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sexta-feira, outubro 12, 2007

Depois de um dia offline não posso deixar de reagir às reacções ao post anterior:
- O José Matos comete uma imprecisão grosseira e que até considero particularmente desagradável - conforme se poderá verificar aqui, ao contrário do que o José Matos refere, a seguir às últimas eleições não fiquei "em estado de choque", nem sequer estive "dias sem dizer uma palavra". Não só comentei os resultados em directo para a RVR, como coloquei posts em quase todos os dias imediatamente seguintes às eleições, inclusive com uma análise política que considero particularmente ousada ao que acabara de suceder. Aliás, nessa altura (em que estava cheio de trabalho) até escrevia com muito mais assiduidade do que escrevo actualmente.
- O José Cláudio teve uma reacção absolutamente brilhante, aliás muito melhor que o texto a que lhe deu origem. De facto, nem que seja só por causa desta resposta, já valeu a pena ter escrito o texto!

No entanto, da análise às respostas que recebi noto um certo tom de incredulidade na viabilidade do cenário proposto. A verdade é que há outros sinais que confirmam a minha tese:
- Neste momento (escrevo antes do congresso PSD que decorrerá este fim de semana) é já claro que Menezes pretende iniciar um processo de renovação do partido, que naturalmente passará por uma gigantesca limpeza de balneário no que aos órgãos de direcção diz respeito;
- Um sinal bastante concreto do que referi no ponto anterior é a reacção de Marcelo ao acto eleitoral e à vitória de Menezes: primeiro estranha-se (e aparece-se publicamente e em estado descompensado a apontar o dedo a outras personalidades do PSD) e depois entranha-se (percebendo que da leva de Menezistas sairão vários dos elementos que poderão não apoiar a sua candidatura à Presidência da República em 2014, logo o comentador teve o cuidado de sair a terreiro elogiando Ribau Esteves por capacidades políticas nunca antes comentadas);
- Depois da purga interna, serão os homens de Menezes quem vai repovoar o partido e aí é mais ou menos claro que Ribau (o amigo de JEM) terá um papel decisivo.

Ou seja, é hoje certo que o destino político de JEM neste momento estará em grande parte dependente da capacidade de Ribau ser mal ou bem agradecido a um homem que o apoiou num momento em que essa demonstração de amizade era vista como um acto de loucura política.
Em política a vida é mesmo assim e poucos têm a sorte/capacidade/visão de apostar no cavalo certo. JEM conseguiu-o. E tenho a certeza de que vai tirar dividendos disso.
A confirmar-se este cenário o resto da história é de fácil previsão: o desgastado PSD de Estarreja vai apresentar uma figura de segundo plano às eleições (Abílio? Valdemar?) e ter um resultado que até aí seria impensável - a derrota, pelos vistos com minoria absoluta.

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