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quinta-feira, setembro 13, 2007


Não foi só Dragutinovic quem recebeu o murro de Scolari: fomos todos nós que estupidamente havíamos acreditado na selecção, foi a já degradada imagem do futebol português e, finalmente, foi o próprio Scolari, que quando chegou a Portugal não teve qualquer problema em excluir João Vieira Pinto da selecção, precisamente por causa... de um murro, dessa vez no estômago de um árbitro no Mundial 2002.
Pior que o acto em si foi a reacção do próprio Scolari, que nos tratou a todos como se fôssemos atrasados mentais e negou o que as câmaras de televisão mostraram claramente, sem quaisquer sinais de arrependimento ou sequer de reconhecimento dos seus actos.
Tendo em conta o passado recente da selecção portuguesa (perseguição ao árbitro na meia-final do Euro 2000, murro de João Pinto no Mundial 2002, balneário francês destruído pela selecção de sub-21, roubo do cartão ao árbitro no mundial de sub-19), o que se passou é inadmissível, sobretudo porque envolve o seleccionador, a quem se exige uma responsabilidade acrescida em situações do género. Com que cara é que Scolari pode agora exigir disciplina e auto-controlo aos seus jogadores depois do que aconteceu?
Se Scolari demonstrasse arrependimento e tivesse pedido desculpas a todos (sérvios e portugueses), as coisas poderiam ser diferentes. No entanto, a reacção ao sucedido apenas veio agravar as coisas. Não há outra alternativa: acabou a era Scolari e a FPF deveria despedi-lo de imediato.

Aditamento - Depois de devidamente aconselhado, Scolari fez o inevitável e pediu desculpas daquela forma convincente a que já nos habituou. Tal como referi no texto inicial, assim as coisas são ligeiramente diferentes. Para já é mais proveitoso para a Selecção deixá-lo ficar do que deixá-lo sair. Que fique, mas só até ao final do Euro2008 (seria absurdo se não nos qualificássemos).

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