quarta-feira, dezembro 31, 2003
É impressionante a "efervescência" causada pela simples referência ao blogue do Pedro Vaz. Ainda o rapaz não tinha escrito praticamente nada e já vários internautas se entretiam a "desancá-lo" fortemente... Enfim, poucas pessoas se podem gabar de ter a capacidade de causar um impacto tão forte!
Neste post de fim de ano tenho várias referências a fazer:
- A primeira é para a última promessa do impagável (literalmente!) Luís Figo, que depois de já ter dito que gostaria de acabar a sua carreira no Sporting, no Real Madrid e no futebol inglês, veio agora afirmar que afinal também pretende terminar os seus dias futebolísticos no Dubai... o pior é que isto é mesmo capaz de ser tudo verdade: não nos podemos esquecer que estamos perante o mesmo indivíduo que em júnior assinou simultaneamente pelo Sporting e pelo Benfica, mais tarde assinou ao mesmo tempo pela Juventus e pelo Parma (o que lhe valeu uma proibição de jogar em Itália de 2 ou 3 anos) e posteriormente trocou o Barcelona, clube e cidade que o haviam acolhido como um filho, pelo Real Madrid e algumas pesetas! Este homem é tão íntegro que até já anunciou que depois do Euro 2004 deixará de jogar pela selecção nacional. Obviamente que esta renúncia só tem um motivo: prevenir lesões, agora que a selecção já não lhe pode proporcionar mais nenhuma vantagem pessoal! Deixo aqui a minha opinião: para fazermos figuras como as do último mundial (em que Figo foi um dos principais reinvindicadores por melhores prémios de jogo, como se o seu obsceno ordenado de mais de 100 mil contos por mês não lhe chegasse), mais vale prescindirmos destes "craques". Os resultados desportivos serão semelhantes (pois não podem ser piores) e daremos pelo menos uma imagem mais digna do nosso país!
- A minha segunda referência vai para o inevitável, interminável e penoso processo PS-Casa Pia. Ontem, quando Paulo Pedroso suspendeu o seu mandato disse que pretendia "proteger o parlamento e o próprio PS". A pergunta óbvia é: porque é que só agora é que ele fez isso? Há muito que todos perceberam que a colagem do PS ao processo não serve nem ao partido, nem aos acusados, nem às vítimas: os únicos beneficiários são o governo (que faz o que quer enquanto o PS fala da Casa Pia), a comunicação social (seria curioso analisar as receitas que este processo já proporcionou) e todos os que querem ascender politicamente à custa da incineração política de Ferro Rodrigues (incluindo os candidatos a Presidente da República)! Mantenho no entanto o que já por várias vezes escrevi: Ferro Rodrigues parece-me um homem de carácter, mas que não tem força para segurar os "lobos" que se movimentam no seu próprio partido, pelo que será inevitável que estes o acabem por devorar também. Para o bem da democracia portuguesa, Ferro deve ser substituído o mais rapidamente possível.
- A minha última nota vai para um excelente artigo de Mário Rodrigues que saiu ontem no Público e que faz todo o sentido para fundamentar algumas preocupações que expressei em posts anteriores. É realmente inaceitável o proteccionismo (e até a xenofobia!) que as empresas espanholas praticam no nosso país, a que nós pacoviamente respondemos atribuindo-lhes a vitória em vários concursos públicos ou privilegiando-os na escolha de parceiros negociais das nossas empresas. Estamos a cavar a nossa própria sepultura alegre e energicamente. Recentemente até ouvi um analista político dizer que havia quem afirmasse que hoje em dia Portugal tem menos autonomia em relação a Madrid que a Catalunha! É urgente que defendamos os nossos produtos e as nossas empresas, sob pena do nosso país se tranformar num gigantesco acumulado de serviços administrativos de empresas espanholas, das quais dependemos em absoluto! Esta luta tem que ser feita quer ao nível estatal, quer individualmente. Sempre que isso me é financeiramente sustentável eu só compro produtos portugueses ou de empresas que produzam em Portugal. Se todos fizéssemos o mesmo, certamente que as coisas seriam diferentes!
Neste post de fim de ano tenho várias referências a fazer:
- A primeira é para a última promessa do impagável (literalmente!) Luís Figo, que depois de já ter dito que gostaria de acabar a sua carreira no Sporting, no Real Madrid e no futebol inglês, veio agora afirmar que afinal também pretende terminar os seus dias futebolísticos no Dubai... o pior é que isto é mesmo capaz de ser tudo verdade: não nos podemos esquecer que estamos perante o mesmo indivíduo que em júnior assinou simultaneamente pelo Sporting e pelo Benfica, mais tarde assinou ao mesmo tempo pela Juventus e pelo Parma (o que lhe valeu uma proibição de jogar em Itália de 2 ou 3 anos) e posteriormente trocou o Barcelona, clube e cidade que o haviam acolhido como um filho, pelo Real Madrid e algumas pesetas! Este homem é tão íntegro que até já anunciou que depois do Euro 2004 deixará de jogar pela selecção nacional. Obviamente que esta renúncia só tem um motivo: prevenir lesões, agora que a selecção já não lhe pode proporcionar mais nenhuma vantagem pessoal! Deixo aqui a minha opinião: para fazermos figuras como as do último mundial (em que Figo foi um dos principais reinvindicadores por melhores prémios de jogo, como se o seu obsceno ordenado de mais de 100 mil contos por mês não lhe chegasse), mais vale prescindirmos destes "craques". Os resultados desportivos serão semelhantes (pois não podem ser piores) e daremos pelo menos uma imagem mais digna do nosso país!
- A minha segunda referência vai para o inevitável, interminável e penoso processo PS-Casa Pia. Ontem, quando Paulo Pedroso suspendeu o seu mandato disse que pretendia "proteger o parlamento e o próprio PS". A pergunta óbvia é: porque é que só agora é que ele fez isso? Há muito que todos perceberam que a colagem do PS ao processo não serve nem ao partido, nem aos acusados, nem às vítimas: os únicos beneficiários são o governo (que faz o que quer enquanto o PS fala da Casa Pia), a comunicação social (seria curioso analisar as receitas que este processo já proporcionou) e todos os que querem ascender politicamente à custa da incineração política de Ferro Rodrigues (incluindo os candidatos a Presidente da República)! Mantenho no entanto o que já por várias vezes escrevi: Ferro Rodrigues parece-me um homem de carácter, mas que não tem força para segurar os "lobos" que se movimentam no seu próprio partido, pelo que será inevitável que estes o acabem por devorar também. Para o bem da democracia portuguesa, Ferro deve ser substituído o mais rapidamente possível.
- A minha última nota vai para um excelente artigo de Mário Rodrigues que saiu ontem no Público e que faz todo o sentido para fundamentar algumas preocupações que expressei em posts anteriores. É realmente inaceitável o proteccionismo (e até a xenofobia!) que as empresas espanholas praticam no nosso país, a que nós pacoviamente respondemos atribuindo-lhes a vitória em vários concursos públicos ou privilegiando-os na escolha de parceiros negociais das nossas empresas. Estamos a cavar a nossa própria sepultura alegre e energicamente. Recentemente até ouvi um analista político dizer que havia quem afirmasse que hoje em dia Portugal tem menos autonomia em relação a Madrid que a Catalunha! É urgente que defendamos os nossos produtos e as nossas empresas, sob pena do nosso país se tranformar num gigantesco acumulado de serviços administrativos de empresas espanholas, das quais dependemos em absoluto! Esta luta tem que ser feita quer ao nível estatal, quer individualmente. Sempre que isso me é financeiramente sustentável eu só compro produtos portugueses ou de empresas que produzam em Portugal. Se todos fizéssemos o mesmo, certamente que as coisas seriam diferentes!
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