quinta-feira, setembro 28, 2006
A Autoridade da Concorrência (AdC) é muito provavelmente uma das maiores fraudes que existem na democracia portuguesa.
A primeira vez em que reparei na sua existência foi quando Abel Mateus (o Presidente da AdC) anunciou publicamente as conclusões de um estudo sobre o sector farmacêutico que ainda nem sequer se tinha iniciado. O tempo passou, a AdC subcontratou um grupo de universitários sem grande conhecimento da matéria, que no prazo previsto produziram um trabalho profundamente enviezado e conduzido apenas por critérios políticos. No entanto, apesar de tudo, o conteúdo do tal estudo não parecia apontar para as conclusões previamente anunciadas por Abel Mateus, pelo que foi necessária a introdução de um "Resumo Executivo" de carácter político e sem qualquer tipo de fundamentação, de modo a compôr o ramalhete e deste modo satisfazer o pedido do cliente (o Ministério da Saúde).
Passado algum tempo a AdC voltou à carga, desta vez com inspecções à ANF e armazéns de distribuição farmacêutica, em perseguição de eventuais práticas monopolistas. Aplaudiu o Prof. Marcelo, rejubilou o Sousa Tavares e esfregou as mãos o Ministro da Saúde. Resultado prático: tal como todos sabiam de antemão, zero. A onda de inspecções surpresa fora apenas uma manobra intimidatória, prévia e indispensável a uma negociação secreta entre a ANF e o Ministério da Saúde.
Entretanto, as gasolineiras lá continuavam (e continuam, qual orquestra afinada) a sua discreta concertação de preços e em relação a empresas como a EDP ou a PT nem valerá a pena falar...
Até que surgiu à AdC um verdadeiro teste à sua real utilidade: a Sonae lançou publicamente a sua OPA à PT, assumindo clara e publicamente que a sua intenção era basicamente vender a PT às peças para pagar a operação e fundir a TMN com a Optimus para dominar o mercado dos telemóveis, precisamente à custa de uma diminuição da concorrência no sector.
Como reagiu a AdC? Da forma que se poderia prever: sem coragem para negar a autorização a Belmiro, impôs à Sonae um pequeno conjunto de medidas ridículas para inglês ver, que curiosamente já poderiam antes ter sido aplicadas à PT, pois praticamente não têm nada a ver com a eventual entrada da Sonae nesta empresa!!!
Com uma AdC destas quem é que ainda tem a lata de dizer que Belmiro é um empresário de coragem? Com amigos destes até eu era corajoso!
A primeira vez em que reparei na sua existência foi quando Abel Mateus (o Presidente da AdC) anunciou publicamente as conclusões de um estudo sobre o sector farmacêutico que ainda nem sequer se tinha iniciado. O tempo passou, a AdC subcontratou um grupo de universitários sem grande conhecimento da matéria, que no prazo previsto produziram um trabalho profundamente enviezado e conduzido apenas por critérios políticos. No entanto, apesar de tudo, o conteúdo do tal estudo não parecia apontar para as conclusões previamente anunciadas por Abel Mateus, pelo que foi necessária a introdução de um "Resumo Executivo" de carácter político e sem qualquer tipo de fundamentação, de modo a compôr o ramalhete e deste modo satisfazer o pedido do cliente (o Ministério da Saúde).
Passado algum tempo a AdC voltou à carga, desta vez com inspecções à ANF e armazéns de distribuição farmacêutica, em perseguição de eventuais práticas monopolistas. Aplaudiu o Prof. Marcelo, rejubilou o Sousa Tavares e esfregou as mãos o Ministro da Saúde. Resultado prático: tal como todos sabiam de antemão, zero. A onda de inspecções surpresa fora apenas uma manobra intimidatória, prévia e indispensável a uma negociação secreta entre a ANF e o Ministério da Saúde.
Entretanto, as gasolineiras lá continuavam (e continuam, qual orquestra afinada) a sua discreta concertação de preços e em relação a empresas como a EDP ou a PT nem valerá a pena falar...
Até que surgiu à AdC um verdadeiro teste à sua real utilidade: a Sonae lançou publicamente a sua OPA à PT, assumindo clara e publicamente que a sua intenção era basicamente vender a PT às peças para pagar a operação e fundir a TMN com a Optimus para dominar o mercado dos telemóveis, precisamente à custa de uma diminuição da concorrência no sector.
Como reagiu a AdC? Da forma que se poderia prever: sem coragem para negar a autorização a Belmiro, impôs à Sonae um pequeno conjunto de medidas ridículas para inglês ver, que curiosamente já poderiam antes ter sido aplicadas à PT, pois praticamente não têm nada a ver com a eventual entrada da Sonae nesta empresa!!!
Com uma AdC destas quem é que ainda tem a lata de dizer que Belmiro é um empresário de coragem? Com amigos destes até eu era corajoso!
Comments:
Enviar um comentário