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quarta-feira, outubro 20, 2010

A propósito de um assunto completamente diferente, um dos mais inteligentes dos meus amigos gostava de citar a "inteligência colectiva" como uma espécie de garantia contra arbitrariedades das classes dirigentes. E é disso mesmo que se trata quando se fala nesta crise, política e orçamental - ninguém aceita ou compreende que o mesmo governo que há um ano (portanto, bem depois do início da crise - e curiosamente antes das eleições...) aumentou os funcionários públicos acima da inflação e se propunha lançar uma série de projectos faraónicos e desnecessários esteja agora a contar migalhas e a cortar as unhas rentes. Nem mesmo a tão propalada incompetência dos políticos nacionais justificaria tamanha imprudência.
Esta é, na sua essência, uma crise de soberania. Todos o sabem, mesmo que poucos se atrevam a reconhecê-lo publicamente. É inaceitável que Angela Merkel governe Portugal e é vergonhoso que os partidos do "arco do poder" o aceitem pacificamente. Entre o regresso ao escudo com a preservação de 10% do ordenado ou a obediência submissa a poderes centralizados e não eleitos que nos bombardeiam fiscalmente, poucos portugueses escolheriam a segunda opção.
No fundo, no fundo, os fazedores de opinião do bloco central são apenas saloios com medo que os grandes lideres europeus pensem mal deles. A inteligência colectiva do povo percebe isso. E o Euro não vale isto.

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