<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, julho 22, 2005

O lado mais preocupante da saída de Campos e Cunha não é a saída de Campos e Cunha. São os motivos pelos quais ela aconteceu que verdadeiramente constituem razão de preocupação.
Campos e Cunha não tinha autoridade moral para ser ministro das finanças: por muito competente que seja, ninguém que receba do estado uma reforma de 8000 euros por 6 anos de trabalho pode pedir o mínimo sacrifício que seja aos portugueses. E essa era uma mancha da qual o ex-ministro nunca se iria livrar. Para além disso, Campos e Cunha cometeu o gravíssimo erro de subir o IVA de 19% para 21% e mostrou-se frouxo a actuar do lado da despesa.
No entanto, Campos e Cunha tinha razão nos casos que acabaram por lhe custar a cabeça: a Ota e o TGV são dois projectos megalómanos, desnecessários e cuja construção é um erro monumental, pelo menos nesta fase. Qualquer ministro das finanças com bom senso seria contra eles. E é preocupante que o primeiro-ministro não tenha tido a coragem de os parar (aliás, ao que parece, passou-se precisamente o contrário).

follow me on Twitter
Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?