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quarta-feira, novembro 15, 2006

Sobre o fim da Parquesta, algumas (re)considerações:
- Estarreja teve durante muitos anos um grave problema industrial: o único Parque existente era controlado pelo Estado, através do IPE e da Quimiparque e era gerido de uma forma absolutamente contrária aos interesses do concelho - a lógica de gestão da Quimiparque sempre foi a maximização do seu próprio lucro e não o desenvolvimento económico de Estarreja, o que fez com que o Estado fosse desta forma responsável pela perda de inúmeros investimentos, quer especificamente em Estarreja, quer em Portugal. A Quimiparque não vendia terrenos, apenas alugava cobrando rendas milionárias;
- Foi este estado de coisas que fez com que o executivo PS avançasse para a criação de um Parque Industrial dinâmico e inovador em Estarreja, num movimento que forçasse o IPE a entrar nele ou a ser atropelado no processo;
- Entretanto, o governo da nação e do município mudaram quase simultaneamente: a parte do IPE que tratava dos parques industriais passou a ser gerida pela então recém-criada API e José Eduardo de Matos parou as obras do parque;
- O modelo de gestão do Parque Industrial de Estarreja programado pelo PS envolvia a liderança da CME, assessorada tecnicamente por entidades com reconhecida competência na matéria, como as associações comerciais e a Universidade de Aveiro;
- Depois de parar as obras, José Eduardo de Matos propôs como solução a Parquesta, liderada pela API (a quem foram oferecidos 51% da sociedade) e com participações menores da própria CME, AIDA e SEMA;
- Esta proposta foi fortemente criticada pela oposição, que acusou JEM de estar a pôr a raposa a guardar as galinhas (isto é, o antigo IPE que tanto mal fez ao desenvolvimento do concelho e que obrigou a CME a investir tão fortemente iria ser premiado pela sua actuação nociva...), em nome de um pequeno conjunto de vantagens burocráticas diferenciadas (as ALE), cuja exclusividade para os sócios da API provavelmente apenas duraria alguns meses;
- Depois, foi o que se sabe. A CME desistiu da Parquesta, provavelmente porque as razões então expostas pela oposião se vieram a verificar e a APIParques provou (mais uma vez...) não ser um parceiro de confiança. Pelo meio, JEM tropeçou nas suas próprias trocas e baldrocas e a Parquesta acabou por ser administrativamente cortada pela raiz;
- O fim da Parquesta é uma excelente notícia para Estarreja. É pena que tenha surgido mais uma vez à custa da credibilidade do concelho...

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