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sexta-feira, março 05, 2004

O Homem-a-Dias, um dos mais respeitáveis blogues do éter nacional, publicou um interessante texto sobre o bluff "palestiniano" (estas aspas não estão aqui por acaso), que eu me atrevi a reproduzir na íntegra, pois parece-me que um simples link não é suficiente:

«A única dominação árabe [na ‘Palestina’] desde a Conquista de 635 durou, no máximo, 22 anos...»

- Comentários do Líder da Delegação Síria à Conferência de Paz de Paris, 1919

«Consideramos a Palestina como parte integrante da Síria Árabe, da qual nunca esteve separada.»

- Resolução do Primeiro Congresso de Associações Cristãs e Muçulmanas, 1919

«É tempo de que a ‘cidadania’ palestiniana deva ser reconhecida por aquilo que, de facto, é: nada mais que uma fórmula legal sem significado moral.»

- Relatório da British Palestine Royal Commission, 1937

«Não existe nenhum país chamado Palestina! Esse é um termo inventado pelos sionistas! Não há Palestina na Bíblia. A nossa terra foi durante séculos parte da Síria.»

- Depoimento de Auni Abdul-Hadi, líder árabe local, à Comissão Peel, 1937.

«A região foi chamada de Palestina pelos romanos de forma a erradicar qualquer vestígio da sua história judaica.»

- Reverendo James Parks, «Whose Land?», 1970

«A palavra Palestina não existe no Antigo Testamento. (...) nem no Novo.»

- Bernard Lewis, «The Palestinians and the PLO, a Historical Approach, 1975

«A adopção oficial do nome Palestina pelos romanos para designar os territórios dos antigos judeus, sobretudo da Judeia, parece ser posterior à supressão da grande revolta judaica de Bar-Kokhba em 135 Antes da Era Comum. (...) parece que o nome Judeia foi abolido (...) e a região renomeada Palestina ou Palestina Síria, com a intenção de obliterar a sua identidade judaica. O nome anterior não terá desaparecido completamente, já que no século IV, ainda encontramos um autor cristão, Epiphanius, referir-se à ‘Palestina, isto é, Judeia’.»

- Bernard Lewis, idem.

«O nacionalismo palestiniano-árabe é sobretudo um fenómeno posterior à I Grande Guerra, e que só se tornaria um movimento político significativo após a Guerra dos Seis Dias e a anexação, por Israel, da Faixa Ocidental.»

- Mitchell Bard, «Myths and Facts, a Guide to the Arab-Israeli Conflict», 2002

«’Palestina’ é algo que definitivamente não existe em termos históricos.»

- Depoimento ao Comité de Inquérito Anglo-Americano do Prof. Philip Hitti, árabe, opositor da criação de Israel, 1946.

«Politicamente, os árabes da Palestina não são independentes no sentido em que constituam uma entidade política autónoma.»

- Representante do Alto Comité Árabe para as Nações Unidas em declarações à Assembleia-Geral das ditas, 1947.

«É do conhecimento comum de que a Palestina não é mais do que o sul da Síria.»

- Ahmed Shuqeri, antigo líder da OLP, citado em Avner Yaniv, «PLO», 1974.

«As comunidades de língua árabe na ‘Palestina’ pensavam em si enquanto ‘otomanos ou turcos’, sírios do sul ou ‘povo árabe’ - mas nunca como ‘palestinianos’.»

- Joan Peters, «From Time Immemorial», 1984.

Queixinhas acerca das contradições entre as afirmações acima, assim como da recusa de certos países em aceitar receber aqueles a que chamam de ‘irmãos’, devem ser endereçadas a quem de direito. Para mim, chega. Discutir com escumalha, ainda vá. Com um simples idiota, não tenho paciência.

(fim de citação)

Embora a noção de estado "palestiniano" seja um fenómeno com poucas dezenas de anos, isso não justifica todas as atitudes de Sharon. No entanto, às vezes é interessante encontrarem-se textos que explanem de forma clara a artificialidade de um conflito de elites que tem como principal vítima o povo anónimo de ambos os lados.
A propósito, já vos contei que o vencedor do Big Brother de Israel foi um árabe israelita? Quem terá votado nele?

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