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quarta-feira, janeiro 31, 2007

Continuo a pensar votar SIM no referendo. No entanto, de cada vez que assisto ou ouço debates sobre o assunto aparece-me um vladimirinho pequenino vestido de diabo que voa à volta da minha cabeça e me diz, enquanto agita o seu tridente: "- Vota "Não" só para chatear estes indivíduos! Já viste a desonestidade intelectual do Vital Moreira, que diz que o aborto actualmente é livre e que hoje em dia só aborta quem quer? E o Correia de Campos, que ao mesmo tempo que fecha maternidades e não comparticipa a Procriação Medicamente Assistida e alguns tratamentos para o cancro, vem agora propor a realização de abortos gratuitos no SNS? Vais pactuar com esta gente? De quantos motivos é que precisas para votar "Não"?".
De facto, todos os dias me obrigo a pensar no padre de Castelo de Vide e no Cardeal Patriarca para anular estes pensamentos... até quando é que conseguirei?
Para mim a campanha do "Sim" é um verdadeiro case study: mesmo concordando com o sentido de voto proposto, é-me cada vez mais impossível ouvi-los. O assunto está totalmente politizado e nos últimos dias tem-se assistido a um festival de tacticismos bacocos (a recusa em admitir que estamos perante uma proposta de liberalização - claro que estamos! E não é por isso que deixarei de votar "sim"!) e exercícios de demagogia no seu estado mais puro.
Agarrem-me, senão ainda voto "não".

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Comments:
De cedência a cedência, até à decadência...
 
Dos dois lados a campanha tem muitas anedotas falantes. A minha favorita está referida no post que escrevi hoje no 7M.
 
Voto não, mais que não seja porque CC vota Sim. E tem piada, no anterior votei Sim. Será velhice, ou maturidade?
 
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