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quinta-feira, setembro 15, 2005

Desinformação

Todos os noticiários televisivos e radiofónicos começaram o dia a anunciar que:
- A partir de hoje o preço dos medicamentos baixa 6%;
- Há um período até ao fim de Outubro durante o qual se fará o escoamento das embalagens ainda marcadas ao preço antigo.
No entanto, a verdade é que:
- Desde o passado dia 10 de Setembro, os medicamentos genéricos são comparticipados em menos 10%, pelo que a parte directamente paga pelos utentes aumentou na mesma proporção;
- Foram revistos os escalões de comparticipação dos medicamentos. No caso concreto do regime geral do SNS, a parte paga directamente pelos utentes aumentou e vários medicamentos que eram gratuitos deixaram de o ser;
- O prazo de escoamento atrás referido é apenas aplicável aos armazenistas e não às farmácias. Estas podem vender os medicamentos ao preço antigo até ao fim do prazo de validade destes (alguns medicamentos poderão ser vendidos ao preço antigo até 2010). Esta situação poderia ter sido ultrapassada se o estado obrigasse a indústria farmacêutica a remarcar as embalagens, concedendo os respectivos créditos (à semelhança do que chegou a acontecer no tempo do governo anterior);
- Se a diminuição de 6% também incidir nos preços de referência, alguns dos medicamentos marcados ao preço antigo poderão custar mais 16% para os utentes;
- A partir de agora há medicamentos de marca mais baratos que alguns genéricos correspondentes;
- A introdução desta medida (desta forma) acaba (durante alguns meses, pelo menos) com a noção de que todos os medicamentos têm o mesmo preço, no litoral ou no interior, na cidade ou no campo. Obviamente que as farmácias dos grandes centros urbanos, com maior rotatividade de stocks, serão as primeiras a escoar os produtos ao preço antigo (que irão continuar a ser distribuídos até 31/10);
- Nem com Santana Lopes se viu tanta falta de preparação e alterações de última hora nas leis anunciadas...

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