segunda-feira, março 26, 2007
DECO avalia prescrição e dispensa de antibióticos
Farmacêuticos com boa prática profissional
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A DECO publicou na última edição da revista Teste Saúde os resultados de um estudo sobre a prescrição e dispensa de antibióticos em Portugal. Os colaboradores da associação de defesa do consumidor deslocaram-se a várias clínicas, centros de saúde e farmácias queixando-se de dores de garganta e de um ligeiro incómodo ao engolir e solicitando um antibiótico para resolver a situação.
De acordo com os resultados anunciados, entre as 90 farmácias visitadas, apenas oito cederam ao pedido dos “falsos” utentes. O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, José Aranda da Silva, reconhece que, “o resultado é muito positivo, com mais de 91% das farmácias a demonstrar uma intervenção correcta”. Acrescenta ainda que “a Ordem dos Farmacêuticos irá contudo solicitar esclarecimentos sobre as poucas ocorrências identificadas”.
No entanto, o Bastonário da OF considera que “é preciso sensibilizar a população para evitar a toma deste tipo de medicamentos”, propondo à DECO e à Ordem dos Médicos o desenvolvimento de campanhas de informação e sensibilização sobre esta temática de elevado impacto na saúde pública.
Os médicos foram os outros profissionais de saúde também visados pelo estudo da DECO, desta feita, para compreender os seus hábitos de prescrição. De um total de 58 visitas a consultórios privados e nove centros de saúde, “em 37 casos (55%) os profissionais receitaram antibióticos que eram desnecessários para a situação em causa”, revela a DECO.
Refutando os dados do estudo, o Bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, considerou que "os médicos recorrem frequentemente a medicamentos de espectro mais largo, para combater o maior número possível de bactérias, porque não conseguem acompanhar todos os dias os pacientes e têm medo que uma terapêutica menos agressiva falhe".
Etiquetas: Política de Saúde