quarta-feira, março 23, 2005
Não tenho qualquer problema em reconhecer que este assunto é o que parece: uma obsessão. Mas cá vai mais um post:
Teorias da Conspiração
Como devem calcular, tenho conversado e trocado mails sobre a proposta de venda de MNSRM nos hospitais com muita gente. Entre defensores e opositores da medida, médicos, farmacêuticos e outras pessoas com ou sem ligações à área da saúde, há pelo menos uma opinião praticamente constante: esta proposta não é o que parece. Todos vêm esta medida como sendo parte de algo maior e ninguém acredita que esta acção governativa se resuma ao ingénuo acto de simplesmente alargar o número de locais em que se podem vender MNSRM. Aqui ficam algumas das teorias da conspiração que ouvi:
- O que Sócrates pretende é negociar com a ANF um atraso de 3 meses no pagamento da dívida do estado às farmácias. Com esse pequeno atraso seria possível reduzir 1% no défice e deste modo cumprir o PEC sem grande esforço;
- As campanhas do PS e PSD foram fortemente financiadas pelos laboratórios farmacêuticos, que se comprometeram a não aumentar os preços dos medicamentos sujeitos a receita médica obrigatória em troca desta medida, que lhes permitirá ganhar receitas por outra via;
- A campanha eleitoral do PS foi financiada por Belmiro de Azevedo, que sabendo do "pó" que Correia de Campos tem à ANF, aproveitou a oportunidade para realizar um sonho antigo e publicamente assumido em várias ocasiões;
- Como vingança pelo caso das farmácias sociais, Correia de Campos pretende liberalizar o mercado das farmácias. No entanto, como sabe que o estado deve demasiado dinheiro às farmácias, tomou esta medida como primeiro passo, em sintonia com Belmiro de Azevedo e outros gigantes da distribuição. Assim, quando as farmácias do Continente, Feira Nova, etc. estiverem no activo, o governo denunciará o acordo com a ANF e os medicamentos sujeitos a receita médica passarão a ser vendidos pelos hipermercados, com os quais se fará um novo acordo;
- Belmiro de Azevedo exigiu ao PS que tomasse esta medida antes de liberalizar a propriedade e instalação de farmácias, pois caso contrário não teria tempo de montar a sua própria rede e as multinacionais tomariam conta do mercado;
- Esta medida foi negociada com a ANF como contrapartida para a manutenção do acordo;
- A ANF está a estimular as gasolineiras a lutarem pela venda de MNSRM como forma de avacalhar a discussão. Os próximos a pedirem autorização para vender estes medicamentos serão os pequenos comerciantes e retalhistas (mercearias, cafés, etc.) e depois virão os clubes de futebol;
- Correia de Campos só aceitou fazer parte do governo depois de obrigar Sócrates a incluir esta medida no discurso de tomada de posse. Trata-se apenas de uma medida esporádica que não vai ter mais consequências e só foi tomada pela necessidade de vingança pessoal de Correia de Campos, que se sentiu humilhado e ridicularizado no caso das farmácias sociais.
Como é óbvio, espero que tudo isto seja mentira!!!
Teorias da Conspiração
Como devem calcular, tenho conversado e trocado mails sobre a proposta de venda de MNSRM nos hospitais com muita gente. Entre defensores e opositores da medida, médicos, farmacêuticos e outras pessoas com ou sem ligações à área da saúde, há pelo menos uma opinião praticamente constante: esta proposta não é o que parece. Todos vêm esta medida como sendo parte de algo maior e ninguém acredita que esta acção governativa se resuma ao ingénuo acto de simplesmente alargar o número de locais em que se podem vender MNSRM. Aqui ficam algumas das teorias da conspiração que ouvi:
- O que Sócrates pretende é negociar com a ANF um atraso de 3 meses no pagamento da dívida do estado às farmácias. Com esse pequeno atraso seria possível reduzir 1% no défice e deste modo cumprir o PEC sem grande esforço;
- As campanhas do PS e PSD foram fortemente financiadas pelos laboratórios farmacêuticos, que se comprometeram a não aumentar os preços dos medicamentos sujeitos a receita médica obrigatória em troca desta medida, que lhes permitirá ganhar receitas por outra via;
- A campanha eleitoral do PS foi financiada por Belmiro de Azevedo, que sabendo do "pó" que Correia de Campos tem à ANF, aproveitou a oportunidade para realizar um sonho antigo e publicamente assumido em várias ocasiões;
- Como vingança pelo caso das farmácias sociais, Correia de Campos pretende liberalizar o mercado das farmácias. No entanto, como sabe que o estado deve demasiado dinheiro às farmácias, tomou esta medida como primeiro passo, em sintonia com Belmiro de Azevedo e outros gigantes da distribuição. Assim, quando as farmácias do Continente, Feira Nova, etc. estiverem no activo, o governo denunciará o acordo com a ANF e os medicamentos sujeitos a receita médica passarão a ser vendidos pelos hipermercados, com os quais se fará um novo acordo;
- Belmiro de Azevedo exigiu ao PS que tomasse esta medida antes de liberalizar a propriedade e instalação de farmácias, pois caso contrário não teria tempo de montar a sua própria rede e as multinacionais tomariam conta do mercado;
- Esta medida foi negociada com a ANF como contrapartida para a manutenção do acordo;
- A ANF está a estimular as gasolineiras a lutarem pela venda de MNSRM como forma de avacalhar a discussão. Os próximos a pedirem autorização para vender estes medicamentos serão os pequenos comerciantes e retalhistas (mercearias, cafés, etc.) e depois virão os clubes de futebol;
- Correia de Campos só aceitou fazer parte do governo depois de obrigar Sócrates a incluir esta medida no discurso de tomada de posse. Trata-se apenas de uma medida esporádica que não vai ter mais consequências e só foi tomada pela necessidade de vingança pessoal de Correia de Campos, que se sentiu humilhado e ridicularizado no caso das farmácias sociais.
Como é óbvio, espero que tudo isto seja mentira!!!
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