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sexta-feira, dezembro 17, 2004

O Regresso das Broncas

Uma das primeiras broncas de José Eduardo de Matos enquanto presidente da Câmara de Estarreja foi o anúncio da demissão do antigo presidente do Instituto de Estradas de Portugal do seu cargo, antes mesmo do governo ou do próprio terem qualquer posição oficial sobre o assunto. As sucessivas trocas de pés pelas mãos e vice-versa que se verificaram nos dias seguintes permitiram concluir que a notícia era verdadeira, embora a sua revelação fosse uma inconfidência não autorizada duma conversa particular com um então membro do governo (falava-se em Marques Mendes). Dissipado o pó, o homem lá foi mesmo demitido e nunca mais se voltou a falar no assunto.
Hoje vi no site da RVR mais uma notícia insólita produzida pelo presidente da CME: José Eduardo de Matos parece ter anunciado o abandono da construção do TGV português (pelo menos entre Lisboa e Porto). A notícia é demasiado clara para que restem dúvidas. Se não existir um desmentido, trata-se de mais uma curiosa "bomba" noticiosa largada a partir de Estarreja, pelo nosso prolixo presidente da Câmara. Aqui fica o "copy-paste" do texto que estava no site da RVR no dia 17/12/2004 às 15:25:

"Oficialmente a Câmara de Estarreja nada sabe sobre o futuro traçado do TGV. Segundo o presidente da autarquia apenas há conhecimento do trabalho de uma empresa que procura o melhor corredor para o comboio de grande velocidade. "O que posso dizer é que foram colocados dois traçados possíveis" afirma o autarca que "no fundamental no concelho de Estarreja tem a ver um pouco com o traçado do IC1 a nascente" e por tal será na zona encostado à autoestrada. Assim sendo José Eduardo Matos relembra a posição de há muito tomada "achamos que não faz sentido que o municipio seja atravessado naquela zona por uma qualquer via, ferroviária ou rodoviária, por isso os nossos fundamentos não são de hoje, já têm muito tempo" não existindo qualquer alteração aquela que é a "posição oficial e pessoal de quem hoje está à frente do município" remata. Quanto às movimentações sentidas no vizinho concelho de Ovar, o edil lembra que ainda recentemente as posições vareiras, quanto ao IC1, vieram a comprometer o seu desenvolvimento no nosso. E vai mais longe "não se dirá que de Ovar nem bom vento nem bom casamento" parafraseando um ditado popular, e o passado "implica que nesta matéria não hajam estratégias comuns à partida". Para já e para além de não existir qualquer corredor escolhido, o presidente da Câmara, revela que tudo aponta para o abandono do comboio de alta velocidade, por parte do Governo, já que foram e estão a ser investidos milhões de euros na renovação da Linha do Norte."

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