<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, novembro 13, 2003

O Estarreja Efervescente está ao rubro! O record de visitas foi batido todos os dias durante esta semana! Além disso, tenho recebido algumas interessantes reacções (na forma de conversas, mails ou comentários colocados on-line) a alguns dos textos deste site. Um dos mais interessantes foi o do Sr. Teixeira Valente, deputado municipal do PSD, que contesta as minhas intervenções sobre o Parque Industrial. Com a devida vénia, aqui fica o referido texto, que agradeço e divulgo, embora naturalmente nãoo concorde com o seu conteúdo:

PARQUE INDUSTRIAL


DOZE PERGUNTAS . UMA RESPOSTA



O artigo da última edição do Dr. Vladimiro Jorge Silva sobre o futuro
Parque Eco-Empresarial suscita doze simples perguntas.
A única resposta para todas as questões dá bem a dimensão do que
hoje já temos e do que a anterior Câmara fez e não fez. Contra factos não
há argumentos.

PERGUNTAS:

Em 2 de Janeiro de 2002:

? Quantos terrenos tinha a Câmara na Zona do Arruamento Principal, agora em
conclusão?
? Quantos estavam negociados? Comprados? E registados?
? Que hipótese havia então de começar com as obras?
? Que financiamento do Governo ou Comunidade existia?
? Que Protocolo ou acordo havia?
? Quantos terrenos havia negociados, comprados ou registados para construção
do Emissário de Águas Pluviais?
? Quantos terrenos manteve o Município na 5ª Fase da emprei-tada (terrenos
da antiga incineradora)?
? Que hipóteses havia de realizar toda a empreitada?
? Que parcerias havia?
? Que papel tinham as Associações Empresariais?
? Quantos lotes para empresas possíveis de constituir?
? Que hipóteses havia de a Quimiparque - Estarreja deixar de depender do
Barreiro?

RESPOSTA:

ZERO.
Felizmente hoje a realidade é bem outra.
A obra já começou e já se vê o seu avanço permanente.
Finalmente Estarreja vai ter o seu Parque Industrial.
Finalmente já começou a recuperar dos últimos muitos anos.
Lamenta-se que se possa ainda tentar vingar o que em tempo de
vacas gordas no paí­s - nos 8 anos do poder PS - não foi possível.
As obras fazem-se. Não basta falar e prometer. Há que trabalhar.
A realidade está à  vista. Por muito que custe a alguns.



JOSÉ TEIXEIRA VALENTE


A desculpa das "vacas gordas" do tempo do PS é sem dúvida original, especialmente se pensarmos que o actual executivo camarário passa a vida a argumentar aos quatro ventos que nunca em Estarreja os orçamentos municipais foram tão elevados como agora. Afinal em que á que ficamos? Nos boletins municipais diz-se ao povo que a vaca é gorda e à oposição diz-se que afinal ela é magra?
Em relação ao avanço das obras e à disponibilidade de terrenos: o concurso público internacional foi realizado e adjudicado, recolhendo o interesse das mais prestigiadas empresas a operar no nosso país, que acreditaram e lutaram pelo projecto. O processo estava a decorrer de uma forma normal, rápida e bastante mais ambiciosa que o actual.
O anterior executivo havia assumido a conclusão de uma obra muito maior em muito menos tempo. Mesmo depois da entãoo oposição PSD ter apresentado esses problemas, a câmara PS reafirmou as suas intenções. Alguns dos problemas acima referidos eram conhecidos e tinham solução à vista, de tal forma que quando o actual executivo chegou ao poder e suspendeu todo o processo, os trabalhos estavam em andamento...
O projecto do parque Eco-Industrial do PS era um projecto a sério: nos tempos do PS, o IC1 não cortava o parque a meio (aliás, até tinha um acesso especí­fico para este...) e havia um modelo a seguir, bem definido e reconhecido internacionalmente (o modelo do parque de Kalundborg, na Dinamarca - veja-se o texto da minha intervenção na convenção autárquica do PS). O Parque Eco-Industrial surgia como algo de perfeitamente lógico no Plano Estratégico de Estarreja (o tal que este executivo abandonou).
Em relação à Quimiparque e à sua dependência do Barreiro, respondo com outra pergunta: porquê esta subserviência? A que propósito é que têm que ser os municípios a resolver os problemas dos "elefantes brancos" que o Estado cria? Não é a CME que tem que financiar as ineficiências de estruturas como a Quimiparque! Por outras palavras: quem criou o problema que o resolva... não venham é ao bolso dos estarrejenses!
O modelo de gestão do Parque Industrial nos tempos do PS era público e bem claro: conheciam-se os parceiros, sabia-se que a CME iria ser sempre maioritária (o que nem sequer está garantido no modelo actual) e havia uma continuidade entre o plano estratégico e a construção do Parque, que agora se perdeu completamente. O anunciado mini-parque para mini-empresas atravessado pela mega-estrada surge como uma estrutura avulsa na paisagem de Estarreja, criada, segundo as palavras do Dr. José Eduardo, para competir com os parques industriais de metrópoles como a Murtosa, Albergaria-a-Velha ou Ovar. Longe vão os tempos em que o desenvolvimento industrial de Estarreja era uma prioridade nacional...
Em relação ao financiamento, este é talvez o ponto mais triste de todos: depois do anterior presidente da câmara ter afirmado perante a Assembleia Municipal que o financiamento existia, estava garantido e que ele próprio estava à disposição dos novos autarcas para explicar a forma de o obter, ninguém lhe perguntou mais nada! Porquê este orgulhozinho bacoco? Na política nem tudo o que se faz pode ou deve ser discutido em público, e quando o interesse concelhio está em jogo, devemos saber ter sentido de estado (isto é, de concelho) e deixar estas guerrinhas de parte! Ou pensam que iria ser fácil para o anterior presidente da CME revelar àqueles que tanto o criticaram a forma de fazerem um brilharete, que havia sido conseguido apenas graças ao seu esforço pessoal? A questão do não-financiamento do Parque Industrial é, seguida de perto apenas pelo caso do desastrado traçado do IC1, o mais grave falhanço do actual executivo camarário! Quanto custou isto a Estarreja? Como é que ainda têm coragem de falar nisto?

follow me on Twitter
Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?