quarta-feira, março 17, 2004
Num comentário a este post, o Pedro Vaz discordava do que eu tinha escrito sobre Aznar. Senti necessidade de esclarecer algumas coisas:
Eu não gosto, nem nunca gostei, de Aznar. Durante a crise do Prestige cheguei mesmo a ter-lhe um ódio visceral. Sempre me irritou o baile que ele durante estes oito anos deu aos sucessivos governos portugueses. Guterres e Durão Barroso foram igualmente subservientes e enganados pelo governo espanhol. As empresas portuguesas praticamente não conseguiram entrar em Espanha (excepto 2 ou 3 honrosas excepções), enquanto que o contrário é o que se sabe... A nível europeu Espanha assumiu-se definitivamente como um dos países mais poderosos com o inacreditável acordo de Nice, enquanto que nós cá continuamos na cauda.
O desemprego espanhol, apesar de ainda bastante alto, é mais baixo do que era há alguns anos. Espanha teve o "desplante" de terminar o ano de 2003 com um "superavit" de 0,6%, enquanto cá em Portugal não há governo que o baixe de 4 ou 5%, maquilhagens orçamentais à parte.
É inegável que Aznar foi para os espanhóis um primeiro-ministro notável e provavelmente irrepetível, o que não quer dizer que a derrota do PP não tenha sido merecida (pelos motivos referidos no tal post e porque Rajoy não é Aznar...).
A vitória de Zapatero é uma boa notícia para a economia portuguesa, pois será inevitável a desaceleração espanhola, com consequente perda de competitividade (resta saber se conseguiremos aproveitar esta oportunidade ou se nos afundaremos em conjunto...), mas é uma má notícia para o mundo em termos internacionais: a retirada do Iraque neste contexto e nestas condições é uma demonstração de cobardia nacional como há anos não se via e que faz tristemente recordar os acordos de paz que Neville Chamberlain assinava com Hitler enquanto este construia calmamente o seu exército e começava a anexação de países como a Checoslováquia ou a Áustria... oxalá que eu me engane!
Eu não gosto, nem nunca gostei, de Aznar. Durante a crise do Prestige cheguei mesmo a ter-lhe um ódio visceral. Sempre me irritou o baile que ele durante estes oito anos deu aos sucessivos governos portugueses. Guterres e Durão Barroso foram igualmente subservientes e enganados pelo governo espanhol. As empresas portuguesas praticamente não conseguiram entrar em Espanha (excepto 2 ou 3 honrosas excepções), enquanto que o contrário é o que se sabe... A nível europeu Espanha assumiu-se definitivamente como um dos países mais poderosos com o inacreditável acordo de Nice, enquanto que nós cá continuamos na cauda.
O desemprego espanhol, apesar de ainda bastante alto, é mais baixo do que era há alguns anos. Espanha teve o "desplante" de terminar o ano de 2003 com um "superavit" de 0,6%, enquanto cá em Portugal não há governo que o baixe de 4 ou 5%, maquilhagens orçamentais à parte.
É inegável que Aznar foi para os espanhóis um primeiro-ministro notável e provavelmente irrepetível, o que não quer dizer que a derrota do PP não tenha sido merecida (pelos motivos referidos no tal post e porque Rajoy não é Aznar...).
A vitória de Zapatero é uma boa notícia para a economia portuguesa, pois será inevitável a desaceleração espanhola, com consequente perda de competitividade (resta saber se conseguiremos aproveitar esta oportunidade ou se nos afundaremos em conjunto...), mas é uma má notícia para o mundo em termos internacionais: a retirada do Iraque neste contexto e nestas condições é uma demonstração de cobardia nacional como há anos não se via e que faz tristemente recordar os acordos de paz que Neville Chamberlain assinava com Hitler enquanto este construia calmamente o seu exército e começava a anexação de países como a Checoslováquia ou a Áustria... oxalá que eu me engane!
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