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quarta-feira, janeiro 17, 2007

É irresistível divulgar a notícia que o 7 Meses também linkou há dias:

Asfixia auto-erótica mata cinco a dez portugueses


Livro aborda algumas preferências sexuais pouco comuns


Cinco a dez pessoas morrem anualmente em Portugal por falta de sangue no cérebro durante a masturbação provocada pela asfixia auto-erótica. Trata-se de uma das preferências por estímulos sexuais pouco usuais que o psiquiatra Afonso de Albuquerque aborda no seu novo livro, que será lançado sexta-feira. O autor alerta para o risco de muitos desses casos serem confundidos com suicídio ou homicídio

Em "Minorias eróticas e agressores sexuais", o antigo director do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos separa as parafilias (preferências por estímulos sexuais pouco usuais e que podem ser consideradas um problema médico) predominantemente não- -agressivas das agressivas.

No capítulo dedicado às não- -agressivas, Afonso de Albuquerque aponta uma das formas mais perigosas que alguns masoquistas usam para ter prazer a asfixia auto-erótica. "Trata-se de uma situação rara e que consiste na indução, pelo próprio, de um estado de asfixia cerebral enquanto se masturba", lê-se no livro.

Esse estado é conseguido "através da constrição do pescoço por um cinto, ou um laço, ou por suspensão de uma árvore ou de um toalheiro na casa de banho". "O fluxo sanguíneo cerebral é restringido parcialmente, resultando em falta de oxigénio, o que diminui a inibição cortical normal. Isso resulta num orgasmo mais intenso, mas também num risco de morte acidental, se o praticante desmaia antes de poder alargar a constrição do laço", adverte o psiquiatra.

Segundo Afonso de Albuquerque, é o que acontece a pelo menos cinco a dez portugueses que, todos os anos, morrem devido a asfixia auto-erótica. Por isso, alerta para o facto de esses casos serem "frequentemente confundidos com suicídio ou homicídio".

No seu roteiro pelas parafilias não-agressivas, o especialista em terapêutica comportamental descreve práticas pouco divulgadas, como a formicofilia (o foco da excitação provém de pequenos animais como formigas, caracóis ou rãs, que percorrem certas partes do corpo, especialmente os genitais, os mamilos e a região perianal) ou a clismafilia (quando a excitação resulta do uso de um clister).

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