quarta-feira, março 02, 2005
Hã?!!!!
Ouvi hoje na rádio (provavelmente na TSF) que as portagens vão aumentar novamente, desta vez para financiar a descida do valor destas taxas para os monovolumes e jipes!!! Muito sinceramente, estou absolutamente chocado quer com o pós-eleitoralismo cobarde, quer com o carácter intrinsecamente idiota desta medida (quem terá sido o seu "brilhante" autor? eu cá aposto no António Mexia... mesmo no governo Santana poucos políticos possuem uma tão grande estreiteza de vistas!). Desta ideia absurda, resulta que:
1 - Afinal a descida de preços para os monovolumes e jipes não é tão grande como antes se anunciara... caso isto vá para a frente, estes nunca chegarão a beneficiar dos preços actualmente existentes para os veículos de "classe 1", tal como seria legítimo esperar a partir dos anúncios que o (ainda) governo-pimba tão insistentemente propagandeou;
2- Em segundo lugar, é absolutamente ilegítimo que sejam os outros automobilistas a financiar uma medida à qual eles são totalmente estranhos: a presença de jipes e monovolumes nas estradas não só não traz qualquer benefício para os outros carros, como não tem qualquer efeito sobre os custos para a Brisa da sua passagem;
3 - É legítimo dizer que a Brisa andava há alguns anos a cobrar indevidamente valores excessivos aos donos de jipes e monovolumes. Tenho a certeza que se se fizesse um estudo estatístico sério seria facilmente verificável que o número médio de passageiros destas viaturas é muito semelhante aos dos ligeiros de 5 lugares... ou seja, a lógica do "pagam mais porque levam mais gente" não faz sentido neste caso. Aliás, se fosse este o argumento, então os carros ligeiros comerciais de 2 lugares também deveriam pagar menos!
4 - Os jipes e monovolumes circulam a velocidades semelhantes às dos automóveis ligeiros de passageiros, pelo que o argumento de "empatar o trânsito", que até pode ser válido para camiões e autocarros, neste caso não se aplica;
5- Os jipes e monovolumes são veículos que, de um modo geral, consomem mais combustível que os outros e portanto são mais prejudiciais ao ambiente (nos EUA há mesmo um enorme debate sobre o disparate de gasto de combustível de alguns SUVs). Ou seja, a promoção do uso de jipes e monovolumes é uma medida ambientalmente errada;
6 - Os jipes e monovolumes são normalmente veículos de luxo, com custos médios bastante superiores aos custos médios dos ligeiros de passageiros normais. O que quer dizer que os proprietários dos primeiros em princípio teriam dinheiro mais do que suficiente para poder pagar as portagens mais caras... não é aceitável que a sociedade em geral esteja a ser penalizada para financiar os benefícios de um pequeno grupo de indivíduos cuja riqueza média está provavelmente bem acima da média nacional!!!
7 - O único argumento segundo o qual esta medida poderia ser minimamente aceitável é o do apoio a famílias numerosas... mas nesse caso não seria mais fácil uma aplicação de descontos através da via verde a quem provar estar em condições de os merecer? Ou será que as "discriminações positivas" por esta via só servem quando se pretende argumentar a favor da inclusão de portagens nas SCUTs?
Para terminar, aqui fica uma sugestão para o próximo Ministro dos Transportes: a revogação imediata deste aumento de portagens.
Ouvi hoje na rádio (provavelmente na TSF) que as portagens vão aumentar novamente, desta vez para financiar a descida do valor destas taxas para os monovolumes e jipes!!! Muito sinceramente, estou absolutamente chocado quer com o pós-eleitoralismo cobarde, quer com o carácter intrinsecamente idiota desta medida (quem terá sido o seu "brilhante" autor? eu cá aposto no António Mexia... mesmo no governo Santana poucos políticos possuem uma tão grande estreiteza de vistas!). Desta ideia absurda, resulta que:
1 - Afinal a descida de preços para os monovolumes e jipes não é tão grande como antes se anunciara... caso isto vá para a frente, estes nunca chegarão a beneficiar dos preços actualmente existentes para os veículos de "classe 1", tal como seria legítimo esperar a partir dos anúncios que o (ainda) governo-pimba tão insistentemente propagandeou;
2- Em segundo lugar, é absolutamente ilegítimo que sejam os outros automobilistas a financiar uma medida à qual eles são totalmente estranhos: a presença de jipes e monovolumes nas estradas não só não traz qualquer benefício para os outros carros, como não tem qualquer efeito sobre os custos para a Brisa da sua passagem;
3 - É legítimo dizer que a Brisa andava há alguns anos a cobrar indevidamente valores excessivos aos donos de jipes e monovolumes. Tenho a certeza que se se fizesse um estudo estatístico sério seria facilmente verificável que o número médio de passageiros destas viaturas é muito semelhante aos dos ligeiros de 5 lugares... ou seja, a lógica do "pagam mais porque levam mais gente" não faz sentido neste caso. Aliás, se fosse este o argumento, então os carros ligeiros comerciais de 2 lugares também deveriam pagar menos!
4 - Os jipes e monovolumes circulam a velocidades semelhantes às dos automóveis ligeiros de passageiros, pelo que o argumento de "empatar o trânsito", que até pode ser válido para camiões e autocarros, neste caso não se aplica;
5- Os jipes e monovolumes são veículos que, de um modo geral, consomem mais combustível que os outros e portanto são mais prejudiciais ao ambiente (nos EUA há mesmo um enorme debate sobre o disparate de gasto de combustível de alguns SUVs). Ou seja, a promoção do uso de jipes e monovolumes é uma medida ambientalmente errada;
6 - Os jipes e monovolumes são normalmente veículos de luxo, com custos médios bastante superiores aos custos médios dos ligeiros de passageiros normais. O que quer dizer que os proprietários dos primeiros em princípio teriam dinheiro mais do que suficiente para poder pagar as portagens mais caras... não é aceitável que a sociedade em geral esteja a ser penalizada para financiar os benefícios de um pequeno grupo de indivíduos cuja riqueza média está provavelmente bem acima da média nacional!!!
7 - O único argumento segundo o qual esta medida poderia ser minimamente aceitável é o do apoio a famílias numerosas... mas nesse caso não seria mais fácil uma aplicação de descontos através da via verde a quem provar estar em condições de os merecer? Ou será que as "discriminações positivas" por esta via só servem quando se pretende argumentar a favor da inclusão de portagens nas SCUTs?
Para terminar, aqui fica uma sugestão para o próximo Ministro dos Transportes: a revogação imediata deste aumento de portagens.
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