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quinta-feira, outubro 19, 2006

O Hospital Visconde de Salreu

Ontem à noite houve uma Assembleia Municipal para discutir este tema. Como não estive presente nem falei com ninguém que lá tivesse estado (o que é que se passa com o site da Rádio Voz da Ria?), considero-me livre de influências para dar a minha opinião, que passo a resumir:
- O primeiro facto de que todos nos devemos lembrar é que esta é uma luta pela manutenção de algo que não existe - sim, porque não se pode dizer que exista um verdadeiro Serviço de Urgência no HVS - o que lá funciona durante 24 horas é um SAP de reduzidas dimensões (normalmente e segundo julgo saber, 1 médico e 1 enfermeiro por noite);
- Da alínea anterior resulta que as verdadeiras urgências que ocorrem na área abrangida pelo HVS já estão a ser tratadas noutros hospitais...
- ...e também que as funções de prevenção e protecção contra um desastre industrial em Estarreja têm sido negligenciadas;
- Ou seja, sob a perspectiva do SNS, não faz qualquer sentido a criação de um Serviço de Urgência no HVS, pois ele ainda não existe e não são conhecidas posições públicas de reivindicação da sua necessidade;
- Deste modo, a estratégia de argumentação seguida pela Câmara Municipal de Estarreja e pela Assembleia Municipal até ao momento é errada e está condenada ao insucesso;
- A única forma de defender a criação de um verdadeiro SU no HVS é mostrar ao governo que o HVS não pode ser encarado como parte da normal rede de hospitais do SNS, mas sim como uma unidade fundamental e condição indispensável à existência de um complexo industrial de importância estratégica para o país;
- Esta condição industrial excepcional de Estarreja até já foi reconhecida legislativamente pelo governo da nação - o tão falado PEDRAE (Programa Específico de Desenvolvimento e Requalificação Ambiental de Estarreja - depacho ministerial publicado no DR II Ser. Nº 211 de 19/9/95, da autoria conjunta dos Ministros do Planeamento e Administração do Território, da Indústria e Energia e do Ambiente e Recursos Naturais);
- Neste sentido, e depois das recentes facadas do governo no Parque Eco-Empresarial de Estarreja (perda da ligação ao IC1/A29, introdução de portagens no IC1/A29, não financiamento da construção do Parque, desleixo e abandono do projecto por parte da API, perda de investimentos importantes como por exemplo o IKEA), o mínimo que se pode dizer é que Estarreja neste momento é um concelho fortemente credor do investimento público.

Ou seja, na minha opinião a luta pela criação de um verdadeiro SU no HVS só faz sentido se for assente numa forte especialização contra desastres industriais e sempre sob a perspectiva do Hospital enquanto parte integrante e indissociável de uma realidade industrial e empresarial única, específica e de interesse estratégico para o país.

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