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terça-feira, maio 29, 2007

Do blogue Jovens com Cabeça...

Discurso de apresentação da candidatura de Filomena Cabeça

Caros Colegas,

Apresentar esta candidatura aos corpos sociais da Ordem dos Farmacêuticos é um acto de coerência, de credibilidade e de mobilização.

Com a coerência de quem conhece profundamente os dilemas e desafios da profissão, sentindo a relevância da constituição de uma equipa sólida e representativa da diversidade da profissão, que espelhe a determinação na liderança dos profissionais em relação ao seu próprio futuro.

Com a credibilidade de apresentar propostas concretas, emanadas da identificação de necessidades próprias da profissão, e com rumo claro e ambicioso para o futuro.

Com uma aposta na mobilização permanente de todos os farmacêuticos em torno da sua entidade representativa e que dela exijam uma interacção positiva para a evolução da profissão, da saúde dos cidadãos e do país.

Em suma…. Com “uma “Ordem para intervir”!

Somos uma equipa de farmacêuticos, dinâmicos, capazes e motivados, que interpretam as necessidades, as preocupações e as ambições da profissão.

Temos a experiência acumulada ao longo de vários anos como dirigentes associativos em várias áreas da profissão farmacêutica, que combinamos com juventude, sentido de inovação e vontade de intervenção.

Mantemos vivo um espírito irreverente de que é possível fazer melhor e de que somos capazes de fazer melhor.

Desenvolvemos a nossa actividade profissional em áreas concretas da profissão farmacêutica, com carreiras sólidas, feitas de empenho, solidariedade, espírito de equipa e desenvolvimento contínuo, o que nos dá um respeito enorme por todos os que de forma anónima e desinteressada elevam bem alto a imagem do farmacêutico

Temos um visão clara do deve ser a profissão farmacêutica e queremos partilha-la com todos.

Acreditamos que com propostas e projectos claros, de farmacêuticos para farmacêuticos, baseados na proximidade e interactividade entre representantes e representados, envolveremos a diversidade da profissão e criaremos sinergias que suportarão o futuro da nossa profissão.

Para a Presidência da Mesa da Assembleia Geral, o Senhor Professor Doutor Sousa Lobo da Faculdade de Farmácia do Porto aceitou liderar uma equipa onde contamos ainda com dois experientes farmacêuticos na área da farmácia comunitária e da farmácia hospitalar; O Dr. Pedro Cruz e o Dr. Armando Cerezzo respectivamente.

Como vogais para a Direcção Nacional conto com o Dr. Joaquim Fausto, a Drª. Helena Martinho e o Dr. Carlos Cardoso.

O Dr. Joaquim Fausto, do Porto, entendeu acompanhar-me neste projecto, já que é actualmente meu colega na actual Direcção. O Dr. Joaquim Fausto desempenha funções de administração na distribuição grossista, tendo sido o responsável neste mandato pelo processo qualificação e admissão, sendo o presidente do respectivo conselho. É ainda responsável pelo pelouro do marketing farmacêutico, tendo instituído o respectivo Grupo Profissional.

A Drª. Helena Martinho, de Almeirim, acedeu ao meu convite para integrar esta lista trazendo o seu aporte de farmacêutica comunitária com uma visão abrangente, virada para a sociedade, muito próxima do modelo de exercício profissional que defendemos. A Drª. Helena Martinho possui ainda uma enorme experiência associativa sendo a actual presidente do Grupo Profissional de farmácia de oficina.

O Dr. Carlos Cardoso é especialista em análises clínicas, sendo director Técnico de um reputado laboratório e que traz a esta equipa uma vasta experiência associativa, já que é também membro da actual direcção da Secção Regional de Lisboa.

Uma direcção da Ordem dos Farmacêuticos completa-se com a eleição das Direcções das diversas Secções Regionais, já que o respectivo Presidente tem assento por inerência neste órgão nacional.

Nesse sentido, contamos e apoiamos a eleição das candidaturas dos seguintes colegas para completar uma equipa dedicada à representação capaz da nossa profissão:

Para a Secção Regional de Lisboa, o Dr. António Marques da Costa, também do sector da distribuição grossista em Lisboa.

Candidatando-se a um segundo mandato, o Dr. António Marques da Costa e a sua equipa com uma vasta experiência de intervenção profissional e política garantem a estabilidade e o desenvolvimento da Secção Regional de Lisboa, transmitindo-nos os valores de uma liderança segura, sustentada na vivência e no conhecimento profundo das diversas áreas profissionais. O Dr. António Marques da Costa manterá a articulação fundamental para a concretização da nova sede nacional e regional em Lisboa

Para a Secção Regional de Coimbra, o Prof. Doutor Francisco Batel Marques da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

A personalidade forte, a visão estratégica e a competência científica são atributos por demais conhecidos no Prof. Francisco Batel que constituiu uma nova equipa regional de colegas com motivação à altura dos grandes desafios que a profissão vai enfrentar.

Com o Professor Batel Marques, a Secção Regional de Coimbra entrará numa nova fase da sua vivência e a Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos ganha um novo fôlego no capítulo estratégico e na sustentabilidade das suas posições

Finalmente, para a Secção Regional do Porto contamos e apoiamos a eleição do Dr. José Mingocho, um distinto membro da nossa farmácia comunitária.

Ao liderar uma equipa renovada que espelha a representatividade das várias áreas da profissão farmacêutica e mantendo a abordagem independente do seu primeiro mandato, o Dr. José Mingocho detém o empenho genuíno de um jovem farmacêutico que vive a profissão de forma intensa. O Dr. Mingocho tem um projecto sério de desenvolvimento e de abertura aos membros da Secção Regional do Porto que gostaríamos ver concretizado.

Os órgãos nacionais completar-se-ão com o Conselho Jurisdicional Nacional, para o qual o colega Fernando Miranda da farmácia comunitária de Évora se disponibilizou a integrar novamente este órgão e ao qual se junta o colega José Joaquim Roque Diamantino, também da área da farmácia comunitária do Fundão e uma jovem colega das análises clínicas do Porto, a Drª. Ana Maria Crispim.

Considero pois que constituímos uma equipa forte, que traz a experiência dos vários sectores da profissão, para além de ser uma verdadeira equipa nacional, capaz de nos trazer a sensibilidade, as necessidades, os problemas e as propostas de solução para os doentes e para os farmacêuticos de todos os pontos do país.

Esta mesma equipa definiu oito objectivos estratégicos para o seu mandato de 2007-2010, se para tal for eleita e que constituem a base do manifesto eleitoral que agora vos foi presente:

Em primeiro lugar, a procura e estabelecimento de um verdadeiro espírito de grupo. A construção de uma sólida COESÃO PROFISSIONAL.

Assente na solidez científica e no dinamismo dos farmacêuticos, a diversidade de intervenções profissionais constitui um dos maiores activos da nossa profissão. Como nenhuma outra profissão da saúde, os farmacêuticos intervêm em múltiplos sectores e desempenham actividades altamente diferenciadas. São notórios os espaços de afirmação profissional dos farmacêuticos, como na vanguarda da farmácia comunitária, na diferenciação em análises clínicas, na modernidade da distribuição farmacêutica, na racionalidade da prestação hospitalar, na qualidade do medicamento, na perícia regulamentar, na investigação científica e tecnológica, na excelência do ensino universitário e no desempenho analítico (bromatológico, hidrológico e toxicológico).

Esta candidatura elege como uma das suas principais áreas de intervenção a promoção e reforço da coesão de todos os farmacêuticos e o desenvolvimento de iniciativas concretas através de “eixos de coesão” entre farmacêuticos das diversas áreas de actividade.

Em segundo lugar, uma regulamentação profissional que enquadre novas respostas e novos desafios. Um novo EXERCÍCIO FARMACÊUTICO.

A evolução farmacêutica tem, na sua matriz de intervenção, uma assinalável capacidade de adaptação aos novos desafios e exigências que a sociedade e o conhecimento científico lhe exigem. Coerentemente, existe uma permanente necessidade de adaptação da regulamentação profissional. Dando continuidade à reflexão já produzida pela Ordem dos Farmacêuticos, importa contextualizar e redefinir as intervenções dos farmacêuticos no seu papel social, valorizando a competência e exclusividade do Acto Farmacêutico, concretizando um novo modelo de intervenção profissional, nomeadamente na farmácia comunitária.

Em terceiro lugar, uma verdadeira e pró-activa REGULAÇÃO PROFISSIONAL.

Exercendo a tutela jurisdicional da profissão farmacêutica, a Ordem dos Farmacêuticos deve assumir uma intervenção pró-activa no âmbito da sua intervenção disciplinar e promotora de uma melhoria contínuo do respeito ético e deontológico dos profissionais que representa. Apenas através da correcta e ponderada sanção de situações e comportamentos indiciadores de má prática profissional, se assegura uma efectiva salvaguarda da idoneidade e confiança dos farmacêuticos perante a sociedade. Queremos promover também, de forma pedagógica e preventiva, a observância dos preceitos éticos e deontológicos é, para além de obrigação legal da Ordem dos Farmacêuticos, um imperativo vital para assegurar a independência profissional dos farmacêuticos.

Em quarto lugar, a conquista de uma verdadeira NOTORIEDADE FARMACÊUTICA.

Uma profissão dinâmica, e com contributos relevantes para a sociedade, alcança notoriedade e prestigio junto dos cidadãos. Neste contexto, é inegável que a profissão farmacêutica continua (felizmente) com destaque positivo pelos cidadãos e com destacada superioridade de avaliação em relação a qualquer outra profissão da saúde. Continuar a valorizar o farmacêutico como o profissional de saúde que gera valor social e obtenha o reconhecimento público de confiança e de qualidade na sua intervenção é objecto relevante para a Ordem dos Farmacêuticos.

Em quinto lugar, queremos uma OF COMO PARTE DA SOCIEDADE.

A forma como a Ordem dos Farmacêuticos interage e se apresenta junto de órgãos de soberania, decisores políticos, media, líderes de opinião, instituições do sector, parceiros da saúde, doentes e população em geral é determinante para aceitação e credibilidade de propostas e medidas defendidas pela profissão farmacêutica. A sociedade mediatizada é, naturalmente, um espaço de afirmação essencial, cujas estreitas janelas de oportunidade e relevância, devem ser consideradas para uma comunicação que estabeleça uma referência positiva e duradoura face ao imediatismo e instantaneidade que cada vez mais caracterizam a sociedade global.

Em sexto lugar, queremos levar a efeito REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL credível, com posições coerentes, estrategicamente fundamentadas e tecnicamente sustentadas.

A Ordem dos Farmacêuticos é, actualmente, parte activa em múltiplas iniciativas em curso no âmbito da saúde. A representação integral dos farmacêuticos exige presença credível ao nível de diversas comissões e grupos de trabalho oficiais (Plano Nacional de Saúde e Ministério da Saúde, Comissões e Grupos de Trabalho no Infarmed, Comissões de Verificação Técnica de laboratórios de análises clínicas, comissões sectoriais do Instituto Português da Qualidade e do Instituto Português de Acreditação, até à representação inter-profissões regulamentadas. Assegurar a presença activa e empenhada dos farmacêuticos nas diversas comissões e grupos de trabalho constitui-se num relevante instrumento de participação e influência positiva da profissão na concepção, implementação, desenvolvimento e avaliação de intervenções em saúde no nosso país.

Por outro lado, no plano internacional, a Ordem dos Farmacêuticos é chamada a assumir a representação dos farmacêuticos portugueses em organizações e fóruns que, no plano europeu e mundial, pugnam pela afirmação da profissão farmacêutica.

Em sétimo lugar, a DIFERENCIAÇÃO PROFISSIONAL como vector estratégico, elemento mobilizador e espelho da intervenção do farmacêutico.

A profissão farmacêutica é, sem complexos, pioneira e exemplo no âmbito da transparência e responsabilidade com que demonstra a sua qualificação perante a sociedade. De facto, e por mote dos próprios farmacêuticos, a profissão apresenta hoje garantias acrescidas para o reforço da confiança dos cidadãos em relação à qualidade, rigor e competência dos farmacêuticos portugueses. Desde a concepção, desenvolvimento e implementação da Revalidação da Carteira Profissional, passando pela Acreditação de Licenciaturas em Ciências Farmacêuticas e até à política de promoção da Qualidade, a profissão farmacêutica pode orgulhar-se de ser destacada pioneira nacional, e mesmo internacional, em relação a iniciativas estratégicas e cuja mais-valia começa a despertar neste momento diversas intervenções noutras profissões e actividades da sociedade. Contudo, o inteiro mérito destes patamares de excelência é devido a todos os farmacêuticos que, trocando o comodismo pelo empenho individual e colectivo, podem demonstrar um rumo consistente e relevante, embora não isento de dificuldades e necessidades permanentes de melhoria. Os milhares de farmacêuticos portugueses envolvidos nestes projectos diferenciados são a prova de resiliência e dinamismo da nossa profissão, cuja evolução e adaptação merecem um adequado reconhecimento e valorização do esforço desenvolvido. Do mesmo modo, novos desafios exigem uma estratégia definida em relação a especializações e competências farmacêuticas e que, deste modo, alinhem as necessidades e respostas da profissão.

Por último, uma clara aposta na JUVENTUDE FARMACÊUTICA.

A profissão farmacêutica apresenta uma notável renovação de gerações e um acentuado incremento do número de profissionais através dos jovens recém-licenciados. A garantia de vitalidade e dinâmica da profissão passa pela sua capacidade de integrar e valorizar a energia e inovação das gerações mais recentes no seio do contributo sólido e experiência de todos os profissionais.

Apostar nos jovens farmacêuticos é assim determinante para uma estratégia de visão e futuro da profissão onde estes serão os farmacêuticos do amanhã.

Estes são, desde já, princípios e principais propostas sobre as quais assenta esta candidatura. Registámos desafios e apresentámos as primeiras propostas para a profissão farmacêutica.

Contudo, e para finalizar este primeiro propósito eleitoral, gostaria de vos falar sobre um dos projectos mais ambiciosos que pretendemos desenvolver ao longo do próximo triénio.

Preparar o futuro da profissão exige capacidade de prever, planear e desenvolver respostas consistentes. Deste modo, como compromisso e contributo desta candidatura, pretendemos desenvolver uma análise consistente da profissão com a amplitude de uma década: o projecto “farmacêuticos 2020”, através de uma linha coerente de reflexão, e estudos prospectivos, sobre a evolução e metas a estabelecer ao longo da década seguinte ao término do mandato 2007-2010.

Esta é uma súmula do vasto conjunto de propostas que esta equipa já reuniu e que, de forma estruturada e detalhada, apresentará no seu programa eleitoral.

Este é o primeiro de muitos testemunhos e compromissos que claramente estabeleceremos com os farmacêuticos portugueses no próximo mandato.

Contamos com todos, porque todos contarão connosco num momento em que é chegada a hora de “ uma Ordem para intervir”.

Filomena Cabeça

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