sábado, abril 21, 2007
No site da Ordem dos Farmacêuticos:
Unanimidade sobre o sector farmacêutico
Candidatos presidenciais franceses rejeitam tendências liberais
|
O próximo Presidente da República francesa não irá liberalizar a venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica fora das farmácias nem irá alterar a legislação sobre a propriedade de farmácias. Em entrevista concedida à última edição da revista da Federação dos Sindicatos dos Farmacêuticos Franceses, nenhum dos candidatos que se apresentam a sufrágio no próximo dia 22 de Abril demonstrou ter intenção de alterar alguns dos pilares fundamentais da actividade farmacêutica em França.
O candidato Nicolas Sarkozy defende a manutenção de um “monopólio dos farmacêuticos” sobre a venda de medicamentos, evocando os casos de sobredosagem de paracetamol verificados nos EUA e Reino Unido para sugerir o conceito de “medicaçõ assistida”, ao invés de “automedicação”. Sarkozy garante que dará “opção de escolha aos farmacêuticos franceses de poderem administrar a sua empresa”, opondo-se à liberalização do capital total das farmácias.
Na mesma linha de raciocínio, Ségolène Royal defende também a exclusividade da farmácia na dispensa de medicamentos, revelando não ser sua intenção alterar o actual modelo em vigor no país. “O princípio do farmacêutico proprietário da sua farmácia é útil para a proximidade da oferta e para evitar devaneios capitalistas”, diz a candidata socialista. Ségolène Royal revela ainda que irá manter uma política de desenvolvimento do mercado de medicamentos genéricos.
François Bayrou insiste, por sua vez, na premissa de que “o medicamento não é um produto de consumo qualquer”, assim justificando um reforço do papel do farmacêutico. “Só o farmacêutico, graças às verificações que efectua e aos conselhos que fornece no momento da dispensa, garante a boa qualidade o tratamento”, realça Bayrou.
No que se refere ao candidato Jean-Marie Le Pen, também existe uma forte rejeição à venda de medicamentos nas grandes superfícies, sob pena dos farmacêuticos perderem a sua independência. Le Pen considera inaceitáveis a constituição de cadeias de farmácias, “cujas acções serão apenas motivadas pelos dividendos”.
Para saber obter mais informações sobre esta edição da revista da Federação dos Sindicatos dos Farmacêuticos Franceses poderá consultar o site da FSPF ou ler, em anexo, as quatro entrevistas concedidas.
Etiquetas: Farmácia, Política de Saúde