quinta-feira, março 25, 2004
O Fernando Mendonça continua a produzir material político a um ritmo assustador: depois da chocante reportagem do Voz Regionalista sobre o misterioso caso das areias desaparecidas dos terrenos do futuro Parque Industrial (que consequências é que a Câmara de Estarreja irá tirar desta tão grave denúncia? na minha terra a única atitude decente e insuspeita a tomar seria a apresentação de uma queixa-crime junto das autoridades policiais, para além do indispensável inquérito interno...), a crónica de hoje do Largo dos Combatentes é fortíssima, está muito bem construída e levanta uma questão interessante: por um lado, a intolerância queixosa compulsiva do Dr. José Eduardo de Matos é apenas uma forma de coerência com o seu passado de líder da oposição; por outro lado, contudo, estamos perante alguém com uma dupla personalidade política - o intolerante Mr. Hyde intercala os seus períodos de dominância com o populista Dr. Jekyll, iluminador de igrejas que leva os velhinhos a passear no Douro e dança com as senhoras nas festas da vila.
Ou seja, a bondade e benevolências externas de Dr. Jekyll são na realidade mantidas à custa de um comportamento implacável e absolutista de Mr. Hyde, que de uma forma mais controlada que na lenda, apenas aparece quando os seus serviços são necessários...
Ou seja, a bondade e benevolências externas de Dr. Jekyll são na realidade mantidas à custa de um comportamento implacável e absolutista de Mr. Hyde, que de uma forma mais controlada que na lenda, apenas aparece quando os seus serviços são necessários...
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