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quinta-feira, agosto 20, 2009

Qualquer pessoa que viva em Portugal há mais que 33 anos e 10 meses sabe que neste país o sector em que as escutas são menos necessárias é a política.
De facto, e especialmente no Verão, os políticos funcionam como alcoviteiras blasés, que fazem do "conto-te só a ti e a mais ninguém" o desporto preferido dos que já forraram as paredes estomacais com vários franguinhos da Guia e estão agora à espera que os seus substitutos nos bancos corridos das tascas da Oura regressem ao activo.
Ou seja, se de facto existirem escutas no Palácio de Belém, o aspecto mais chocante da notícia é apenas o desperdício de recursos - com as porosas membranas que guardam os segredos da nação, as escutas não servem rigorosamente para nada, a não ser eventualmente confirmar o que já se sabe.
Por outro lado, também o raciocínio inverso deveria ser permitido a Sócrates - como é que Cavaco sabe que há escutas? Só se andar, ele próprio, também... a escutar o PS!
Enfim, resta-nos mandar vir mais um fininho e um pires de tremoços para brindar (com o fino, não com o pires) à saúde dos jovens das jotas e do seu Verão passado em frente a enormes gravadores de bobinas rusticamente instalados na parte de trás de uma Toyota Hiace sem janelas e com um calor de rachar, enquanto ouvem a Maria gritar ao Aníbal que está na hora do galão e do pãozinho com manteiga.

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