terça-feira, dezembro 21, 2004
Manuela Ferreira Leite prepara-se para ficar para a história como a única ministra das finanças que conseguiu domar minimamente o défice das contas públicas. É absolutamente notável como mesmo com uma desorçamentação de cerca de 600 milhões de euros dos hospitais SA e 400 milhões de euros da passagem do IEP para fora da "esfera orçamental", o défice ainda continua acima dos 4%. Para já não falar de toda uma série de empresas públicas, estatais, regionais ou municipais, cujos défices também não contam para estes números... Ou seja, o défice real segundo a maioria dos especialistas estará entre os 5 e 6% do PIB! O que quer dizer que continuamos a viver neste estranho campeonato de maquilhagem orçamental, para o qual Bagão Félix continua a provar ser um claro erro de casting...
Todas as opiniões parecem concordar: actualmente o controlo do défice já não depende da competência do ministro das finanças, pois trata-se de um grave problema estrutural da nossa economia. Não é lícito que o défice continue a servir de arma de arremesso político contra o PS, pois nesta questão o governo PSD/PP apenas inovou com o recurso a medidas extraordinárias (finitas e quase sempre lesivas do interesse nacional) e com a desorçamentação de despesas como as atrás referidas. Não existe sequer uma ténue tendência para a inversão da actual situação.
A continuidade de José Sócrates para além do primeiro mandato como primeiro-ministro dependerá bastante da forma como o seu governo conseguir actuar no relançamento da economia nacional e consequentemente na reestruturação da despesa pública. Até porque o seu insucesso no actual momento de alargamento da UE poderá ter consequências muito graves para o futuro do nosso país.
O próximo governo será provavelmente o mais importante dos últimos 15 anos. Desta vez vai ser mesmo a sério. Também é por isto que Sampaio fez muito bem em aniquilar politicamente Santana Lopes: no actual estado das coisas, nem o país nem o PSD se podem dar ao luxo de aturar brincadeiras e exibições de vaidades. E é também por isto que a atitude de Durão Barroso é tão irresponsável e inaceitável.
Todas as opiniões parecem concordar: actualmente o controlo do défice já não depende da competência do ministro das finanças, pois trata-se de um grave problema estrutural da nossa economia. Não é lícito que o défice continue a servir de arma de arremesso político contra o PS, pois nesta questão o governo PSD/PP apenas inovou com o recurso a medidas extraordinárias (finitas e quase sempre lesivas do interesse nacional) e com a desorçamentação de despesas como as atrás referidas. Não existe sequer uma ténue tendência para a inversão da actual situação.
A continuidade de José Sócrates para além do primeiro mandato como primeiro-ministro dependerá bastante da forma como o seu governo conseguir actuar no relançamento da economia nacional e consequentemente na reestruturação da despesa pública. Até porque o seu insucesso no actual momento de alargamento da UE poderá ter consequências muito graves para o futuro do nosso país.
O próximo governo será provavelmente o mais importante dos últimos 15 anos. Desta vez vai ser mesmo a sério. Também é por isto que Sampaio fez muito bem em aniquilar politicamente Santana Lopes: no actual estado das coisas, nem o país nem o PSD se podem dar ao luxo de aturar brincadeiras e exibições de vaidades. E é também por isto que a atitude de Durão Barroso é tão irresponsável e inaceitável.
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