quinta-feira, dezembro 22, 2005
Andam por aí muitas virgens ofendidas a especular sobre as verdadeiras razões pelas quais Scolari não convoca Baía e João Pinto para a selecção. Aqui fica a teoria do óbvio:
- A exclusão de João Pinto é óbvia: Scolari chegou à selecção depois do mundial da Coreia e João Pinto nessa altura estava suspenso. A selecção portuguesa estava associada a uma imagem de indisciplina e a jogadores temperamentais (Euro 2000, Mundial 2002). Neste contexto, a exclusão de um jogador muito associado a esta mentalidade surge como algo de previsível e até óbvio à luz dos mais elementares princípios de gestão de pessoas;
- A questão de Baía é algo diferente e prende-se com duas razões fundamentais: em primeiro lugar, e por uma questão de afirmação, Scolari tinha que escolher um jogador para não convocar (na selecção do Brasil era Romário) e mostrar-se forte e resistente a pressões. Por outro lado, quando chegou à selecção, Scolari encontrou Ricardo em boa forma e Baía a ser relegado para o banco do FCP nos primeiros tempos de Mourinho (que curiosamente também o estava a utilizar para se afirmar no balneário...). Assim, e porque Baía é um jogador influente junto dos companheiros e que não convive facilmente com o banco de suplentes, Scolari transformou a necessidade de afirmação em teima e chegou a um ponto em que já não pode voltar atrás.
PS - Eu até acho que Baía devia ser convocado. Tecnicamente é semelhante a Ricardo, mas tem melhor imprensa e auto-confiança. Ao primeiro frango, Ricardo deprime-se e Baía fica na mesma. E isso num guarda-redes faz toda a diferença.
- A exclusão de João Pinto é óbvia: Scolari chegou à selecção depois do mundial da Coreia e João Pinto nessa altura estava suspenso. A selecção portuguesa estava associada a uma imagem de indisciplina e a jogadores temperamentais (Euro 2000, Mundial 2002). Neste contexto, a exclusão de um jogador muito associado a esta mentalidade surge como algo de previsível e até óbvio à luz dos mais elementares princípios de gestão de pessoas;
- A questão de Baía é algo diferente e prende-se com duas razões fundamentais: em primeiro lugar, e por uma questão de afirmação, Scolari tinha que escolher um jogador para não convocar (na selecção do Brasil era Romário) e mostrar-se forte e resistente a pressões. Por outro lado, quando chegou à selecção, Scolari encontrou Ricardo em boa forma e Baía a ser relegado para o banco do FCP nos primeiros tempos de Mourinho (que curiosamente também o estava a utilizar para se afirmar no balneário...). Assim, e porque Baía é um jogador influente junto dos companheiros e que não convive facilmente com o banco de suplentes, Scolari transformou a necessidade de afirmação em teima e chegou a um ponto em que já não pode voltar atrás.
PS - Eu até acho que Baía devia ser convocado. Tecnicamente é semelhante a Ricardo, mas tem melhor imprensa e auto-confiança. Ao primeiro frango, Ricardo deprime-se e Baía fica na mesma. E isso num guarda-redes faz toda a diferença.
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