sexta-feira, julho 16, 2004
O governo Santana é de facto atípico: para além da originalidade de ter sido eleito apenas por uma única pessoa, existe também a curiosidade de, ao contrário do que é habitual, em que os novos governantes começam os mandatos com grande força, mobilizando até pessoas a mais e com dificuldades perante o excesso de oferta quando se trata de escolher os nomes dos titulares das pastas ministeriais, estamos a assistir ao anúncio a conta-gotas de uma série de segundas escolhas para os diversos ministérios:
- Um diplomata de carreira sem qualquer experiência política para o politicamente importante cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros;
- Depois deter surgido na imprensa uma sucessão de nomes sonantes, o cargo de Ministro das Finanças é ocupado pela transferência de Bagão Félix, o que constitui uma decepção para quase toda a gente, da direita populista à esquerda radical. Independentemente de até me parecer uma boa escolha, todos percebemos que não foi a primeira, mas apenas um recurso. No entanto, é para já o único ponto positivo do futuro governo;
- Para a Economia, depois de Carlos Tavares, teremos um ex-Ministro da Agricultura, num claro erro de casting, ou então numa nova solução de recurso...
- Para as Obras Públicas vai o ex-presidente da Galp, uma personalidade sistematicamente referida para a Economia;
- Para o Ambiente (e esta é, até agora e de muito longe, a pior das escolhas) vai o secretário de Paulo Portas, perdão, o dirigente do PP Luís Nobre Guedes, uma nomeação de favor completamente despropositada.
Ou seja, temos um governo que começa já em crise, pois os seus cinco primeiros nomes são obviamente 5 suplentes, cujo treinador nem sequer parece saber as posições que devem ocupar em campo!
Aproveito para deixar aqui os meus parabéns a Pacheco Pereira pela dignidade com que recusou o anunciado tacho na UNESCO. Sinceramente, há poucas pessoas em Portugal com uma espinha dorsal tão vertical. Goste-se ou não dele (eu gosto), há que reconhecer que infelizmente já não há muitos políticos assim. Aliás, por algum motivo Pacheco Pereira está hoje fora de combate!
- Um diplomata de carreira sem qualquer experiência política para o politicamente importante cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros;
- Depois deter surgido na imprensa uma sucessão de nomes sonantes, o cargo de Ministro das Finanças é ocupado pela transferência de Bagão Félix, o que constitui uma decepção para quase toda a gente, da direita populista à esquerda radical. Independentemente de até me parecer uma boa escolha, todos percebemos que não foi a primeira, mas apenas um recurso. No entanto, é para já o único ponto positivo do futuro governo;
- Para a Economia, depois de Carlos Tavares, teremos um ex-Ministro da Agricultura, num claro erro de casting, ou então numa nova solução de recurso...
- Para as Obras Públicas vai o ex-presidente da Galp, uma personalidade sistematicamente referida para a Economia;
- Para o Ambiente (e esta é, até agora e de muito longe, a pior das escolhas) vai o secretário de Paulo Portas, perdão, o dirigente do PP Luís Nobre Guedes, uma nomeação de favor completamente despropositada.
Ou seja, temos um governo que começa já em crise, pois os seus cinco primeiros nomes são obviamente 5 suplentes, cujo treinador nem sequer parece saber as posições que devem ocupar em campo!
Aproveito para deixar aqui os meus parabéns a Pacheco Pereira pela dignidade com que recusou o anunciado tacho na UNESCO. Sinceramente, há poucas pessoas em Portugal com uma espinha dorsal tão vertical. Goste-se ou não dele (eu gosto), há que reconhecer que infelizmente já não há muitos políticos assim. Aliás, por algum motivo Pacheco Pereira está hoje fora de combate!
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