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quinta-feira, outubro 26, 2006

O comunicado com a posição do Presidente da Câmara de Estarreja sobre o Caso IKEA globalmente até nem está mal feito. No entanto, estranha-se a ausência de referência aos grandes amigos de outrora (a API, que segundo a comunicação social, terá tido um papel decisivo no processo) e sobretudo a brandura da reacção. O que se passou é muito grave, é ilegal e justificaria uma atitude pública de firmeza da parte da Câmara Municipal de Estarreja. Além disso, vem acrescentar mais um capítulo à já longa série de afrontas ao concelho de Estarreja verificadas nos últimos tempos:
- IC1/A29 construída a nascente enquanto José Eduardo de Matos a garantia a poente do concelho;
- Perda da ligação directa do Eco-Parque ao IC1/A29 (que constava do projecto inicial);
- Não financiamento do Eco-Parque por parte do Estado;
- Abandono do Eco-Parque por parte da API;
- Criação de portagens no IC1/A29;
- Mais que provável encerramento da Urgência do Hospital Visconde de Salreu;
- Descargas poluentes em vários pontos do concelho perante a passividade do Ministério do Ambiente e da própria CME.
Até quando é que isto vai durar? Fica-se com a sensação de que o concelho vive em permanente crise política e que tudo corre mal a JEM. Com o fim das obras e projectos herdadas dos mandatos anteriores a actividade da CME parece ter ficado reduzida à Escola Municipal de Desporto e a ocasionais colaborações em festas e passeios da terceira idade. A própria página dedicada aos projectos actualmente promovidos pela Câmara impressiona pela sua pobreza (qualquer pequeno arranjo é um "projecto"), falta de novidades (o Eco-Parque vem dos tempos em que o PS estava na Câmara...) e sentido estratégico. É especialmente ridícula (e desesperada!) a ideia faraónica do novo complexo de piscinas (que felizmente não acredito que algum dia possa ser concretizada). É constrangedor ver que a promoção do Eco-Parque (que no passado era apresentado como ponta de lança da API para o desenvolvimento económico nacional) ficou reduzida a meia dúzia de ideias vagas e imprecisas num canto da página da internet da CME.
Não se vislumbram dias felizes para o concelho de Estarreja e sobretudo não se percebe de que forma é que José Eduardo de Matos poderá obrigar o governo a pagar pelo que tem feito nos últimos tempos. Não me parece que com comunicados suaves se consiga alguma coisa. É necessário criar projectos viáveis e estimulantes para o governo se poder retractar do mal feito. Seguramente que não é através da construção de elefantes brancos que isso será possível...

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