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terça-feira, janeiro 04, 2005

O José Matos considera que o José Alberto Figueiredo (deputado municipal independente eleito pelas listas do PS) é um herói por ter votado a favor do orçamento proposto pela Câmara Municipal. O Caetano de Abreu acha que isso é sinal de que o orçamento era tão bom, que até a oposição gostou dele. Na minha opinião, nenhum dos dois tem razão. Aliás, nenhum dos três.
O orçamento é o documento base de toda a actividade de gestão autárquica: é nele que se reflectem o estilo de gestão do executivo, as prioridades na distribuição dos sempre escassos recursos disponíveis e também as convicções políticas, ideológicas e sobretudo programáticas de quem o elabora. E quem aprova um orçamento está automaticamente a dizer que concorda com tudo isto, sem excepção. Ora, o José Alberto Figueiredo pode não estar inscrito em nenhum partido, mas foi eleito numa lista claramente identificada com um programa eleitoral e uma filosofia de gestão autárquica completamente diferentes da da coligação PSD/CDS. E as pessoas que votaram nessa lista fizeram-no porque consideravam que as opções propostas pelo grupo do PS eram melhores. E o José Alberto Figueiredo foi eleito para representar esse ponto de vista na Assembleia Municipal.
Deste modo, penso que um voto como o do José Alberto Figueiredo teria que ser muito bem justificado para não se tornar incoerente, o que não aconteceu. Sinceramente, continuo sem saber quais as razões desta atitude, até porque este orçamento tem todos os defeitos dos orçamentos dos anos anteriores.
Esta atitude tresmalhada pode servir como motivo de gozo e/ou brincadeiras com o grupo municipal do PS, mas está muito longe de constituir um símbolo de heroísmo ou qualquer sinal de concordância da oposição com o orçamento.

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