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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Não há dúvida de que para quem está de fora as Assembleias Municipais são bastante menos compreensíveis do que provavelmente o serão para os que nelas participam.
Ontem ouvi na RVR uma parte da discussão ocorrida na última sessão, que foi mais ou menos assim:
- O José Matos subiu ao púlpito para confirmar a notícia do Voz de Estarreja, segundo a qual em vez de uma, existiriam várias queixas contra a CME no IGAT. Em vez de perguntar a José Eduardo de Matos qual a resposta que este tinha dado ao IGAT ou de, como homem bem informado que todos sabemos que é, tranquilizar os estarrejenses, entendeu atacar a oposição, interpelando directamente Marisa Macedo sobre o assunto e acusando-a de ser autora das queixas (como se daí viesse algum mal ao mundo), pois estas abordavam alguns temas de que o PS também tinha falado na AM;
- Na resposta Marisa Macedo disse que o PS e ela própria quando faziam queixas assumiam-nas publicamente e inclusive deu exemplos de situações em que isso ocorreu. Pediu as naturais, óbvias e urgentes explicações ao Presidente da Câmara sobre o conteúdo das queixas e explicou ao José Matos que numa queixa o que interessa é a sua eventual fundamentação e não quem a apresenta;
- No discurso de resposta a MM (que infelizmente só consegui ouvir parcialmente), José Eduardo de Matos voltou a criticar a apresentação das queixas e a atribuir a sua autoria ao PS ou a algum dos seus militantes.

Eu não sei quem apresentou as ditas queixas. No entanto, tenho a certeza de que não foi nenhum amigo de JEM. Ou seja, é altamente provável que tenha sido alguém ligado ao PS, nem que seja emocionalmente. E depois? A culpa de eventuais ilegalidades da CME é de quem apresenta a queixa ou de quem comete os erros?
Se as queixas tiverem fundamento, a sua apresentação é um acto de cidadania louvável. Aliás, se o IGAT aceita receber queixas anónimas é exactamente porque sabe que quem denuncia situações de ilegalidade nas autarquias locais corre sérios riscos de ser perseguido e estigmatizado, que é exactamente o que está a acontecer em Estarreja. Na ânsia de descobrir quem o tramou, José Eduardo de Matos nem sequer se preocupa em responder ao conteúdo das queixas. Está de cabeça perdida e já nem se apercebe de quão ridículo e auto-culpabilizador
é o seu desnorte. Quem ouviu e leu as anteriores intervenções de JEM e do próprio PSD local a propósito da autoria das queixas só poderá desejar não estar na pele do anónimo em causa, qual cordeiro em frente a uma alcateia de lobos a espumar de raiva.
Aliás, caso se venha a revelar que as queixas têm fundamento, atrevo-me a iniciar neste blogue o MAQE (Movimento de Apoio ao Queixinhas de Estarreja), pois seguramente que ele precisará de toda a ajuda possível. Se as coisas neste momento estão más, nem quero imaginar o que sucederia neste contexto! Olha se o IGAT lhe destapasse o anonimato...!

PS - Se as queixas forem falsas, este assunto passará sem qualquer problema para JEM, que nem sequer deveria perder tempo a falar dele. Nesse caso, retiro todo o apoio ao cidadão em causa e desfaço o MAQE. No entanto, para já e sobretudo depois das reacções de JEM e do próprio PSD de Estarreja (que depois de tentarem matar o mensageiro, ocultaram a existência das queixas) acho que o queixoso merece pelo menos o benefício da dúvida.

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