sexta-feira, setembro 09, 2005
O Inaugurador
Depois de se ter tornado conhecido por ter inaugurado a abertura de uma torneira em Fermelã, a construção de uma estrada que nunca irá ser construída (o IC1 a poente), múltiplas obras que não são da sua autoria (embora tenham ficado com placas com o seu nome...), José Eduardo de Matos prepara-se para finalmente começar a cortar-fitas também a realizações suas.
No entanto, a proximidade das eleições associada à falta de hipóteses alternativas de inauguração obrigou o ainda Presidente da Câmara de Estarreja a cair no ridículo de inaugurar uma rotunda (!!!!!), que ainda por cima já está a ser usada há alguns meses.
Se em municípios como São João da Madeira ou Viseu se adoptasse o mesmo critério na definição dos actos inaugurativos, certamente que o negócio da venda de tesouras e fitas de cetim estaria de vento em popa...
Façamos um pequeno exercício de aritmética: se José Eduardo de Matos fosse Presidente da Câmara de São João da Madeira e decidisse inaugurar as 115 rotundas (este número é real, embora algumas fontes refiram valores mais elevados) existentes na cidade...
- Aos 365 dias do ano descontar-se-iam 104 dias correspondentes a sábados e domingos, 25 dias úteis de férias do Presidente da Câmara e 15 dias de feriados, o que perfaz um total de 221 dias disponíveis para actos inaugurativos;
- Se admitirmos que cada inauguração precisa de um dia para ser realizada e outro para a sua preparação (envio de convites, distribuição de fotocópias dos convites nos cafés do concelho, convocação da imprensa local, presença de um membro do governo, etc.), seriam necessários 230 dias dias úteis para se inaugurarem as 115 rotundas.
Ou seja, aplicando os critérios de José Eduardo de Matos, a Câmara de São João da Madeira teria que, durante um ano, dedicar todos os dias da sua actividade à inauguração de rotundas e mesmo assim não seria possível inaugurar todas!
É profundamente ridículo que se inaugure uma rotunda.
É ainda mais absurdo que esse acto seja feito a menos de um mês das eleições autárquicas.
José Eduardo de Matos prepara-se para assumir publicamente a autoria do projecto da rotunda do hospital, que para além de ser a sua obra de regime, é também um símbolo de tudo o que se passou nos três anos e meio anteriores: uma obra mal dimensionada, com cortes de árvores excessivos, com um mau gosto levado ao extremo com a deslocação dos portões do hospital para cima de um dos passeios que rodeia a rotunda e com uma demonstração pública de mediocridade traduzida pela colocação de uma placa com erros ortográficos e reivindicações saloias à vista de todos.
A rotunda do hospital acaba por ser um resumo em betão da (des)governação de José Eduardo de Matos. Pessoalmente não sinto qualquer satisfação pela exposição pública da falta de classe com que se fazem as coisas em Estarreja. Aliás, acho que todos sentimos uma pontinha de vergonha quando por lá passamos, sobretudo quando vamos acompanhados por pessoas de fora do concelho. Mesmo que a culpa seja só de José Eduardo de Matos.
Depois de se ter tornado conhecido por ter inaugurado a abertura de uma torneira em Fermelã, a construção de uma estrada que nunca irá ser construída (o IC1 a poente), múltiplas obras que não são da sua autoria (embora tenham ficado com placas com o seu nome...), José Eduardo de Matos prepara-se para finalmente começar a cortar-fitas também a realizações suas.
No entanto, a proximidade das eleições associada à falta de hipóteses alternativas de inauguração obrigou o ainda Presidente da Câmara de Estarreja a cair no ridículo de inaugurar uma rotunda (!!!!!), que ainda por cima já está a ser usada há alguns meses.
Se em municípios como São João da Madeira ou Viseu se adoptasse o mesmo critério na definição dos actos inaugurativos, certamente que o negócio da venda de tesouras e fitas de cetim estaria de vento em popa...
Façamos um pequeno exercício de aritmética: se José Eduardo de Matos fosse Presidente da Câmara de São João da Madeira e decidisse inaugurar as 115 rotundas (este número é real, embora algumas fontes refiram valores mais elevados) existentes na cidade...
- Aos 365 dias do ano descontar-se-iam 104 dias correspondentes a sábados e domingos, 25 dias úteis de férias do Presidente da Câmara e 15 dias de feriados, o que perfaz um total de 221 dias disponíveis para actos inaugurativos;
- Se admitirmos que cada inauguração precisa de um dia para ser realizada e outro para a sua preparação (envio de convites, distribuição de fotocópias dos convites nos cafés do concelho, convocação da imprensa local, presença de um membro do governo, etc.), seriam necessários 230 dias dias úteis para se inaugurarem as 115 rotundas.
Ou seja, aplicando os critérios de José Eduardo de Matos, a Câmara de São João da Madeira teria que, durante um ano, dedicar todos os dias da sua actividade à inauguração de rotundas e mesmo assim não seria possível inaugurar todas!
É profundamente ridículo que se inaugure uma rotunda.
É ainda mais absurdo que esse acto seja feito a menos de um mês das eleições autárquicas.
José Eduardo de Matos prepara-se para assumir publicamente a autoria do projecto da rotunda do hospital, que para além de ser a sua obra de regime, é também um símbolo de tudo o que se passou nos três anos e meio anteriores: uma obra mal dimensionada, com cortes de árvores excessivos, com um mau gosto levado ao extremo com a deslocação dos portões do hospital para cima de um dos passeios que rodeia a rotunda e com uma demonstração pública de mediocridade traduzida pela colocação de uma placa com erros ortográficos e reivindicações saloias à vista de todos.
A rotunda do hospital acaba por ser um resumo em betão da (des)governação de José Eduardo de Matos. Pessoalmente não sinto qualquer satisfação pela exposição pública da falta de classe com que se fazem as coisas em Estarreja. Aliás, acho que todos sentimos uma pontinha de vergonha quando por lá passamos, sobretudo quando vamos acompanhados por pessoas de fora do concelho. Mesmo que a culpa seja só de José Eduardo de Matos.
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