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quinta-feira, setembro 28, 2006

Foi com perplexidade que li a notícia no site da RVR:

A revelação surgiu já passava da 1 hora desta madrugada, antes de terminar a sessão da Assembleia Municipal. Quando fazia o ponto da situação sobre o caso Ikea, José Eduardo Matos denunciou a apresentação de uma queixa á IGAT, elaborada pelo Partido Socialista de Estarreja e tendo por base a não existência de qualquer lidença nem escritura para a construção dos pavilhões no novo Eco Parque Empresarial. Segundo o autarca, a queixa deu entrada nos serviços da Inspecção Geral da Administração do Território, a 22 de Agosto, numa altura em que a multinacional sueca se preparava para anunciar a localização da sua fábrica. O prazo foi entretanto adiado para o próximo mês. "Enquanto que nós criávamos estruturas para atrair novas fábricas para criar emprego, o PS Estarreja, publicamente mostra-se disponível para colaborar, mas secretamente faz queixa á Igat" refere o autarca. Assim o líder da Câmara conclui que os socialistas estão contra a instalação de empresas no concelho. Na resposta, a líder do PS, Marisa Macedo, subiu à tribuna para questionar se uma simples pergunta, poderá tirar o Ikea de se instalar no concelho, mas nada referiu no que respeita à queixa apresentada.
Está assim lançada mais uma polémica e resta saber o efeito que a queixa na Igat poderá ter ou não em todo o processo.

A notícia foi desmentida pelo grupo do PS na AM, também na RVR:

O Partido Socialista rejeita firmemente a autoria da queixa à IGAT que ontem, foi denunciada na Assembleia Municipal pelo presidente da Câmara de Estarreja. "É totalmente mentira, o PS não apresentou nenhuma queixa a nenhuma entidade sobre o que quer seja, muito menos sobre o parque industrial" diz peremptória Marisa Macedo. Agora o Partido Socialista vai, segundo a sua líder, provar que nada fez neste caso concreto e afirma que "em relacção ao teor da queixa, enquanto não soubermos a decisão do IKEA não nos pronunciamos". Mesmo assim há uma leitura que a chefe do PS "o que nos pareceu é que o sr. presidente já deve saber a decisão e a decisão não deve ser favorável a Estarreja" e daí diz Marisa Macedo "está a tentar atirar culpas para cima do PS".
O certo é que José Eduardo matos foi claro a apontar o dedo á bancada do PS, acusando-os de não querer empresas em Estarreja, nem criar postos de trabalho.
Por fim resta acrescentar que segundo a líder concelhia, os socialistas continuam disponíveis para colaborar com o executivo para tentar assegurar a vinda da multinacional sueca para o eco parque de Estarreja

Sinto-me à vontade para comentar o assunto, pois não estive na AM de ontem, não falei com ninguém que lá tivesse estado e apenas tive conhecimento do caso há dois ou três minutos, precisamente pelo site da RVR.
No entanto, confesso o meu choque: pelo teor da primeira notícia, José Eduardo de Matos não se preocupou em garantir que estaria tudo bem com o Parque Industrial ou em dizer se a tal "queixa" (que não sei se existe, ou sequer quem a apresentou) tem ou não fundamento. Não: JEM tratou, mais uma vez, de "matar o mensageiro".
Investimentos de dezenas de milhões de euros não se fazem à balda, o que faz com que seja muito pouco provável a existência de qualquer associação entre este episódio e a decisão do IKEA. Ou seja, o argumento de JEM faz pouco sentido.
No entanto, confesso que este sacudir a água do capote me deixou preocupado, pois parece que JEM saberá de qualquer coisa que não parece ter a coragem de assumir...

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Comments:
Se o Parque Industrial (que como bem se diz no post custou largos milhões...) está dentro da legalidade, qual é o problema da queixa ao IGAT, seja do PS, seja da CDU, seja do Zé da Tripa?
Se está tudo bem com o Parque Industrial (e já lá vão seis(!) anos desde que este presidente tomou conta do processo...) qual é o receio?
Mas, a ver pelo nervoso miudinho, estará mesmo tudo bem? Querem ver que nos andam a enganar...
 
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