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terça-feira, janeiro 31, 2006

Agora com um pouco mais de tempo, algumas notas soltas:

Não sou dos que ficaram em estado de choque com a vitória do Hamas (porque é que toda a gente pronuncia esta execrável palavra com sotaque francês?). Aliás, acho que esta organização até tem uma vantagem em relação à OLP tradicional (hoje Al-Fatah): pelo menos com eles o terrorismo é promovido claramente e sem ser pela calada... e se o Hamas eventualmente se comprometer em acabar com os ataques suicidas a sua incidência será mesmo reduzida, ao contrário do que acontecia quando Arafat exercia a sua liderança de dupla personalidade em que se apresentava como pomba melodramática à comunidade internacional e pela calada enviava os mártires de Al-Aqsa e outros que tais explodirem autocarros de crianças.
Além disso, há algo que nos devemos habituar a respeitar: quando Israel identifica um problema para a sua subsistência, resolve-o clara e eficazmente, sem quaisquer tipos de subterfúgios. São exemplos disso o bombardeamento e consequente destruição do reactor nuclear iraquiano (pelos vistos, a única ocasião em que Saddam constituiu um verdadeiro perigo para o Ocidente...) e os mísseis personalizados para o sheik Yassin e outras personalidades igualmente recomendáveis. Muito provavelmente, os israelitas sabem (melhor que ninguém...) que com o Hamas finalmente encontraram um interlocutor com legitimidade (e talvez até capacidade) para fazer prevalecer um eventual acordo. Resta saber se ele algum dia existirá...

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