Kika, uma "self-made cadela";
- Também com raízes em Salreu, embora emitido a partir de Vila Nova de Gaia, deu-se a conhecer o ipotenusa, da ACP, um blogue extremamente interessante em que a sua autora discorre (e bem) sobre tudo o que lhe vem à cabeça;
- Alberto Figueiredo, autor do Passamania, lançou recentemente o Fotopassamana, um projecto paralelo dedicado à fotografia;
- O Eyes Without a Face é produzido a partir de Avanca pela Amélie, já existe há algum tempo e só por lapso não tinha ainda sido referido e linkado.

Entretanto, aguarda-se com alguma expectativa a chegada dos anunciados blogues de campanha dos candidatos às próximas eleições autárquicas em Estarreja.

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quarta-feira, setembro 07, 2005

Há comentários que são demasiado irresistíveis para não serem trazidos para a primeira página deste blogue:

Já estou a ver o texto inicial do blog da coligação:
BEM VINDO A BLOG DE COLIGAÇÃO 2005
E a primeira fotografia do blog? Claro, isso mesmo! A cara do Presidente por cima de uma linda BATEIRA que flutua numas lindas pedras azuis (uma coisa tão parecida com água que até faz comichão...!)
Zandinga 09.07.05 - 1:41 pm #

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terça-feira, setembro 06, 2005

se o teu namorado é muito envergonhado e não te abraça, que é demais,
toma lá cuidado,
porque o teu amado pode ser dos tais...
se ele tem conversa pródiga e diversa
mas trabalho é que não quer, manda-o já embora,
que isto, quem namora está sempre a aprender...
(refrão) (ai, ai)
são trocas e baldrocas, altas engenhocas que eles sabem inventar!
são palavras ocas, faz orelhas mocas, não te deixes enganar! (bis)
mas se o teu querido for muito atrevido, não te fies põe-te a pau!
vê se ele é fiel, se sabe o seu papel ou se arma em carapau...
mesmo que ele diga que muito te liga,
minha amiga, vai por mim é tudo cantiga!
sabes, rapariga, os homens são assim...

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Alberto Souto, Presidente da Câmara de Aveiro tem um blogue. Será que José Eduardo de Matos e António Teixeira da Silva se atrevem a fazer o mesmo?
Penso que neste momento o único site de campanha das autárquicas no concelho de Estarreja é o de Manuel Almeida, candidato PS à Junta de Freguesia de Salreu. Se eu estiver enganado, por favor enviem-me os links.

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Aviso à navegação

Já foi colocado o acento grave no "A" do letreiro junto à aberração estética que José Eduardo de Matos colocou à entrada de Estarreja. Ou seja, os serviços da CME identificaram a presença de incorrecções ortográficas na (mal)dita placa e, em vez de corrigirem os dois erros existentes, limitaram-se a emendar um deles. Qual terá sido o critério para que o acento grave do "A" tenha sido preferido ao hífen da palavra "BEM VINDO"(sic) ? Até a quantidade de metal necessário para corrigir o erro era a mesma!!!
Por outro lado, passa a ser legítima a desconfiança de que as pessoas que lideram a CME não sabem escrever "bem-vindos" (pois caso soubessem, o erro teria sido corrigido no mesmo momento em que se acrescentou o acento grave ao "A").
Caso seja verdade a tese da ignorância ortográfica de José Eduardo de Matos e companhia, cá fica o contributo do Estarreja Efervescente (importado do Ciberdúvidas por uma questão de legitimação técnica):
"Escreve-se bem-vindo, porque é uma palavra formada por duas palavras justapostas. Como não se aglutinaram, têm de ficar ligadas por hífen. A primeira é o advérbio bem, e a segunda é o adjectivo verbal vindo do verbo vir. Por não se terem aglutinado, cada uma delas conserva o seu acento tónico."

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sábado, setembro 03, 2005

Quando escrevo um texto neste blogue, um dos meus objectivos (nem sempre conseguido, eu sei) é evitar escrever o óbvio. Pela simples razão de que isto é um blogue e não o telejornal da TVI e ainda porque não me sinto com vocação para o estilo professoral de Marcelo Rebelo de Sousa a explicar (à maneira dele...) a política ao povinho. Postas as cartas em cima da mesa, serve o presente preâmbulo para justificar o detalhe desnecessário do texto que se segue:
Meu caro José Matos: os nomes que constituem as listas candidatas às próximas autárquicas não são meros pormenores desnecessários e sem qualquer importância no futuro de Estarreja. Aliás, antes pelo contrário: saber que no PSD se está a assistir a uma debandada geral de pessoas de reconhecido mérito e que algumas das principais figuras do partido foram compulsiva ou voluntariamente afastadas das listas é motivo de preocupação para qualquer um, independentemente do resultado das próximas eleições. Os sinais de desgaste e talvez até afastamento de vozes críticas são bem o espelho da desorientação e embriaguez de poder de José Eduardo de Matos, que ao fim de 3 anos e meio de governação está com a vitalidade e energia de quem parece ocupar o cargo há mais de 30 anos. Por outro lado, são os eleitos nas várias listas que vão representar o concelho nas reuniões de vereação e da Assembleia Municipal e está nas mãos de todos esses deputados o papel de tampão (no sentido químico da palavra) a eventuais erros ou excessos da Câmara Municipal, como já aconteceu por diversas vezes no passado.
Quanto à falta de listas independentes, sinceramente não concordo contigo: as listas do PS e PSD estão recheadas de pessoas sem filiação partidária e isso não faz delas menos independentes. Até porque mesmo os independentes estarão certamente dependentes da lista de que fazem parte...
Penso que nesta fase de pré-campanha eleitoral autárquica o que interessa analisar é a forma como decorreu o mandato até aqui: como se portou a oposição, porque falhou José Eduardo de Matos, porque sairam Carlos Tavares, José Cláudio Vital, Armando Correia ou José Fernando Correia, etc. Essas são as questões do momento. A análise das propostas fica para quando se divulgarem os programas eleitorais dos candidatos.

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