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segunda-feira, outubro 30, 2006

Só agora li este texto que o José Matos publicou na passada sexta-feira, a que passarei a responder:
- O motivo pelo qual eu não tenho participado nas Assembleias Municipais é, em primeiro lugar, óbvio: eu não fui eleito deputado municipal e sou apenas o segundo suplente da lista. Ou seja, desde que o actual mandato se iniciou, só em três ocasiões é que eu poderia ter ido à AM. O motivo pelo qual eu não fui nesses 3 dias é infelizmente pouco interessante sob o ponto de vista político e tem a ver apenas com constrangimentos diversos relacionados com a minha vida pessoal, profissional e académica. Não há o mínimo significado político nas minhas três faltas justificadas! Apoio clara e publicamente o actual grupo do PS na AM e a sua líder, Marisa Macedo. Voltarei à AM se houver ocasião para isso: duas faltas entre os actuais deputados e disponibilidade de tempo da minha parte. Entretanto, não me envergonho de o dizer, prefiro a blogosfera: aqui escrevo o que calha, sem tempos condicionados, à hora que me apetece e sem grandes preocupações literárias!
- Eu acho que é muito provável que seja ilegal que o governo autorize a construção de 3 fábricas numa zona de RAN e REN (mesmo que alterada à última hora) e que interfira com um processo como o do IKEA, actuando legislativamente para favorecer um município em detrimento de outros dois. Aliás, o próprio comunicado da CME é bastante claro neste ponto quando diz "A Administração Pública não pode agir ou emitir pareceres em violação dos princípios da imparcialidade e da legalidade", " O Governo não pode pactuar com ilegalidades e parcialidades" ou mesmo "Em nome desse assumido interesse nacional, o Município de Estarreja não tomou medidas cautelares que pudessem pôr em causa a vinda para Portugal do IKEA". Ou seja, caro José Matos, estranho muito o teu desacordo comigo e com José Eduardo de Matos! Quem diria que um dia chegaríamos a isto!!!
- Não conheço o estudo sobre a piscina, mas seria interessante que a CME o disponibilizasse à população no seu site, juntamente com a propaganda aos seus "projectos". Até lá, dou o benefício da dúvida por uma questão meramente académica, embora me pareça muito difícil que a construção de uma nova piscina seja economicamente mais favorável que a manutenção da actualmente existente;
- Noto que a noção de obrigar o governo a compensar o concelho por tudo o que se tem passado nos últimos tempos aflige o José Matos: tal como eu, é com muita dificuldade que se imagina o actual executivo camarário a ir a Lisboa dar um murro na mesa de Sócrates ou a tomar uma posição de força;
- Verifico que o José Matos acaba implicitamente por reconhecer a inexistência de projectos estratégicos para o desenvolvimento do concelho, pois não os refere quando responde às minhas críticas sobre a pobreza de ideias apresentadas publicamente pela CME.

PS - Aproveito a deixa e comento também este texto do José Cláudio Vital, com o qual, caso não se perceba, eu até concordo. As minhas críticas vão para a forma passiva como José Eduardo de Matos tem deixado as coisas acontecerem, sem que se veja uma reacção da sua parte. No passado também tivemos governos adversos para o concelho: Cavaco Silva não se dava com Lurdes Breu, Guterres tinha o relacionamento que se conhece com o anterior Presidente da Câmara,... ou seja, governos difíceis há muitos: é preciso é saber viver com eles e convencê-los dos méritos das nossas propostas. É por isso que eu trouxe a debate o tema dos projectos - perante tudo o que se tem passado, o concelho de Estarreja está fortemente credor e esta seria uma excelente ocasião para aprovar projectos meritórios e de interesse estratégico. No entanto, o que é que José Eduardo de Matos tem para apresentar? Outra piscina ?! Por favor...!

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