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terça-feira, janeiro 13, 2004

Encontrei numa edição do JN esta notícia, que também já havia sido divulgada pela RVR:

ERSUC não aceita ceder estudos de incineradora
coimbra tribunais Empresa é 94 % estatal, mas diz não ter de reger-se pelas leis dos organismos públicos Quercus vai recorrer aos tribunais e ao Governo

João Luís Campos


AQuercus admite recorrer aos tribunais e ao Governo para exigir os estudos com que a ERSUC, Resíduos Sólidos do Centro fundamentou a opção de recorrer à incineração para tratar os resíduos. João Gabriel, da Quercus, reuniu-se, ontem, com o administrador-delegado da ERSUC que lhe confirmou a recusa que já havia sido feita anteriormente. Mais, já em resposta ao pedido formal que a associação ambientalista entregara na sede da empresa de manhã, o Conselho de Administração da ERSUC disse que a empresa não se regia pelas leis que obrigam os organismos públicos a facultar informação.
Uma argumentação que não agradou a João Gabriel que promete recorrer aos tribunais "porque 94 % do capital, 51 do Estado e 43 das autarquias, é público". "É muito discutível", acrescentou, lamentando que as pessoas não tenham acesso "ao modo como está a ser gasto o dinheiro dos contribuintes".
Outra razão apresentada prendeu-se com uma decisão da Assembleia Geral da ERSUC em que terá sido deliberado não publicitar os estudos que levam a empresa a optar pela incineração para tratar os resíduos dos 36 concelhos. "Se é assim, vamos alargar o âmbito do pedido", explica o vice-presidente do núcleo de Coimbra da Quercus. Nesse sentido, quer o Governo quer as autarquias vão ser pressionadas para recuarem e permitirem a consulta do documento. "Disseram-nos outra vez que a incineração é mais barata, mas não deixam ver como", frisou Gabriel. A Quercus diz, com a compostagem, conseguir poupar 100 milhões de euros, em 20 anos.


Este tipo de posturas de empresas como a ERSUC, que se assumem como públicas na hora de ganhar concessões e como privadas quando se lhes começa a pedir contas é absolutamente lamentável.
Nos últimos dias tenho falado com várias pessoas que se têm queixado de problemas de trânsito causados pela recolha de lixo durante o dia, bem como da falta de educação de alguns funcionários da ERSUC. Tudo isto é preocupante: de facto, para uma empresa que é paga a peso de ouro e que ganhou a concessão do tratamento dos lixos de Estarreja sem sequer ter ido a concurso público (foi uma adjudicação directa do Dr. José Eduardo de Matos!) exige-se muito mais que às outras e este tipo de atitudes (como a relativa à incineradora de Anadia) são pelo menos um factor de preocupação para os outros clientes da ERSUC...

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