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quarta-feira, setembro 20, 2006

Algumas notas sobre os crimes ambientais de Canelas

- A discussão foi dura mas interessante na seccção de comentários deste post;
- A posição da CME no caso dos peixes envenenados foi diferente da que teve perante as toneladas de bosta despejadas ilegalmente. No caso das montanhas castanhas a CME disse que se tratava de um caso de polícia e passou a batata quente à GNR e à Brigada Ambiental, argumentando que a única coisa que poderia fazer era apresentar a correspondente queixa (esquecendo-se que uma queixa às autoridades pode ser apresentada por qualquer cidadão e que dos órgãos autárquicos locais se espera uma capacidade de actuação maior). Perante a reportagem da TVI e os milhares de peixes mortos no esteiro de Canelas, o discurso da CME já foi diferente e o Vice-Presidente Abílio Silveira anunciou publicamente a sua intenção de garantir que "o crime não compensa". Ou seja, foi necessária a morte de alguns milhares de peixes para a CME acordar para o problema e assumir claramente a necessidade de fazer algo mais que a simples apresentação de uma queixa na polícia (é por isto que o José Matos terá que escolher: ou defende a primeira estratégia da CME - o silêncio -, ou critica o Vice-Presidente da CME por este estar a extravazar as suas funções);
- Não me parece aceitável que a CME esteja à espera do Ministério do Ambiente para resolver este problema: foi uma ETAR (entidade pública) quem "produziu" as toneladas de bosta que hoje poluem os campos e esteiro de Canelas e sabe-se que há empresas certificadas pelo Ministério do Ambiente envolvidas no crime. Ou seja, o Ministério do Ambiente é um dos culpados do crime! Se vamos ficar à sua espera para resolver o problema, bem poderemos aguardar sentados, para além de estarmos a pôr a raposa a guardar as galinhas!!!
- Por último: onde é que andam as associações ambientalistas do concelho de Estarreja, que outrora nasciam como cogumelos? Que gente é esta que apenas aparece quando há televisão e que perante os verdadeiros crimes ambientais encolhe as orelhas e assobia para o lado?

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Comments:
Ó Vladimiro

Então o vice-presidente por dizer que o crime não deve compensar está a extravsar as suas funções?

Então agora o homem não pode falar? Essa é boa.

É claro que o discurso dele foi de circunstância.

Se falou pouco da primeira e muito da segunda pouco interessa para a resolução do caso. O que interessa é que o caso seja resolvido e os infractores punidos.

É que às vezes parece que andamos aqui preocupados em ver quantas vezes um tipo aparece num jornal ou na TV, como se isso resolvesse alguma coisa.

Quanto à tua teoria do crime ambiental do ministério essa é demais.

A ETAR confia as lamas a uma empresa licenciada que a partir daí é respnsável pelo destino das mesmas.

Eu já meti os decretos no meu blogue. É só ler a lei para perceber que esta teoria não tem qualquer sentido.

Um abraço


 
Vejo que o Zé Matos até já sabe que a empresa é licenciada...
E vejo que o Zé Matos conhece os decretos...
E sei que ele sabe que trampa permanece em Canelas...
E também sei que ele sabe que a Câmara comeu com ela e calou...
E também sei que ele sabe que a Câmara é a entidade responsável pela gestão do município, ambiente incluído...

O que eu não sei, apesar de reconhecer o heroísmo com que mantém desembainhada a espada contra quem quer que diga que ainda sente o cheiro, é se ele conseguirá ajudar o presidente a manter-se à tona do monte de trampa que não foi capaz de evitar.
A obrigação de autarca, essa, já se afundou em montes anteriores...
 
Peço desculpa pelo abuso, mas julgo que isto é uma achega importante para a discussão em causa.
O site da Quercus (www.quercus.pt) no item "denúncias" tem conselhos acerca do que fazer perante atentados ambientais. Com o número da linha SOS-AMBIENTE e tudo (disponível 24 horas: 808 200 520)
Já agora vale a pena lá ir e comparar com as teorias de alguns lunáticos que se lêem por aí.
É, também, muito interessante ver o que é que eles entendem por "entidades competentes".
E é muito gratificante ver que ao menos os cidadãos (sobretudo o Notícias da Aldeia, o Sem Rumo e este mesmo blog) fizeram o que tinham a fazer.
 
O meu amigo continua a não querer ler a lei. É pena, pois gostava que me dissesse qual era a lei em Agosto que dava competências à câmara nessa matéria? É que fala com tanta certeza que aposto que deve ter por aí algum decreto escondido.

Mas continuo sem perceber a razão desse ódio contra a câmara. Será que custa assim tanto perder eleições?

Um abraço


 
O sr. Zé matos é mais teimoso do que alguns dos que têm fama...
Pela última vez: não é uma questão de ódio, é uma questão de trampa... Ou melhor, há trampa depositada a granel em Canelas. Se não é a Câmara a tomar conta da terra quem é que o faz? O pessoal dos blog's, como tem acontecido…?
Também o esclareço de que não sou eu o autor do site da Quercus. Por isso se tem alguma coisa contra aquilo que eles consideram "entidades competentes" enerve-se com eles. Mas já agora, por uma questão de decoro, não lhes diga que eles têm ódio à Câmara...

E já agora, porque a ideia foi sua e por isso estamos todos à espera, já publicou estes meus posts no seu blog ou está a fazer-se esquecido da oferta?
 
Caro Amigo

Você continua a repetir a mesma cassete. É que o meu amigo diz o que toda a gente já sabe. Que há lamas em Canelas já toda a gente sabe. Que não compete à câmara instaurar qualquer processo contra os culpados já o meu amigo devia saber se lesse a lei que se aplicava na altura.

Como também já devia saber que é Ministério do Ambiente e o Sepna que tem competência de actuação a esse nível.

Até lhe digo mais. A câmara nem sequer pode entrar na propriedade dos agricultores e tirar de lá as lamas. E sabe porquê? Porque é propriedade privada e câmara não tem cobertura legal para o fazer.
Portanto, isto o meu amigo devia saber. Mas não continua a repetir a mesma coisa.

Quanto à Quercus não entendi a sua ideia? Não percebi mesmo nada? Andei no site e não vi nada de especial.

Agora quanto a si é realmente um caso de obsessão contra a câmara.

Tudo porque o PS perdeu as eleições. Mas que diabo custa assim tanto estar na oposição?

Quanto ao resto já lhe respondi noutra caixa. Na verdade isto é uma conversa em que o meu amigo repete sempre a mesma coisa. E quando lhe peço para dizer como fazia o meu amigo nunca diz. Assim não vale a pena.

Faço-lhe um desafio. Apareça na próxima Quarta na reunião da Assembleia Municipal (isto partindo do princípio que o meu amigo já não tem lá assento).

Exponha a sua revolta. Estaremos lá todos para o ouvir.

É que falar sobre anonimato é muito bonito, pois dizermos tudo o que queremos e nos apetece e não temos que assumir nada. Assim é fácil. Mas sendo o meu amigo um cidadão tão empenhado não ficava mal dar a cara por aquilo em que acredita.

É isso que eu sempre fiz, mesmo quando estava na oposição. É isso que nos distingue claramente. É que não me escondo atrás de um nome falso para falar.

Mas olhe já não tenho tempo nem para paciência para estas conversas. É que assim não vamos a lado nenhum e só chateamos os leitores. Até sempre.

Um abraço

Zé Matos
 
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