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terça-feira, novembro 22, 2005

O Caso do Hospital de Salreu

Tenho evitado falar no "caso hospital", por uma questão de prudência: aprendi a desconfiar dos estudos que se fazem (por uma questão académica e por mais credíveis que sejam as fontes) e sobretudo não gosto de falar de assuntos sobre os quais não disponho de toda a informação. De qualquer modo, o caso é complicado. Todos os que trabalham na área da saúde nesta região têm conhecimento de alguns dos profundos problemas que afectam o hospital e que se mantêm desde há vários anos. Para os resolver será necessária uma enorme dose de coragem política e firmeza, pois estamos a falar de situações que afectam toda a rede de cuidados de saúde e que deveriam ser resolvidas numa lógica global de integração dos diversos níveis de cuidados. Temos um Centro de Saúde com excelentes condições físicas e humanas que estão subaproveitadas e um hospital cuja produção se parece aproximar mais da de um SAP que funcione 24 horas do que da produção hospitalar tradicional. O problema não ocorre só em Estarreja, mas em todo o país. No tempo em que Correia de Campos pensava seriamente no que fazia (2001), houve um esboço de tentativa de iniciar um processo de racionalização e optimização dos equipamentos hospitalares existentes, integrando as autarquias no processo. No entanto, tudo isso se perdeu e para já o ministro da Saúde parece estar apenas entretido com a ANF e danças de médicos nos hospitais de Lisboa. No entanto, tal como escrevi em 2003 (aquando da nomeação de Olinto Ravara), independentemente das razões da nomeação de administradores hospitalares serem ou não políticas, há pelo menos algumas exigências que devemos fazer sempre: a de serem pessoas com experiência na área da Saúde, formação adequada e competência técnica para o efeito. Sem isso, e sem o correspondente apoio político das ARS, não podemos esperar milagres. Até porque, como se pode verificar, eles não aparecem.

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