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segunda-feira, maio 07, 2007

Ponto da situação

A caminho de completar 6 anos de governação, o PSD de Estarreja não conseguiu ainda concluir a obra do Eco-Parque e aparentemente também não conseguiu sequer adquirir a totalidade dos terrenos do Parque.
Depois de perder o financiamento, ter uma enorme derrapagem financeira, perder investimentos, ser ridicularizado pela API e ver toneladas de areias a voarem do Parque à frente de todos, o PSD de Estarreja mais não consegue que passar uma Assembleia Municipal a falar do que se passou no tempo do PS, como se houvesse algo para criticar a um executivo camarário que planeou, projectou, lançou e concluiu um concurso público internacional e ainda adquiriu (ou obteve do Estado) uma parte bastante significativa dos terrenos do Eco-Parque (ou seja, fez o mais difícil e a primeira parte do mais fácil).
Pelo que se pode ler no Terra Nostra, afinal o José Matos já reconhece que Mira Amaral sempre deu terrenos ao município de Estarreja, embora umas vezes refira que os mesmos foram permutados e outras que foram comprados. Também já reconhece que sempre eram 62 Ha (embora não reconheça que medidos no terreno são de facto 82 Ha, como já aqui afirmei algumas vezes) e até já valoriza o aproveitamento ecológico de alguns terrenos contaminados por parte do projecto do PS.
A questão dos "terrenos do Mira Amaral" (cujos documentos José Eduardo de Matos só revelou fora do prazo legal para o fazer...) não é, obviamente, tão simples como o José Matos a descreve. Ao longo dos anos houve ajustes, permutas e negociações que visaram racionalizar o parque e ajudar as empresas que lá trabalham (mas sempre salvaguardando os interesses da Câmara). Tudo isto é normal e não vai contra nada do que eu tenho escrito neste blogue: o PS sempre afirmou e continua a afirmar que esses terrenos foram dados à CME.
O verdadeiro problema é que José Eduardo de Matos, perante a sua própria incapacidade de concluir as obras e a cascata de perda de empresas em que entrou, tenta agora lançar confusão com meias verdades sobre as compras dos terrenos, baralhando e voltando a dar como se na gestão camarária tudo fosse possível. Se José Eduardo de Matos estivesse verdadeiramente seguro daquilo que o José Matos publicamente afirma teria uma boa forma de demonstrar a sua razão: à semelhança do que fez no mandato anterior, convocaria uma Assembleia Municipal extraordinária para exigir explicações aos anteriores responsáveis camarários sobre esta questão! E tenho a certeza de que eles teriam todo o gosto em poder falar sobre este assunto com o mesmo tempo de antena que José Eduardo de Matos...! De que é que o Presidente da Câmara de Estarreja tem medo?
O grupo do PS na AM tem estado atento a esta questão e, segundo tenho ouvido dizer, tem respondido à altura (e até com algum triunfalismo natural em política) a todas estas manobras.
Para terminar, deixo aqui um pequeno exercício intelectual: imaginemos que José Eduardo de Matos não tinha herdado um único terreno para o Eco-Parque. Ao fim de quase 6 anos de governação não teria obrigação de já os ter adquirido a todos?

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