sábado, setembro 17, 2011
A principal questão do buraco orçamental madeirense não é saber como Jardim conseguiu esconder o bilião, mas sim averiguar quem é que lhe pôs o bilião nas mãos. O que aconteceu a seguir era previsível e absolutamente expectável.
Se estivéssemos no Japão estaríamos neste momento a encontrar o cadáver auto-enforcado do responsável pela entidade reguladora que foi incapaz de detectar o problema (Tribunal de Contas? Banco de Portugal?) Como estamos em Portugal a reacção oficial limitar-se-á ao habitual circo político de um PS que já se esqueceu de que a culpa por tudo o que se passou até há 3 meses é exclusivamente sua e de um PSD que (de uma forma não unânime, reconheça-se) ainda tenta amparar o jogo a Jardim.
Para resolver esta situação só pode existir uma solução: da mesma forma que Portugal abdicou da sua soberania económica para solicitar um programa de ajuda financeira à Troika, a Madeira terá que fazer o mesmo a favor do Continente, perdendo a autonomia enquanto o buraco não for reposto. Porque pior que ter um buraco destes seria dar a Jardim o dinheiro para o tapar!
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terça-feira, junho 21, 2011
Sempre gostei de Pedro Passos Coelho, da sua frontalidade e da forma como deu o exemplo aos jovens da geração seguinte à sua, mostrando que era possível a um rapaz quase imberbe "sacar" uma artista pop já um pouco a pender para o entradote (aquilo a que nos países anglo-saxónicos se designa por "cougar").
Apreciei particularmente o distanciamento (relativo e prudente, é certo) que a JSD por si liderada cultivou relativamente a Cavaco, sobretudo porque ocorreu numa altura em que teria sido muito mais fácil surfar a onda.
Fiquei a gostar mais dele quando abandonou a política para concluir o curso universitário e tentou estabelecer uma carreira profissional antes de regressar e também gostei de o ver casado com uma guineense.
Adoro o facto dele ser um suburbano de Massamá.
Simpatizo igualmente com a forma naif como faz política e comete erros de palmatória, fazendo com que a determinada altura os seus pés se assemelhem a um verdadeiro queijo suíço.
Gostei muito de o ver propor um governo em que os principais papéis estão reservados a indivíduos fora do star system politicamente correcto e estou particularmente encantado com a forma como o PSD cavaquista-marcelista-santanista-barrosista se tenta posicionar de alguma forma atrás dele, mas sempre a "correr atrás do prejuízo" e aparentemente sem qualquer capacidade de o influenciar.
É por isso com ternura que vejo o caso "Nobre" e a manifestação de carácter que foi enfrentar um suicídio escrutinário atrás de um dos maiores erros de casting da história democrática portuguesa.
Ao contrário do que muitos possam pensar, este episódio não enfraqueceu o novo PM - antes pelo contrário: permitiu mostrar um líder que honra a sua palavra e que tem apenas uma face. Muito provavelmente esta manifestação de confiança e fiabilidade da parte do novo PM de Portugal fez mais pela credibilidade nacional (nomeadamente junto à troika) que qualquer outra iniciativa anteriormente feita ou a exibição panfletária de indicadores económicos parcelares e segmentados (a troika não é parva).
Nos últimos dois dias as pessoas ficaram a saber que quando PPC diz que vai fazer uma coisa, vai mesmo fazê-la até ao fim e no limite das suas possibilidades. E neste momento é desta credibilidade que o país precisa.
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sábado, abril 09, 2011
Paulo Trigo Pereira escreveu isto no "
The Portuguese Economy". Eu escrevi o que está a seguir (na secção de comentários):
Now that Portugal will have a bailout it is important to understand, what can be labeled as the ten capital sins of Portuguese Public Finances from a politico-economic perspective. This small essay (provided here as times goes by) may be of interest to several groups of people. The technical experts of the institutions that will negotiate with Portugal the bailout (mainly from the European Commission, The European Central Bank and the International Monetary Fund); the European politicians that lead the EU, those who have worked out the revisions to the Stability and Growth Pact (SGP) and those who are now redesigning the European Stabilization Fund ; the Portuguese citizens who will mostly suffer from the mismanagement of public finances, in particular the young generations who will pay the major part of the bill; economic journalists; and last but not least the Portuguese politicians who will run Portugal (and those who will stay in opposition) after the 5th of June general election .
As will become apparent some of the "sins" have developed in close connection with the structure of incentives embodied in European rules. Others are more idiosyncratic. The interest in presenting them is that although they are specifically Portuguese, and should be taken into account by different “stakeholders”, they exist in slightly different forms in several Europeans countries. So what some of them reveal is the urgent need for reforms at an European level.
The order of presentation will not be the sequence of relevance and all comments will be welcome. The timing of writing is uncertain, but I will try (not promise!) one or two contributions per week.
PS Some economists disregard the problem of public finances saying that the problem of Portugal is lack of economic growth and that having the latter the former will be solved. We all know that there is a relationship between the nominal growth rate, and the deficit-to GDP ratio that sustains a constant debt-to-GDP ratio. When the Stability and Growth Pact was designed, politicians assumed European economies will grow nominally on average at 5% so that a deficit ratio of 3% will keep the debt ratio at 60%. Although it is obviously truth that growth really matters, the argument that deficit and debt are just a byproduct of other issues is not only fallacious but also dangerous. As we will show the mismanagement of Public Finances in Portugal is a consequence of several structural problems, the sources of which are independent from economic growth. If these problems are not solved, they will impair economic growth, ie they will have a counter-effect on any measures taken to improve growth. That is why it is dangerous to disregard them. Etiquetas: Política Internacional, Política Nacional
domingo, março 27, 2011
O futuro ex-Primeiro Ministro da Checoslováquia demitiu-se (e ainda bem, mas não pelos motivos em que o próprio certamente acredita e muito menos pelos afirmados publicamente)
No dia 30 de Setembro de 1938, em Munique, Edouard Daladier e Neville Chamberlain assinaram com Hitler e Mussolini o vergonhoso Pacto de Munique, que na prática consistiu na entrega da Checoslováquia a Hitler em nome da paz.
Passaram-se 72 anos e a história assume um paralelismo assustador. Desta vez a paz foi substituída no argumentário dos pagadores de resgates pela expressão "estabilidade financeira da zona Euro", o número de cordeiros exigidos para o sacrifício subiu para quatro (dois já entregues, um a caminho e outro à espera do que se passará nos 6 meses seguintes à entrega do cordeiro lusitano), mas o principal interessado é o mesmo e pelas mesmas razões: a Alemanha, a sua economia e a insustentável tentação hegemónica e supremacista que a afecta.
Entendamo-nos: todos os economistas sabem que há formas muito mais eficazes de combater os ataques especulativos à zona Euro. Veja-se as palavras de Paul Krugman (por exemplo
aqui), que são bem ilustrativas de que esta monocultura da dicotomia austeridade vs. bancarrota é apenas um dos lados da questão. Falta solidariedade económica à Europa e os que hoje estão oportunisticamente ao lado dos que ocupam as posições mais elevadas da cadeia alimentar tardam em perceber que não tardará muito até que a sequência de queda de peças de dominó chegue até eles. Curiosamente, a última peça ainda não percebeu que não pode ficar sozinha - e que se isso acontecer cairá da mesma forma que todas as outras.
Ironicamente, o mecanismo que permite que hoje em dia a Europa seja uma oligarquia centralista e egoísta foi conseguido essencialmente graças ao esforço pessoal daquele que viria a ser uma das suas primeiras vítimas - embora os tratados de Nice e Amesterdão tenham sido terríveis e profundamente lamentáveis, é essencialmente graças às possibilidades abertas pelo tratado de Lisboa que a Europa central pode ditar as suas leis desta forma, pois o peso político dos países mais periféricos diminuiu para níveis que os aproximam da irrelevância. Se no dia 13 de Dezembro de 2007 José Sócrates soubesse o que sabe hoje, certamente que a banda sonora das palmadinhas nas costas de Durão Barroso seria qualquer coisa como "estes gajos que se lixem, pá".
Enfim, aconteceu o que aconteceu e neste processo a queda do governo português é apenas um detalhe desagradável para os predadores, na medida em que provavelmente fará com que o prato chegue à mesa 2 meses mais tarde que o previsto. Ainda assim, lá estará.
Segue-se a Espanha e com ela a Europa vai tremer. Se tivermos sorte será nessa altura que terminará o pesadelo e finalmente o Euro será extinto. No futuro será recordado como um belo sonho que terminou mal e mais uma prova de que de facto não se pode confiar no escorpião (leia-se, a Alemanha): é a sua natureza...!
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sexta-feira, janeiro 07, 2011
O Dick Cheney de Águeda
Quando uma das maiores agências publicitárias do mundo se ofereceu para lhe pagar 1500 euros por uma página A4 de um texto sobre o valor do dinheiro, ao então deputado Manuel Alegre não lhe ocorreu que se pudesse tratar de um pedido para fazer publicidade (actividade legalmente proibida aos deputados). Aliás, a ideia era tão impensável que nem se lembrou de que, ao escrever um texto sobre os prazeres do dinheiro, poderia estar (ainda que de uma forma indirecta) a contribuir para a celebração da vertigem capitalista que o seu background ideológico sempre combateu.
De qualquer modo, na minha opinião nada disto é, em si, muito importante. Sob o ponto de vista formal, o problema está, obviamente, na justificação apresentada pelo candidato Alegre, que em vez de assumir a imprudência (de resto emendada pela devolução do cheque) preferiu fazer-se passar por tolinho ingénuo, mentindo da mesma forma que a minha filha de 2 anos e meio ontem fez depois de estragar um brinquedo. É este ar de culpado apanhado que mete os pés pelas mãos que é verdadeiramente preocupante na análise formal deste episódio. Além disso, ninguém gosta de ver um homem de 74 anos embaraçado e apanhado a mentir (até porque estamos todos fartos de ver outro homem de 53 anos a fazer o mesmo a toda a hora), pelo que o episódio até é, na sua essência, bastante constrangedor.
Contudo, na minha opinião, o mais grave deste episódio é mesmo
o texto em causa, que é pior que cuspir na sopa: como se não bastasse a glorificação da pior parte do acto de ter dinheiro (isto é, gastá-lo estupidamente), ainda por cima Alegre adopta um tom aristocrático e fala... de espingardas e caça! Pagava para ver as caras dos bloquistas que o apoiam quando lerem o texto!
Em resumo, temos um candidato aristocrata que nem sempre diz a verdade, que gosta de armas e adora caçar. Estou a falar do homem que George W. Bush escolheu para seu vice-presidente? Não, estou a referir-me ao candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda e PS às presidenciais portuguesas!!!
PS - Para que conste,
eu já implico com Manuel Alegre pelo menos desde o dia 25 de Julho de 2006, pelo que este texto e o anterior têm raízes mais profundas do que a superficialidade das minhas opiniões poderia deixar antever.
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terça-feira, outubro 26, 2010
Se se (re)confirmar a não candidatura do Candidato Vieira serei provavelmente forçado à difícil opção entre a abstenção e o voto no gajo de Viana do Castelo. Com a excepção desta última, ambas as hipóteses são igualmente tentadoras e têm sensivelmente o mesmo conteúdo político. Aliás, estou tão empenhado nestas presidenciais que é igualmente possível que simplesmente me esqueça de ir votar ou sequer de me abster intencionalmente.
Estou inclusive convencido de que Cavaco estará mais ou menos na mesma: se não fosse o linguarudo Marcelo, creio mesmo que ele se esqueceria de se recandidatar.
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segunda-feira, outubro 25, 2010
Crónica de um hara-kiri político anunciado
Decidi dar este título ao texto antes mesmo de o escrever, o que apenas faço raramente e provavelmente deveria fazer ainda menos. De qualquer modo, creio que esta opção resulta essencialmente da vontade de frisar (palavra sempre desagradável de escrever e que - convém frisá-lo - apenas uso por manifesta falta de imaginação adicional) uma ideia mais forte ou, melhor ainda, trata-se de uma garantia que faça com que, na remo(r)ta hipótese de alguém ler este texto, que fique na memória com o essencial daquilo que pretendo dizer.
Dito isto, foquemo-nos no essencial: perante a mais que previsível e anunciada mega crise orçamental, as fortíssimas pressões externas (quem conhece Angela Merkel que o diga) e a estupidez semiditatorial de alguns líderes europeus (quem conhece Carla Bruni que o diga), Pedro Passos Coelho (PPC) deveria ter feito o mais fácil - deixar Sócrates enterrar-se e embrulhar-se com o orçamento, fazer discursos sobre crescimento económico, bombardeamento fiscal, inoperância do governo perante a despesa, etc., etc., mas sempre sem se comprometer com nada e sobretudo esticando os silêncios da forma mais longa possível. Se eu fosse PPC diria, antecipadamente e de caras, de preferência numa cerimónia pública e talvez até em outdoors espalhados pelo país: "- Sr. Engenheiro, tem aqui um cheque em branco. Faça bom uso dele. Orçamento? Nem o quero ver - o meu partido abstém-se, quaisquer que sejam as suas propostas. O Sr. foi eleito para governar, a situação é grave e por isso, como sou um indivíduo com sentido de Estado, concedo-lhe esta oportunidade". Enfim, nada mais envenenado. E ao fazer as coisas desta forma o governo cairia 6 meses depois, ainda com o PSD à frente das sondagens e o PR já na posse de todas as suas prerrogativas dissolvedoras. PPC seria eleito PM com maioria absoluta (embora utilizando a muleta CDS) e o PS passaria 8 anos a juntar os cacos do episódio.
No entanto, numa demonstração de imberbidade política levada ao extremo, PPC, que na altura se sentia o melhor condutor do mundo (acreditando que 10% de avanço nas sondagens até lhe dariam para comer bolo-rei com uma câmara de TV no céu da boca), decidiu armar-se aos cágados e jogar a cartada sebastiânica: o governo cairia com o chumbo do orçamento, passar-se-iam 6 meses de governo de gestão e depois lá surgiria ele sentado no seu Ângélico (não é um erro ortográfico) cavalo, pronto a resolver tudo, qual homem providencial na ressaca da tempestade. O problema foi quando o baronato decidiu intervir e, vendo o partido a descer nas sondagens e níveis de arrebitanço de cachimbo anormalmente elevados para os lados da São Caetano à Lapa (sempre quis escrever esta expressão), tratou de procurar acalmar o rapaz, da única forma que sabe fazer: com insuportável paternalismo público, com chantagens emocionais privadas, com visitas de banqueiros a comandar matilhas de camera men em directo nas TVs e com as inevitáveis e discretas pressões internacionais.
Entre a espada e a parede, PPC fez mais uma vez o pior - tentou fugir para a frente, esquecendo-se de que corridas em direcção a lâminas afiadas nunca foram a melhor opção para quem deseja saber o nome de mais de 50% dos seus bisnetos.
E assim foi: hoje houve um grupo de 4 ou 5 senhores engravatados e segurando malas pretas que em nome do PSD estiveram, pela quarta vez, reunidos com o PS a discutir o IVA dos pacotes de leite achocolatado, sempre com milhares de jornalistas à entrada e saída da sala. No final deste processo e depois de tanta negociação não haverá um único eleitor que não classifique este como "o orçamento PS-PSD", sendo indiferente o facto do PSD na realidade se abster e da culpa objectiva desta situação ser muito mais do partido que nos governou em 12,5 dos 15 últimos anos do que do outro, que dos 2,5 anos a que teve direito ainda se deu ao luxo de dividir o palco com o CDS e oferecer 0,5 a Pedro Santana Lopes.
É assim a vida: Sócrates passou de uma situação em que liderava um governo decadente, 10% atrás do principal partido da oposição nas sondagens e na iminência de ter que fazer um orçamento impossível e historicamente estúpido, antipatriótico e absurdo, para um momento em que repartirá as culpas pelo que sucedeu com um líder da oposição em queda de popularidade, com sinais de insurreição no seu próprio partido e com o qual já está empatado nas sondagens.
É deste tipo de situações que saem as grandes viragens dos sistemas políticos: PS e PSD enovelaram-se a si próprios e mostram níveis de decadência interna (veja-se os resultados das eleições das federações de Aveiro e Coimbra do PS) que batem máximos históricos quase diariamente. Alberto João Jardim e Jorge Coelho hoje são senadores que falam de cátedra para as respectivas hostes e de um modo geral não há perspectivas de evolução.
Aposto (e escrevo isto no dia vinte e cinco de outubro de dois mil e dez) que nas próximas eleições legislativas (sejam elas quando forem), CDS e BE terão, cada um, mais de 15%. E aposto também que a soma dos votos dos futuros ex-pequenos partidos será suficiente para atingir uma maioria de votos na AR.
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terça-feira, setembro 22, 2009
Ainda estou para perceber exactamente o que me aconteceu naquele dia em que, ia eu nas calmas e a pensar na vidinha, quando de repente me vi estatelado no chão, com as calças rotas em dois sítios, a sangrar do joelho, com o telemóvel desfeito em 112 pedaços espalhados num raio de 5 metros à minha volta e um pequeno grupo de transeuntes a olharem curiosos para mim. Tinha chovido, havia um buraco num passeio e provavelmente alguém teve o cuidado de revestir cuidadosa e abundantemente toda a zona circundante com vaselina. Não sei. Só sei que de repente, lá estava eu, a olhar aparvalhado para as velhinhas solícitas que me rodeavam e ofereciam ajuda. Levantei-me com a dignidade possível, falei mal da Câmara (felizmente era do PSD), da Junta (do mesmo partido), do tempo, da má sorte em geral e dos calceteiros em particular. Recolhi as peças do telemóvel, voltei para o carro para lamber as feridas, cuspi pela janela os pedaços de pele lacerada e segui viagem, ainda combalido.
Não sei porquê, lembrei-me disto ao ver o que o "episódio Fernando Lima" fez à campanha do PSD e à suposta "política de verdade": Lima era o homem fiel de Cavaco (aliás, tão fiel que ainda continua em silêncio, apesar da humilhação pública) e fora nomeado pelo governo Durão Barroso-Ferreira Leite para a Direcção do DN. Lima era, pois, o professor e guru espiritual de todo o relacionamento social-democrata com a imprensa.
Ao fazer rolar a cabeça de Lima para cima da campanha eleitoral, Cavaco sabe que está a fazer com que Ferreira Leite tropece e fique de repente sem assunto, a 5 dias do fim da campanha. É por estes exemplos de sacodegatismo incontrolável (Cavaco não tolera que lhe pisem os calos, nem com uma flor) que o PSD é, de facto, o mais interessante de todos os partidos políticos.
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sexta-feira, setembro 11, 2009
À atenção do Gato Fedorento...
Manuela Ferreira Leite acha que os impostos são demasiado altos? Acha. Mas promete baixá-los caso seja eleita? Não. Porquê? Porque o dinheiro faz falta. Mas ao dizer isso não está a admitir que o valor dos impostos é adequado? Está. Então admite isto e continua a dizer que os impostos são demasiado elevados? Sim.
PS - Eu tinha acesso à câmara escondida e vi: no início do debate de ontem, Paulo Portas apertou o cilício mesmo, mesmo até este desaparecer no interior da carne da coxa e dessa forma conseguiu conter-se e não explorar este tema. Assim, a coligação continua a ser possível.
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quarta-feira, setembro 09, 2009
Foi refrescante ver a forma como Sócrates, qual dobermann esfomeado abandonado em frigorífico de talho, se agarrou à perna de Louçã e do absurdo programa eleitoral do BE. Por muito que Louçã o sacudisse, Sócrates não deslargava. E muito bem. É que votar BE é fixe e tal, excepto quando nos vão ao bolso, como era o caso. Sócrates deve estar com dores no maxilar e Louçã perdeu barriga na perna. Mas foi por uma boa causa. Sinto-me bastante mais em paz com o meu voto no PS.
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quinta-feira, setembro 03, 2009
Élio Maia (http://www.votoaveiro.com/jingle.php) é um menino ao pé de Pina Prata, candidato independente a Coimbra, http://www.youtube.com/watch?v=tc3DvBPp-TA&feature=channel_page. Mas ainda assim vale a pena ouvir :)Etiquetas: Política Nacional
Falar Verdade
Mão amiga, quer dizer, e-mail amigo fez chegar à caixa de correio do Efervescente este magnífico texto de opinião muito interessante de Manuel António Pina publicado no JN de 28 de Agosto. Todos sabemos que Manuela Ferreira Leite é uma personalidade política retrógada. O que ainda não sabíamos é que ela é do mais moderno que há quando chega a hora de fazer promessas com as quais discorda e que sabe antecipadamente que não são para cumprir.Tempo de autocrítica
2009-08-28
É impossível não ver no programa eleitoral do PSD ontem apresentado, e no anúncio pela dra. Ferreira Leite de políticas de firme combate a medidas da dra. Ferreira Leite, a mão maoista (ou o que resta dela) de Pacheco Pereira, a da autocrítica.
Assim, se a chegar ao Governo, a dra. Ferreira Leite extinguirá o pagamento especial por conta que a dra. Ferreira Leite criou em 2001; a primeira-ministra dra. Ferreira Leite alterará o regime do IVA, que a ministra das Finanças dra. Ferreira Leite, em 2002, aumentou de 17 para 19% ; promoverá a motivação e valorização dos funcionários públicos cujos salários a dra. Ferreira Leite congelou em 2003; consolidará efectiva, e não apenas aparentemente, o défice que a dra. Ferreira Leite maquilhou com receitas extraordinárias em 2002, 2003 e 2004; e levará a paz às escolas, onde o desagrado dos alunos com a ministra da Educação dra. Ferreira Leite chegou, em 1994, ao ponto de lhe exibirem os traseiros. No dia anterior, o delfim Paulo Rangel já tinha preparado os portugueses para o que aí vinha: "A política é autónoma da ética e a ética é autónoma da política".
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quinta-feira, agosto 20, 2009
Qualquer pessoa que viva em Portugal há mais que 33 anos e 10 meses sabe que neste país o sector em que as escutas são menos necessárias é a política.
De facto, e especialmente no Verão, os políticos funcionam como alcoviteiras blasés, que fazem do "conto-te só a ti e a mais ninguém" o desporto preferido dos que já forraram as paredes estomacais com vários franguinhos da Guia e estão agora à espera que os seus substitutos nos bancos corridos das tascas da Oura regressem ao activo.
Ou seja, se de facto existirem escutas no Palácio de Belém, o aspecto mais chocante da notícia é apenas o desperdício de recursos - com as porosas membranas que guardam os segredos da nação, as escutas não servem rigorosamente para nada, a não ser eventualmente confirmar o que já se sabe.
Por outro lado, também o raciocínio inverso deveria ser permitido a Sócrates - como é que Cavaco sabe que há escutas? Só se andar, ele próprio, também... a escutar o PS!
Enfim, resta-nos mandar vir mais um fininho e um pires de tremoços para brindar (com o fino, não com o pires) à saúde dos jovens das jotas e do seu Verão passado em frente a enormes gravadores de bobinas rusticamente instalados na parte de trás de uma Toyota Hiace sem janelas e com um calor de rachar, enquanto ouvem a Maria gritar ao Aníbal que está na hora do galão e do pãozinho com manteiga.
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quarta-feira, setembro 10, 2008
A deputada estarrejense Marisa Macedo está em grande. Aí vai ela para El Salvador:
Marisa Macedo, deputada do Partido Socialista na Assembleia da República, integra a delegação parlamentar portuguesa que participará no IV Fórum Parlamentar Ibero-Americano, que se realiza em El Salvador, nos próximos dias 11 e 12 de Setembro (Quinta e Sexta-feira).
A deputada estarrejense, que representa nessa jornada o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, terá uma intervenção no grupo de trabalho que abordará o tema “Cultura Democrática: a Participação na Política e nos Parlamentos”, com especial atenção ao problema da participação política dos jovens.
A delegação do Parlamento português é constituída pelo Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, pelo Presidente da Delegação Portuguesa, o deputado do PS António Galamba e pelos representantes dos partidos com assento parlamentar: Marisa Macedo (PS), José Cesário (PSD), João Oliveira (CDU), Telmo Correia (CDS/PP) e João Semedo (BE).
O Fórum Parlamentar Ibero-Americano é o órgão de encontro e cooperação entre os parlamentos nacionais dos países que integram a Comunidade Ibero-Americana de Nações, sendo constituído por 22 países da América Latina e da Europa de língua espanhola e portuguesa.
Este Fórum, que reúne anualmente em assembleia de representantes, precede a Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado que, em 2008, terá lugar, igualmente, em El Salvador.
Mais informações sobre o Fórum Parlamentar Ibero-Americano, aqui.
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terça-feira, junho 03, 2008


Magnífica referência a Marisa Macedo no DN de 10 de Maio, que sinceramente me deixou orgulhoso por ser amigo de quem teve coragem para dar esta pedrada no charco.
Tenho a certeza de que a Marisa teve esta atitude por convicção de quem em nenhumas circunstâncias tolera gente como o Cónego Melo e não em nome de qualquer protagonismo estéril.
É revoltante a forma como em Portugal se branqueou uma figura como o Cónego Melo e parabéns à Marisa por ter desfeito o silêncio cobarde e contemporizador da bancada do PS.
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quinta-feira, maio 08, 2008
Mais uma Nota de Imprensa do PS de Estarreja sobre o TGV...
Nota Imprensa
1º O traçado da linha do TGV Lisboa/Porto, em Estarreja, vai trazer inúmeros prejuízos para o concelho, de diversa ordem e dificilmente calculáveis.
2º A opção estratégica do Governo pela construção da linha TGV Lisboa/Porto é, hoje, um dado adquirido.
3º Por isso, nesta altura, qualquer posição contra ou a favor dessa opção estratégica do Governo já vem fora de tempo.
4º Essa é a razão pela qual o PS entende que a posição de Estarreja não deverá ser a de limitar-se a manifestar uma posição contra, como vem fazendo o Senhor Presidente da Câmara e a Coligação PSD/CDS-PP.
5º Ser simplesmente contra é fácil, mas não evita, nem minimiza, os impactos que a futura e inevitável passagem do TGV terá em Estarreja. Esta terra não pode, face aos atentados ao seus interesses e perdas a que tem assistido, continuar a ver o Senhor Presidente da Câmara assumir meras posições de retórica populista, como no caso do o IC1, do IKEA, do roubo das areias do Parque ou agora do TGV…
6º Assim, o PS defende que, nesta fase, em que ainda muita coisa está por decidir quanto à localização do traçado da via férrea, o Governo deve ser confrontado com uma posição forte que reflicta o que Estarreja pretende e quais as soluções que não só minimizem os danos, mas que também compensem verdadeiramente os prejuízos.
7º O PS defende que se deve ponderar a construção da futura estação do TGV de Aveiro – que ainda não está decidida definitivamente -, em território de Estarreja, ou o mais perto possível de Estarreja. E esta é uma posição clara que não significa que o PS prefira o traçado “mais gravoso” a “poente da AutoEstrada”, como o PSD insiste em fazer crer. Colocamos a questão porque a localização ainda não está decidida, e a história diz-nos que a existência de estações ferroviárias sempre foi um factor de desenvolvimento dos locais onde foram sendo construídas. Aveiro e Albergaria-a-Velha parece já terem percebido isso mesmo…
8º O PS Estarreja entende que, se a “passagem” do TGV traz inúmeros prejuízos, a “paragem” do TGV (com o “encurtar” de distâncias com Lisboa e Porto e com a ligação à futura linha de ligação a Salamanca) pode constituir uma excelente oportunidade de desenvolvimento para o município.
9º O PS considera que o Senhor Presidente da Câmara - apesar de ser contra o TGV por si só - deverá dizer como pensa defender os interesses de Estarreja nesta situação, porque foi para isso que foi eleito com maioria absoluta.
10º Não estamos na hora de “chorar desgraça”. Estamos na hora de agir. É preciso indicar caminhos, com firmeza, decisão e liderança, características que o Senhor Presidente se tem encarregado de nos demonstrar que não tem e que muito nos preocupa.
11º Ao mesmo tempo, o PS manifesta o seu contentamento pelo facto do seu primeiro objectivo ter sido atingido: trazer a público esta discussão. Se não fosse isto, estamos certos, a esta hora ainda não se conheceria – como em tantos outros casos – uma palavra do Senhor Presidente da Câmara sobre o assunto.
Nota 1: a construção do TGV a poente da A1 é uma aberração urbanística que só pode ser entendida no contexto de uma tentativa de legitimação pública do traçado a Nascente. De facto, perante o absurdo da alternativa, qualquer hipótese a Leste da A1 tem o aspecto de uma ideia brilhante proveniente de um cérebro sobredotado. Há qualquer coisa de estranho nesta discussão, pois tanta incompetência na concepção desta proposta não é normal, mesmo quando o Ministro das Obras Públicas se chama Mário Lino.
Nota 2: Depois de ter feito uma gestão desastrosa do dossier-IC1, que culminou com a óbvia e mais que previsível construção a Nascente, o PSD de Estarreja prepara-se para ser novamente ultrapassado pela vertigem dos acontecimentos no caso do TGV. José Eduardo de Matos tenta desesperadamente evitar a discussão pública do assunto, mas há duas coisas que são por demais evidentes: 1) JEM não vai conseguir silenciar esta polémica; 2) JEM não sabe o que há-de fazer neste caso e anda a reboque dos acontecimentos.
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sábado, maio 03, 2008
Uma das coisas que mais me tem custado neste período de inactividade blogosférica relativamente involuntária é o facto de estar a perder a oportunidade de escrever sobre o dia a dia da crise de liderança que afecta o PSD.
De facto, e ao contrário do que se possa pensar à partida, estou convencido de que o momento interno do maior partido da oposição é um daqueles a partir dos quais nada ficará como antes na política portuguesa, por várias razões:
- Em primeiro lugar, porque o próprio conceito de partido do PSD é inviável: só a perspectiva de poder tem permitido federar aquele conjunto de pessoas à volta das três setinhas. O PSD não é de direita, não é de esquerda e aparece no centro só quando dá jeito, tem "elites" que não querem saber dos "militantes de base", tem "militantes de base" que não se reconhecem nas elites, enfim... é um partido "popular" que se dá mal com o povo e que vive mal com esse estigma, que o faz sentir-se uma espécie de partido comunista mais liberal e com maior representatividade eleitoral. Até agora, o PSD tem sobrevivido apesar do vazio ideológico que representa e apenas à custa da tentação de bipolarização que, em Portugal como no resto do mundo, é exigida pelo eleitorado como forma de assegurar alternância no poder. Ou seja, a maior virtude do PSD é não ser o PS. Tal como o seu maior defeito...
- Perante o vazio ideológico e uma existência assente apenas numa lógica de conquista de poder, o PSD tem feito uma travessia no deserto custosa, abandonado pelos seus elementos de maior capacidade, em que conheceu os mais insólitos líderes (Mendes e Menezes), apenas porque, por uma questão de táctica, os melhores candidatos guardaram-se para os momentos em que as coisas vão acontecer "a sério". Recorde-se que quando o PS passou pelo seu período de oposição os líderes que foram entrando e saindo (Vítor Constâncio, Almeida Santos, Jorge Sampaio, António Guterres, Ferro Rodrigues) eram significativamente mais credíveis que os dois últimos representantes máximos dos social-democratas. Isto aconteceu apenas porque, ao contrário do PSD, o PS é um projecto partidário assente numa base ideológica mais ou menos bem definida, razoavelmente estudada e internacionalmente replicada, o que cria lógicas de actuação necessariamente diferentes aos seus elementos, existindo menos espaço para os tacticismos e para lideranças tão assimétricas como as que caracterizam o PSD;
- Ao contrário do que as cabeças bem pensantes do mundo cor de laranja parecem pensar, Luís Filipe Menezes não é parvo. E quando percebeu que não conseguia arrancar para um processo de legitimação alavancado por um crescimento sustentado nas sondagens e se percebeu que os putativos sucessores se começavam a instalar para descer sobre a liderança a tempo de disputar as próximas autárquicas e legislativas, Menezes não quis fazer de lebre e saltou fora;
- E é neste inesperado (para as elites) estado que o PSD se encontra: nenhum dos candidatos gostaria de ter avançado já, mas todos sabem que se não o fizerem arriscam-se a penar durante mais alguns anos ou a perder a oportunidade de marcar a respectiva posição. E foi assim que tudo se precipitou e surgiram os vários candidatos do PSD, tão diferentes entre si que custa a entender que pertençam todos ao mesmo partido;
- Pedro Santana Lopes seria o vencedor natural destas eleições se não tivesse cedido à tentação de suceder a Durão Barroso em 2004. De facto, com os irreparáveis danos que a passagem pelo poder causou à sua imagem, Santana nunca conseguirá concretizar aquilo para que sempre trabalhou. E falta-lhe a paciência suficiente para deixar que o tempo lhe lave o rosto político. Apesar de tudo, é com pena que vejo isto a acontecer a Santana Lopes, pois embora seja alguém que claramente não tem competência para ser primeiro-ministro, é um político inconformado e que sempre lutou contra o politicamente correcto - e isso faz falta nos dias que correm!
- Pedro Passos Coelho é na minha opinião o candidato mais importante deste processo eleitoral: mostrou uma surpreendente capacidade de congregar apoios importantes e surge com uma imagem de renovação que todos sabem ser necessária ao partido, mas cuja concretização é sempre adiada sempre que surge a mínima nesga de poder. Passos Coelho não vai ganhar estas eleições, mas a partir daqui será um personagem incontornável no futuro do PSD. Não tenho a menor dúvida de que mais cedo ou mais tarde chegará à liderança do partido;
- Tenho alguma simpatia pessoal por Manuela Ferreira Leite, pois gosto de pessoas que tenham coragem para fazer e dizer coisas inconvenientes, que vão contra a corrente do jogo e que chocam o opinionismo mainstream que marca a vida pública portuguesa. No entanto, Manuela chegou tarde e depois de ter perdido a oportunidade de suceder a Barroso, percebe-se mal que surja agora, fora de tempo e sem um projecto político próprio, tentando contrariar o PS com as armas do PS, apenas para que o poder não caia na rua, qual Spínola serôdio e alaranjado. A única coisa que MFL tem para oferecer ao eleitorado é a promessa de austeridade, essa mesma atitude de que todos estamos fartos há anos e que, ao contrário do que se passa com o PS, é apresentada a troco de nada. O país já não está disponível para discursos da tanga e fados do desgraçadinho e exige crescimento económico e não contenção contabilística do papel do Estado. MFL até poderá ser a pessoa ideal para derreter sabões, mas nesta fase todos esperamos mais;
- A acrescer a esta caldeirada de tendências, há o factor que baralha todas as contas: é altamente provável que em 2009 as eleições autárquicas e legislativas sejam disputadas simultaneamente. Ou seja, especialmente num partido como o PSD, a voz dos autarcas e líderes regionais será absolutamente decisiva nestas eleições internas. Isto é, as eleições serão decididas pelos que mais sofreram às mãos de MFL, quando esta limitou o endividamento das autarquias e negou o apoio aos projectos faraónicos e desnecessários que sempre caracterizam alguns sectores do poder local.
Tenho poucas dúvidas de que MFL será a próxima líder do PSD. Para Santana é tarde e para Passos Coelho é cedo. Os outros candidatos não existem.
No entanto, este processo eleitoral vai fazer sangue no partido. É que o PSD só poderá ser agregado pela massa consistente da perspectiva de poder. E um líder que não seja consensual e perca simultaneamente autárquicas e legislativas deixará atrás de si um monte de cacos que dificilmente serão possíveis de voltar a juntar. E regenerar-se em algo que se possa assemelhar a um partido político será extremamente difícil, sobretudo se existir uma saída em massa de sectores importantes.
Em suma, poderemos estar perante o princípio do fim do PSD tal como o conhecemos. E Paulo Portas, caladinho e encolhidinho no seu canto, deve ter alguma dificuldade em disfarçar o sorriso :)
Etiquetas: Política Nacional
segunda-feira, abril 14, 2008
Estava para ver o "Prós e Contras" sobre o Acordo Ortográfico, mas desisti a tempo. Encaro este tema da mesma forma que o casamento gay ou o aborto: sou a favor mas em princípio nunca os praticarei...
Etiquetas: Coisas da Vida, Política Nacional, Portugal
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
O estarrejense Armando Tavares criou um blogue onde relata o seu calvário pessoal num processo de adopção de uma criança, bem como a forma absolutamente inqualificável como o Estado português se comportou nas várias fases do processo, que ainda decorre.
O Estado não só mantém as crianças "adoptáveis" em condições deploráveis e quase sub-humanas, como posteriormente massacra burocraticamente os casais que se dispõem para, a expensas próprias, dar algum amor a crianças que nunca o conheceram. No caso do Armando Tavares, além dos tormentos burocráticos, o Estado negou-lhe a licença de adopção(!!!!), um direito fundamental e que não é apenas burocrático.
A história ainda não chegou ao fim e
pode ser seguida neste blogue. Até onde irá a impunidade pública em situações como esta?
Vale a pena acompanhar o processo em
http://segurancaditasocial.blogspot.com/.
Etiquetas: Política Nacional, Portugal
O
Jorge Peliteiro denunciou publicamente a gravíssima ocultação por parte das autoridades competentes da presença da bactéria
Legionella pneumophila numa piscina da Póvoa de Varzim.
Mais uma vez a reboque da blogosfera, a notícia acabou por chegar à SIC:
No entanto, aparentemente as mesmas autoridades que começaram por ocultar estes factos à população vêm novamente ocultar mais uma parte da verdade,
pois é possível que entre os serótipos da bactéria identificados exista também o tipo 6, que é o segundo mais prevalente entre as Legionella pneumophila que provocam doença no homem.
O caso foi também referido numa crónica de
Carlos Abreu Amorim no Correio da Manhã, que também salienta o facto das análises terem sido retidas até que uma prova internacional de natação envolvendo 362 atletas (!!!!!) fosse concluída (
embora o Instituto Ricardo Jorge tivesse classificado a água como "imprópria" na véspera do início da prova)!
Mais uma vez estamos perante um caso muito sério, que poderia ter colocado em risco a vida de centenas de pessoas e que seria abafado se não existisse a blogosfera.
Parabéns ao Peliteiro!
Etiquetas: Farmácia, Política de Saúde, Política Nacional, Portugal

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