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quarta-feira, março 07, 2007




Ão, Ão


No site da Rádio Voz da Ria:

PORTUCEL ADMITE SER A RESPONSÁVEL PELA "CHUVA" DE CINZAS

A administração da Portucel admite que a empresa pode ser responsável pela queda de cinzas não só na zona próxima de Cacia, mas também em várias zonas do concelho de Estarreja.
Em comunicado, ontem enviado ao JN, a Portucel começa por afirmar que "todas as emissões atmosféricas da fábrica de Cacia têm sido efectuadas dentro das condições de licenciamento e (...) de acordo com o que está legalmente determinado".
No entanto, de seguida reconhece que a "caldeira de biomassa, embora estando dentro dos limites legais, pode episodicamente provocar, em condições atmosféricas particularmente desfavoráveis (como é o caso dos tectos de nuvens baixas das madrugadas), dificuldade à normal dispersão das partículas emitidas, podendo provocar fenómenos esporádicos de queda de cinzas em zonas próximas da fábrica".
A administração da fábrica de papel revela que, após as queixas efectuadas pela Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira, em primeira instância junto da fábrica, decidiu "promover o estudo aprofundado das condições de funcionamento da caldeira de biomassa, com a participação de especialistas internacionais, no sentido de confirmar se as situações referidas lhe são atribuíveis".
No caso de haver confirmação, diz a empresa, "o estudo incluirá a proposta de soluções a implementar para a correcção da situação de forma tão rápida quanto possível". Segundo a Portucel, prevê-se que os estudos estejam concluídos este mês, os quais serão entregues às autoridades industriais e ambientais, promete a empresa.

A Portucel, localizada no concelho de Aveiro, é uma das principais responsáveis pela má imagem ambiental de Estarreja. A esta empresa devemos o mau cheiro que muitas vezes é associado ao parque industrial de Estarreja, e pelos vistos devemos também outros bónus, que de vez em quando são visíveis.
Perante esta situação, a Câmara Municipal de Estarreja deveria:
- Exigir explicações formais à Administração da Portucel sobre o sucedido;
- Denunciar a situação ao Ministério do Ambiente e às demais autoridades competentes;
- Lutar pela abertura de um inquérito que permitisse esclarecer o que verdadeiramente se passou naquele dia do final de Fevereiro.
Naturalmente, mais uma vez vamos ouvir dizer que este assunto não é da competência da CME e que, José Eduardo de Matos, coitado, bem queria fazer alguma coisa, mas não pode. Entretanto, o silêncio e o tempo encarregar-se-ão de resolver mais este "caso ambiental".
Os cães bem ladram, mas a caravana lá vai passando...

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Ou seja, estamos perante uma Câmara, mas uma câmara... de ar!
 
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