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sexta-feira, maio 05, 2006

A proposta de sobrecarregar fiscalmente os casais sem filhos recorda os doces tempos do governo Santana, em que as ideias saiam directamente do improviso da imaginação do Primeiro-Ministro para o Diário da República, onde apesar de tudo chegavam já bastante mutiladas e reviradas... aqui fica um apanhado de razões pelas quais esta proposta é uma idiotice:
- Porque o Estado não deve legislar sobre os costumes das pessoas - ter ou não ter filhos é um direito de cada um e ninguém deve ser prejudicado pelas suas escolhas... não vivemos na China!
- Porque em vez de discriminar positivamente os casais com mais filhos, o governo preferiu punir os que não podem ou não querem ter filhos;
- Porque a ideia é socialmente injusta para os casais inférteis;
- Porque a ideia é socialmente injusta para as famílias monoparentais;
- Porque a ideia é socialmente injusta para os casais divorciados;
- Porque a ideia é socialmente injusta para os homossexuais.
Ou seja, em vez de promover medidas capazes de ajudar os que gostariam de ter mais filhos (como o reforço do apoio social, flexibilização de horários laborais, etc.), o governo propõe-se atacar fiscalmente aqueles que não têm nada a ver com o assunto, ao mesmo tempo que exclui dos benefícios as habituais franjas de excluídos sociais: casais inférteis, mães solteiras, casais divorciados, homossexuais, etc.
Alguém quer apostar que esta proposta não vai ser aprovada nos termos agora divulgados?

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Comments:
Pelo que li, o que se pretende é a discriminação positiva dos casais com mais filhos, através de mais subsídios e outras cenas. Não um agravamento da carga fiscal dos que não os têm. Hoje apeteceu-me escrever normalmente.
 
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