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terça-feira, dezembro 11, 2007

A venezuelização da vida pública

Depois das vitórias de Irene Silveira e Marinho Pinto nas respectivas Ordens e de Luís Filipe Menezes no PSD, seria absolutamente surpreendente se Miguel Leão não fosse amanhã eleito Bastonário da Ordem dos Médicos.
De facto, o fenómeno é global e está bem identificado: perante a adversidade, o povo tende a cerrar fileiras e a eleger um dos seus, precisamente o que mais facilmente se põe em cima de um banco e berra contra as elites. Foi assim quando Bush ganhou (?) a Gore, foi assim que Chávez foi absolutinizando o poder, foi assim que o Brasil por duas vezes elegeu Lula e foi assim que se passou nas eleições para a Ordem dos Farmacêuticos e dos Advogados e até nas directas do PSD. É assim que Jardim, Felgueiras, Valentim, Isaltino e outros que tais sobrevivem e é provavelmente assim que vai ser com a Ordem dos Médicos, subitamente afectada por um mal estar incompreensível para quem está de fora.
Por mim, como não poderia deixar de ser, estou-me nas tintas: sei que nestas eleições há mais que dois candidatos, mas na prática o que efectivamente se passa é uma luta entre o desafiante Miguel Leão e o desafiado Pedro Nunes. Se eu fosse médico votaria em Pedro Nunes, claramente um homem mais ponderado, com ideias bem organizadas e um mestre na "real politik". Como sou farmacêutico, obviamente que não posso esconder o desejo de ver Miguel Leão eleito... :) Até porque, com o estado em que está a Ordem dos Farmacêuticos, sempre passávamos a ter companhia... :)

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