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segunda-feira, setembro 10, 2007

Na melhor das hipóteses os McCann gozaram de um tratamento privilegiado, que fez com que ao seu caso pessoal fosse dada prioridade temporal e de alocação de recursos, apenas parcialmente justificados pela importância estratégica e mediática da situação, ao mesmo tempo que desviavam as atenções de um grosseiro acto de negligência infantil.
Na pior das hipóteses os McCann manipularam a investigação da polícia portuguesa, que embarcou alegremente na teoria do rapto e deu tempo para que as provas do alegado (detesto esta palavra, mas ai de mim se não a escrevesse...) crime fossem quase totalmente ocultadas, incluindo, naturalmente, o cadáver. Na pior das hipóteses o governo e monarquia ingleses, com o apoio implícito e bondoso do governo português, ajudaram a ocultar um dos mais horríveis crimes de que há memória nos últimos tempos e trataram alguns dos alegados (outra vez...) envolvidos com honras de Estado, com direito a sessão privada com o PGR.
Na melhor das hipóteses nós fomos todos na cantiga porque a menina era inglesa, bonitinha e os pais um casal aparentemente civilizado.
Na pior das hipóteses nós acreditámos porque, ao contrário do que aconteceu no tristemente célebre caso-Joana, não parecia possível que de um povo relativamente ao qual temos um complexo de inferioridade civilizacional fosse sair gente capaz de um crime destes.
A verdade é que no caso-Joana a única preocupação foi procurar o cadáver e alegadamente (chiça!) obrigar a mãe da dita-cuja a dizer o que sabia até que o seu olho se confundisse com o belo emblema dos azuis do Restelo.
E se Kate McCann tivesse saido da esquadra da PJ de Portimão nas mesmas condições que a mãe da Joana? Já agora, para além da beleza, dinheiro e aspecto físico, qual será a diferença entre as duas?

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