quinta-feira, setembro 15, 2005
No Bom Caminho
O slogan com que José Eduardo de Matos decidiu abordar esta campanha eleitoral foi particularmente mal escolhido, quer por razões gerais (válidas para qualquer candidato), quer por motivos óbvios relacionados com o contexto específico da sua candidatura.
De um modo geral, a expressão "no bom caminho" utiliza-se como desculpa nas situações em que alguém ainda não conseguiu atingir um determinado objectivo, mas mesmo assim está optimista. "No bom caminho", "desta vez é que vai ser", "este ano é que é", etc. embora sejam expressões formalmente positivas, encerram algum grau de melancolia de quem sabe que está a passar uma imagem mais agradável que a que realmente sente (os sportinguistas sabem de que é que eu estou a falar...). "No bom caminho" é uma expressão que nenhum político deveria usar, pois acaba por transmitir um sentimento de impotência perante a dureza da realidade. E quando os vendedores oficiais de sonhos se apresentam com este grau de desilusão antecipada...
Por outro lado, no caso específico da candidatura de José Eduardo de Matos, "no bom caminho" é uma expressão quase insólita por várias razões:
- Porque uma das mais importantes decisões de JEM enquanto Presidente da CME foi o abandono do Plano Estratégico para o desenvolvimento do concelho (que ele próprio havia votado favoravelmente enquanto vereador da oposição...), para o substituir por nada;
- Porque JEM passou três anos e meio a inaugurar e terminar algumas (não todas...) das obras que herdou do executivo anterior e portanto terá, quando muito, seguido o caminho que alguém lhe deixou quase totalmente percorrido;
- Porque o tom professoral da expressão "no bom caminho" é totalmente diferente da realidade prática da vida do Presidente da Câmara José Eduardo de Matos, que a todos cedeu e apenas se tentou (sem sucesso) impor aos mais fracos (como no "caso Mariazinha").
O slogan com que José Eduardo de Matos decidiu abordar esta campanha eleitoral foi particularmente mal escolhido, quer por razões gerais (válidas para qualquer candidato), quer por motivos óbvios relacionados com o contexto específico da sua candidatura.
De um modo geral, a expressão "no bom caminho" utiliza-se como desculpa nas situações em que alguém ainda não conseguiu atingir um determinado objectivo, mas mesmo assim está optimista. "No bom caminho", "desta vez é que vai ser", "este ano é que é", etc. embora sejam expressões formalmente positivas, encerram algum grau de melancolia de quem sabe que está a passar uma imagem mais agradável que a que realmente sente (os sportinguistas sabem de que é que eu estou a falar...). "No bom caminho" é uma expressão que nenhum político deveria usar, pois acaba por transmitir um sentimento de impotência perante a dureza da realidade. E quando os vendedores oficiais de sonhos se apresentam com este grau de desilusão antecipada...
Por outro lado, no caso específico da candidatura de José Eduardo de Matos, "no bom caminho" é uma expressão quase insólita por várias razões:
- Porque uma das mais importantes decisões de JEM enquanto Presidente da CME foi o abandono do Plano Estratégico para o desenvolvimento do concelho (que ele próprio havia votado favoravelmente enquanto vereador da oposição...), para o substituir por nada;
- Porque JEM passou três anos e meio a inaugurar e terminar algumas (não todas...) das obras que herdou do executivo anterior e portanto terá, quando muito, seguido o caminho que alguém lhe deixou quase totalmente percorrido;
- Porque o tom professoral da expressão "no bom caminho" é totalmente diferente da realidade prática da vida do Presidente da Câmara José Eduardo de Matos, que a todos cedeu e apenas se tentou (sem sucesso) impor aos mais fracos (como no "caso Mariazinha").
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