quarta-feira, julho 26, 2006
E se um exército de indivíduos suicidas que juraram destruir o vosso país, armados até aos dentes e com um arsenal de 13.000 mísseis apontados às vossas principais cidades, decidisse estacionar junto às vossas fronteiras? E se, além disso, esses indivíduos começassem a raptar e matar soldados, além de enviarem um ou outro míssil ocasional que matasse mais meia dúzia de pessoas de cada vez? Neste contexto, o que é que cada um de nós consideraria uma resposta "exagerada"?
PS - É óbvio que a actual situação entre Israel e o Líbano foi deliberadamente provocada pelo Irão, por todos os motivos que se conhecem. Deliberadamente, Israel caiu na esparrela e está a fazer o trabalho sujo que todos gostariam de assumir e poucos têm condições políticas para o fazer. Sim, porque a derrota do Hezboullah (e indirectamente, do Irão em particular e dos guerrilheiros xiitas em geral) dará muito jeito a vários outros actores da região.
PS - É óbvio que a actual situação entre Israel e o Líbano foi deliberadamente provocada pelo Irão, por todos os motivos que se conhecem. Deliberadamente, Israel caiu na esparrela e está a fazer o trabalho sujo que todos gostariam de assumir e poucos têm condições políticas para o fazer. Sim, porque a derrota do Hezboullah (e indirectamente, do Irão em particular e dos guerrilheiros xiitas em geral) dará muito jeito a vários outros actores da região.
Comments:
Ao contrário da opinião expressa no post, acho que o facto de Israel cair na esparrela está a servir às mil maravilhas à Síria e Irão, se não vejamos:
1 - A Síria tinha sido escorraçada do Líbano, o qual tinha pela primeira vez em muitos anos um governo anti-sírio;
2 - O Irão estava a ser pressionado por causa da sua corrida ao armamento;
Com estes desenvolvimentos, vejamos o que aconteceu:
1.1 - O governo libanês perdeu a sua autoridade e quem sai a vencer da situação actual é o Hezbollah pois é visto como "O defensor da pátria"
1.2 - Em caso de invasão israelita do Líbano, o mais certo será a Síria regressar para "proteger os irmãos libaneses do agressor sionista"
2 - Já ninguém fala na corrida ao nuclear do Irão...
A melhor arma para combater os extremistas islâmicos chama-se Paz e Desenvolvimento.
Guerra é o que eles pretendem para assim legitimarem a sua política de obscurantismo.
1 - A Síria tinha sido escorraçada do Líbano, o qual tinha pela primeira vez em muitos anos um governo anti-sírio;
2 - O Irão estava a ser pressionado por causa da sua corrida ao armamento;
Com estes desenvolvimentos, vejamos o que aconteceu:
1.1 - O governo libanês perdeu a sua autoridade e quem sai a vencer da situação actual é o Hezbollah pois é visto como "O defensor da pátria"
1.2 - Em caso de invasão israelita do Líbano, o mais certo será a Síria regressar para "proteger os irmãos libaneses do agressor sionista"
2 - Já ninguém fala na corrida ao nuclear do Irão...
A melhor arma para combater os extremistas islâmicos chama-se Paz e Desenvolvimento.
Guerra é o que eles pretendem para assim legitimarem a sua política de obscurantismo.
Caro kimikkal: concordo contigo em praticamente tudo o que escreveste. Só não tenho tanta certeza da eficácia da paz e desenvolvimento: no mundo árabe estão alguns dos países mais ricos do mundo e sobre paz e desenvolvimento estamos mais que conversados... Por outro lado, o "poderoso" Estado de Israel é do tamanho do Alentejo, não tem petróleo e é a única democracia da região.
Caro Vladimiro: Eu não disse "Paz e Riqueza" mas sim "Paz e Desenvolvimento", são coisas diferentes.
A Riqueza per si não resolve nada se não houver quem a saiba utilizar, basta olhar para dois exemplos no Médio Oriente, O Dubai e a Arábia Saudita.
Ambos podre de ricos mas no entanto um (Arábia Saudita) continua tão fechado como o Irão. E o estilo de vida faraónico de muitos dos seus cidadãos deve-se apenas e só ao petróleo.
Já o Dubai usou as receitas do petróleo para se modernizar e investir noutras fontes de riqueza, nomeadamente o Comércio e o Turismo. Neste momento o petróleo fornece apenas 6% das receitas do Emirado.
É certo que não existe Democracia e é conhecida a polémica da discriminação dos imigrantes, mas no entanto existem outras liberdades que nos seus vizinhos são impensáveis: Liberdade Religiosa, Vida Nocturna, aproximação ao estilo de vida ocidental, etc.
Desenvolvimento não passa só por ter muito dinheiro ou ter um regime democrático (ex: Iraque), é muito mais que isso.
Para mais informações ir a: http://en.wikipedia.org/wiki/Dubai.
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A Riqueza per si não resolve nada se não houver quem a saiba utilizar, basta olhar para dois exemplos no Médio Oriente, O Dubai e a Arábia Saudita.
Ambos podre de ricos mas no entanto um (Arábia Saudita) continua tão fechado como o Irão. E o estilo de vida faraónico de muitos dos seus cidadãos deve-se apenas e só ao petróleo.
Já o Dubai usou as receitas do petróleo para se modernizar e investir noutras fontes de riqueza, nomeadamente o Comércio e o Turismo. Neste momento o petróleo fornece apenas 6% das receitas do Emirado.
É certo que não existe Democracia e é conhecida a polémica da discriminação dos imigrantes, mas no entanto existem outras liberdades que nos seus vizinhos são impensáveis: Liberdade Religiosa, Vida Nocturna, aproximação ao estilo de vida ocidental, etc.
Desenvolvimento não passa só por ter muito dinheiro ou ter um regime democrático (ex: Iraque), é muito mais que isso.
Para mais informações ir a: http://en.wikipedia.org/wiki/Dubai.