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quinta-feira, janeiro 26, 2006

De facto, quando se lê um texto, cada um lê o que quer. Se excluirmos os juízos de valor sobre a intervenção do grupo do PS na última AM e sobre o que eu próprio aqui escrevi, o José Matos apenas demostrou que está de acordo comigo. E para que não restem dúvidas: nem hoje, nem em nenhuma das anteriores discussões sobre o orçamento eu culpei JEM pela forma como o orçamento é feito (e eu nem sequer sou um indivíduo particularmente simpático para o nosso Presidente da Câmara...). A culpa é dos gajos que inventaram o POCAL!!! (confesso que pensava que já tínhamos ultrapassado esta lamentícia fase da discussão...)
O que eu sempre disse e escrevi (ouça-se a gravação da AM em que se discutiu o orçamento de 2005...) é que seria importante existir uma "versão B" do orçamento que, sem os constrangimentos da estupidez legislativa, explicasse verdadeiramente quanto é que a Câmara pensa gastar e em quê.
O orçamento é uma carta formal de intenções. Quando o orçamento de um ano é superior à despesa do ano anterior, isso deveria significar que formalmente a Câmara tem intenção de gastar mais. E penso que foi isso que o PS quis criticar.
No entanto, reconheço que nas autarquias o orçamento é uma carta com 50% ou 55% de intenções verdadeiras e 45% de intenções falsas (e que só lá estão por causa das regras do POCAL) ou frustradas.
Ou seja:
- Tem razão o PS quando diz que a CME tem intenção formal de gastar mais em 2006 que em 2005 (e o orçamento é a prova documental disso mesmo);
- Tem razão o Zé Matos quando diz que essa intenção na realidade não existe (e deste modo descredibiliza o orçamento que ele próprio aprovou...);
- O actual reconhecimento de que o orçamento é um documento virtual contrasta com os tempos em que JEM e seus pares se vangloriavam (na rádio, boletins municipais, jornais locais, etc.) do "maior orçamento de sempre"...

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